ENSAIO: Mercedes-Benz A 150 Berlina

Qualquer mudança para melhor é sempre bem-vinda e justificada. O Classe A da Mercedes até pode parecer que não mudou muito, pelo menos exteriormente, mas as alterações introduzidas redobram o interesse e justificam um olhar mais atento sobre o membro mais pequeno da família de Estugarda. As melhorias incidiram não só na qualidade como no desempenho dinâmico, mais concretamente na eficácia dos seus motores e, nunca como agora, a poupança de consumos esteve tanto na ordem do dia.


Não só rejuvenesceu, como está mais amigo do meio-ambiente com a função ECO start/stop disponível para os modelos A 150 e A 170, que reduz o consumo de combustível deste sistema BlueEFFICIENCY em cerca de 9 % em condução citadina. A Mercedes-Benz desenvolveu também um pack similar para o modelo de entrada diesel, a versão de três portas A160 CDI, baixando o consumo para 4,5 l/100 km.Na dianteira, o Classe A apresenta linhas mais fluídas e um novo visual óptico que contribui para uma imagem mais alegre, dinâmica e até desportiva. O redesenhado pára-choques reforça esta impressão, com uma entrada de ar inferior consideravelmente maior e uma grelha que lhe acentua ainda mais o carácter. Lateralmente, os elementos vincados sublinham um formato em cunha que melhora a aerodinâmica e ajudam a disfarçar a altura do modelo face ao seu comprimento, mas isso resulta num perfil traseiro onde a roda e respectiva cava parecem mais pequenas do que na realidade o são.

Na verdade, o Classe A é maior do que faz supor. O interior consegue ser bastante amplo, com um espaço traseiro suficientemente confortável em largura, espaço de pernas e complexão dos bancos. Esta remodelação trouxe também revestimentos com qualidade de acordo com os pergaminhos da marca e, nalguns casos, aplicações em alumínio escovado em cinzento que conferem uma sensação de requinte ao interior da linha Avantgarde, enquanto o ambiente exclusivo do modelo Elegance é reforçado por elementos ornamentais em madeira.
O tablier oferece alguns pequenos locais e existe um compartimento na consola central com porta-copos. O desenho é muito sóbrio e desapaixonado, sem grandes derivações de linhas, impondo-se pela solidez de materiais, pelo rigor dos acabamentos e pela excelente insonorização. Em termos de funcionalidade, o volante tem apenas os comandos essenciais e a distribuição de outros no painel dianteiro, segue a racionalidade de outros modelos da marca germânica.

Continua a ser um carro muito agradável de conduzir. Com uma posição mais elevada e bom domínio em matéria de visibilidade, é possível dispor agora de um sistema de assistência ao estacionamento. Sensores colocados lateralmente, avaliam o espaço adequado de cada lado da estrada ao passar com o carro e informa o condutor através de um display integrado no painel de instrumentos. Assim que for encontrado, uma seta avisa de que lado da estrada está localizado o espaço. Se o condutor seleccionar a marcha-atrás, aceitar o espaço sugerido e carregar no pedal do acelerador, o sistema de assistência ao estacionamento activo assume automaticamente as manobras de estacionamento; basta carregar no pedal do acelerador e usar o travão, que os sensores ultra-sónicos em combinação com os outros sensores de parqueamento dianteiro e traseiro, fornecem assistência e informação sobre a distância ao veículo da frente ou atrás do Classe A.

No caso de uma travagem de emergência a uma velocidade superior a 50 km/h as luzes de travão piscam intermitentemente, para alertar os condutores que circulam atrás e as luzes interiores ligam-se automaticamente após um acidente de determinado grau de gravidade, a fim de permitir aos ocupantes uma melhor orientação e facilitar a tarefa dos serviços de emergência no local. Para facilitar o chamado «ponto de embraiagem» o programa electrónico de estabilidade (ESP®), dispõe agora de um sistema de assistência ao arranque em subida.

Em termos de economia de consumos, esta nova geração introduz uma tecnologia que designou como BlueEFFICIENCY. O pack inclui uma grelha do radiador aerodinamicamente melhorada, sendo a parte de trás estanque, reduzindo assim o volume do fluxo de ar para o compartimento do motor. O chassis também foi rebaixado em 10 mm para reduzir ainda mais a resistência ao vento, enquanto uma função start/stop desliga automaticamente o motor quando o condutor muda para ponto morto a baixa velocidade e carrega ao mesmo tempo no pedal do travão. Assim que se carrega no pedal da embraiagem e se aliviar o pedal do travão, o motor volta a arrancar numa fracção de segundo. Esta função, segundo dados do construtor, reduz em cerca de 6,5% o consumo em ciclo misto. No caso deste A 150 a gasolina, é capaz de conseguir um consumo médio de 5,8 l/100 km e o equivalente a 139 g/km de emissões de CO2.

PREÇO, desde 23 550 euros
MOTOR, 1498 cc, 95 cv às 5200 r.p.m., 16 V, 140 Nm às 3500/4000 rpm, injecção indirecta, admissão variável
CONSUMOS, 7,9/5,4/6,8 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES POLUENTES 148 g/km de CO2

3 comentários:

  1. Anónimo01 setembro

    Qual é a segurança deste carro, acham que se pode confiar no carro a nivel mecanico e a nivel de fiabilidade de condução. Informaram-me que tem problemas no arranque a frio e à temperatura normal.

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  2. Anónimo01 setembro

    A viatura referida acima é um A 150 mercedes

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  3. Anónimo01 setembro

    E já agora como é a gasolina que tipo de instalação a GPL recomendam?

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