ENSAIO: Mitsubishi ASX 1,8 DiD MIVEC 150cv 4x2

O Mitsubishi ASX prossegue a tendência actual do mercado automóvel europeu, indo de encontro às pretensões dos mesmos consumidores que tornaram o Nissan Qashqai num fenómeno de vendas. Ou seja, sob a aparência de uma carroçaria estilizada, que sugere vagamente uma viatura de todo-o-terreno, está essencialmente um modelo familiar, a quem alguma — não muita, cerca de 17 cm — altura ao solo e protecções, na carroçaria e no chassis, conferem, ainda que bastante limitada, capacidade fora de estrada. Mas já lá vamos.
Uma grande alma
Uma grande alma

O que talvez condicionasse parte das capacidades do Mitsubishi ASX em mau piso, não se desse o caso deste não ser um carro idealizado para grandes aventuras fora de estrada. Apesar de até nem se portar mal quando conduzido para terreno incerto.
Eficácia do conjunto

Interior luminoso
Numa apreciação rápida ao seu habitáculo não se espere encontrar um carro que “encha o olho” com revestimentos suaves ou grandes rasgos estilísticos. O habitáculo do ASX é sóbrio e, antes de mais, racional. Existem alguns revestimentos suaves, não muitos, mas aquilo que realmente impera é a simplicidade do funcionamento dos comandos e uma qualidade de construção insuspeita, apesar do predomínio do plástico. Até mesmo em terreno incerto não se evidenciam ruídos parasitas, há pequenos espaços em número suficiente à disposição dos ocupantes dianteiros e, entre os que existem no volante e na consola central, o condutor rapidamente se habitua à disposição e funcionamento dos comandos mais importantes.
Apesar de o ASX não ser um carro excepcionalmente largo, a habitabilidade traseira é boa. Certo é que dois adultos viajarão com maior desafogo do que três, mas um banco do tipo corrido (se bem que com rebatimento assimétrico e “túnel central”) ajuda ao conforto do ocupante do meio.
Um tejadilho panorâmico em vidro, com cortina eléctrica retráctil, contribui para a luminosidade do interior. Mas não só; pequenos leds amarelados ladeiam a abertura e dão um aspecto futurista ao conceito. Agora imagine-se quando apreciado, à noite, de uma altura elevada.
Em resumo
Equilibrado na forma e no conceito, racional e completo no que toca à funcionalidade, o SUV da Mitsubishi tem neste motor o principal agente em destaque. Com o sistema de controlo de tracção em pleno funcionamento, fora do alcatrão quando o piso perde aderência, o ASX exibe em estrada um comportamento bastante estável, abordando as curvas com muita segurança e sem grandes adornos da carroçaria. Equilibrado é ainda o desempenho da suspensão, porque apesar de o comportamento permitir alguns rasgos desportivos, o conforto só não é melhor devido à pouca envolvência dos bancos.

Dados mais importantes
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Preços desde
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30500 euros / 23250 euros (1.6 gasolina)
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Motores
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1798 cc, 150 cv às 4000 rpm, 300 Nm das 2000 às 3000 rpm. 16 V, common rail, turbo geometria variável, intercooler
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Prestações
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200 km/h, 9,7 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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5,5 / 4,8 / 6,7 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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145 g/km
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(*) Despesas de preparação, averbamento, transporte, pintura metalizada e SGPU não incluídos
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