ENSAIO: Peugeot RCZ 156 e 200 cv
Os franceses gostam de coisas requintadas. Todos os anos Paris pretende ditar a moda, impor uma “nouvelle cuisine” e expressões como “nouvelle vague” tornaram-se tão familiares e abrangentes, que hoje servem para caracterizar quase tudo o que aparece de inovador e diferente. Não sendo exactamente um conceito novo ou que venha contestar algo, o RCZ simboliza também uma nova etapa na vida da Peugeot. Para marcar ainda mais a diferença surge com um novíssimo e estilizado Leão estampado nas extremidades. Em Portugal foi recentemente eleito "o desportivo do ano". Mas mais importante do que este prémio foi o público tê-lo considerado o carro mais bonito do ano de 2009 e actualmente ser um dos coupés mais desejados pelos consumidores europeus.
Que neste campo são uma grande escola.
O RCZ assinala dois factos importantes. Por um lado é o primeiro veículo ligeiro da Peugeot que não utiliza números na sua designação. Por outro, assinala os 200 anos de presença industrial da marca do leão.
E este é, sem dúvida, um belo representante para o fazer.
Emoção visual
Tem ainda uma silhueta bastante mais fluida e elaborada. A começar pela ondulação do vidro do tejadilho (também pode ser em fibra de carbono), responsável por grande parte do preço do carro…
Para ajudar a controlar a parte traseira do carro, o condutor pode accionar um pequeno deflector que se posiciona consoante a velocidade do veículo.
Emoção racional

A fórmula encontrada para este incremento de potência é a mesma ensaiada para uma versão desportiva do Peugeot 308 Sport 1.6 THP/150 cv (VER AQUI), do qual, aliás, o RCZ herda muitos elementos. Um turbo de pequenas dimensões, injecção optimizada e programação electrónica servem para assegurar estes 156 cv, ou mesmo 200 cv quando lhe é adicionada a distribuição variável e incrementada a pressão do turbo.
Tecnologia que a marca francesa tem vindo a desenvolver em conjunto com a BMW, com a qual partilha este motor para o Mini.
Emoção física

Como é natural.
Respondendo com saudável precisão às manobras do volante, o movimento preciso e ágil da carroçaria, revela uma suspensão desportiva dinâmica, capaz de garantir não apenas a necessária segurança, como de transmitir a sempre ansiada sensação desportiva.

Evidente que para tanto contribui a propalada fluidez aerodinâmica (ajudada por um centro de gravidade baixo), mas também o peso, pouco mais de 1300 Kg. Há contudo que dizer que a partir dos 100/120 km os consumos vão subindo de forma notória apesar da sexta velocidade.
Emoção real
Como características interiores, o RCZ presenteia o piloto com um posto de condução quase perfeito, auxiliado por umas belas “baquets” dianteiras e pela posição correcta dos pedais.
Realce para a presença de um auxiliar do arranque em percurso inclinado para facilitar a manobra do “ponto de embraiagem”.
Com a tipologia 2+2, que geralmente indica mais dois lugares meramente acessórios, o RCZ não foge muito à regra; aqui o espaço ressente-se naturalmente com as necessidades dos ocupantes da frente, além da forte inclinação do vidro traseiro desaconselhar o transporte de passageiros com maior estatura.

No restante, boa visibilidade, excepto a condicionada pela inclinação e largura dos pilares dianteiros. Como é típico neste género de coupés, estes pilares e a altura ao solo condicionam em parte o acesso ao habitáculo, obrigando a uma certa ginástica a entrar ou a sair.
Os comandos estão colocados de forma acessível e bastante intuitiva. Alguns são por demais conhecidos de outros modelos. A qualidade de construção interior é elevada e pressente-se o recurso a materiais de qualidade.

Em manobra é ajudado por sensores de estacionamento, úteis por causa da menor percepção dos limites da carroçaria: o RCZ tem guarda lamas salientes e uma frente afunilada.
Dados mais importantes
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Preços desde |
30500 € / 33500 €
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Motores |
1598 cc, 16 V, turbocompressor, intercooler
156 cv às 6000 rpm., 240 Nm às 1400 rpm
200 cv às 5800 rpm., 274 Nm às 1770 rpm
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Prestações |
215 km/h, 8,3 seg.
235 km/h, 7,6 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade) |
6,7 / 5,2 / 9,3 litros
6,9 / 5,6 / 9,1 litros
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Emissões Poluentes (CO2) |
155 / 159 g/km
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Tracção total e maior economia

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