ENSAIO: Volvo XC60 DRIVe (163 cv)
Há cerca de 3 anos, o Volvo XC60 representou uma entrada em grande da marca sueca no mercado dos SUV compactos. Grande pelo tamanho, mas obviamente também grande naquilo que oferecia em matéria de qualidade. Não tivesse este modelo a ambição de concorrer num segmento dominado por marcas prestigiadas como a Audi, BMW ou Mercedes.
Em Portugal, o Volvo XC 60 começou por despertar interesse na motorização a gasóleo 2.4 com 215 cv (ver AQUI), deixando pouca margem de manobra para os motores a gasolina de 2 e 3 litros.
Tal como acontece com a restante gama, recentemente beneficiou de um rejuvenescimento e conheceu uma nova versão DRIVe, mais económica em todos os sentidos. Valendo-se do mesmo bloco a gasóleo de cinco cilindros, mas reduzida a sua capacidade para os 2,0 litros, é sobre esse “163 cv” que aborda o ensaio que se segue.
Para vincar bem ao que vinha, o XC60, quando surgiu, reclamou, desde logo, o facto de ser o mais seguro da categoria. Ora isto não é de estranhar num construtor que sempre foi pioneiro nessa responsabilidade, podendo este SUV dispor do equipamento de segurança mais actual e, a versão DRIVe em particular, já contém de série muito desses itens.
O construtor designou-a por D3 (D5 corresponde ao motor superior). Acrescentou-lhe o sistema “start & stop” e fez o que é habitual nestes casos, aligeirando o conjunto, tornando-o mais aerodinâmico e equipando-o com pneus de baixo atrito. Mas a realidade é que se fez isso, pelo menos para efeitos de homologação das emissões, a verdade é que o resultado não está assim tão à vista do consumidor final.
10 mil euros de diferença…
Salvo um ou outro pormenor menos evidente, e naturalmente diferenças pontuais de equipamento, o Volvo XC60 DRIVe não se distingue assim tanto da versão D5.
O mesmo sucedeu em relação à actualização do modelo: salvo variações pontuais de disponibilidade de equipamento ou opções de cor e revestimentos, as alterações foram subtis, visando incrementar, ainda mais, o prazer da condução e a eficácia do conjunto.
Atrever-me-ia mesmo a afirmar que, numa utilização urbana e familiar, para as quais este modelo está efectivamente destinado, o condutor não sentirá tantas diferenças que justifiquem os 10 mil euros que distam, em Portugal, as versões D3 e D5.
Porque essa é que é, afinal, a grande (se não a maior) “conquista” desta versão: o XC60 D3 DRIVe tem preços a partir de pouco mais de 44 mil euros, enquanto que, fruto da fiscalidade nacional, o D5 2.4, igualmente com sistema “start & stop”, não custa menos de 54 mil…
É verdade que esta versão obriga a pagar à parte alguns acessórios que enobrecem o “pedigree” do carro – alarmes, alguns sensores, sistemas de detecção de peões, de detecção de objectos no ângulo morto, aquecimento dos bancos, etc. – mas não fica longe do patamar de preço de outros modelos, com características idênticas, provenientes de marcas de menor prestígio.
Porque um Volvo é sempre um Volvo! Apesar de agora a marca ser propriedade de um grupo chinês…
Para arrumar de vez a questão do equipamento, refira-se que, ainda assim, tudo o que é essencial à segurança está disponível de série. Diga ela respeito à passiva ou à activa nas suas múltiplas ajudas à condução.
Volumetria exterior vs habitabilidade
Apesar da volumetria exterior contribuir – e muito – para que o XC60 se imponha onde quer que esteja, a realidade é que esse factor não lhe confere a maior habitabilidade da classe.
Ainda assim, é bastante para quatro adultos viajarem com conforto, fazendo valer em classe, na nobreza dos materiais e na qualidade de construção, cada euro dispendido na sua aquisição.
A ergonomia e a funcionalidade dos comandos são também praticamente exemplares, embora se estranhem pormenores como a ausência de regulação, em altura, dos cintos de segurança.
A mala revela-se suficiente ampla e bem esquadrada nos cerca de 500 litros de capacidade que proporciona, destacando-se no revestimento e na utilidade dos compartimentos inferiores. Conseguidos, neste caso, pela presença de um kit anti-furo.
O que mais importa
Conduzi-lo é um acto de puro deleite. Oferece boa visibilidade durante a condução e ainda uma capacidade de manobra aceitável para a sua volumetria exterior.
Confortável, proporciona uma posição de condução e um estatuto que nem mesmo esta unidade motriz, menos potente (e por isso mais económica), lhe impedem de manter.
É um automóvel para se conduzir com tranquilidade. Não porque o peso condicione a desenvoltura deste motor. Apesar disso, os 163 cv deste 5 cilindros proporcionam-lhe o binário e a flexibilidade necessária para que não se sinta limitado em apresentar uma mais do que suficiente agilidade urbana. Ou suficiente desenvoltura em estrada.
O XC 60 não é um carro propriamente desenvolvido para grandes aventuras fora do alcatrão. A versão DRIVe tem praticamente só a maior altura em relação ao solo para o ajudar (23 cm), além do auxílio de uma bem escalonada caixa manual de seis velocidades. A caixa apresenta, naturalmente, relações iniciais mais curtas, o que leva ao aumento dos consumos urbanos.
Após o ensaio, o consumo médio foi de pouco mais de 7 litros.
É recomendável que se desligue o sistema “start & stop” nas manobras mais delicadas, como as de parqueamento numa garagem apertada, por exemplo. Felizmente isso é possível.
Em Portugal, o Volvo XC 60 começou por despertar interesse na motorização a gasóleo 2.4 com 215 cv (ver AQUI), deixando pouca margem de manobra para os motores a gasolina de 2 e 3 litros.
Tal como acontece com a restante gama, recentemente beneficiou de um rejuvenescimento e conheceu uma nova versão DRIVe, mais económica em todos os sentidos. Valendo-se do mesmo bloco a gasóleo de cinco cilindros, mas reduzida a sua capacidade para os 2,0 litros, é sobre esse “163 cv” que aborda o ensaio que se segue.
Para vincar bem ao que vinha, o XC60, quando surgiu, reclamou, desde logo, o facto de ser o mais seguro da categoria. Ora isto não é de estranhar num construtor que sempre foi pioneiro nessa responsabilidade, podendo este SUV dispor do equipamento de segurança mais actual e, a versão DRIVe em particular, já contém de série muito desses itens.
O construtor designou-a por D3 (D5 corresponde ao motor superior). Acrescentou-lhe o sistema “start & stop” e fez o que é habitual nestes casos, aligeirando o conjunto, tornando-o mais aerodinâmico e equipando-o com pneus de baixo atrito. Mas a realidade é que se fez isso, pelo menos para efeitos de homologação das emissões, a verdade é que o resultado não está assim tão à vista do consumidor final.
10 mil euros de diferença…
Salvo um ou outro pormenor menos evidente, e naturalmente diferenças pontuais de equipamento, o Volvo XC60 DRIVe não se distingue assim tanto da versão D5.
O mesmo sucedeu em relação à actualização do modelo: salvo variações pontuais de disponibilidade de equipamento ou opções de cor e revestimentos, as alterações foram subtis, visando incrementar, ainda mais, o prazer da condução e a eficácia do conjunto.
Atrever-me-ia mesmo a afirmar que, numa utilização urbana e familiar, para as quais este modelo está efectivamente destinado, o condutor não sentirá tantas diferenças que justifiquem os 10 mil euros que distam, em Portugal, as versões D3 e D5.
Porque essa é que é, afinal, a grande (se não a maior) “conquista” desta versão: o XC60 D3 DRIVe tem preços a partir de pouco mais de 44 mil euros, enquanto que, fruto da fiscalidade nacional, o D5 2.4, igualmente com sistema “start & stop”, não custa menos de 54 mil…
Equipamento mantém-se completo
É verdade que esta versão obriga a pagar à parte alguns acessórios que enobrecem o “pedigree” do carro – alarmes, alguns sensores, sistemas de detecção de peões, de detecção de objectos no ângulo morto, aquecimento dos bancos, etc. – mas não fica longe do patamar de preço de outros modelos, com características idênticas, provenientes de marcas de menor prestígio.
Porque um Volvo é sempre um Volvo! Apesar de agora a marca ser propriedade de um grupo chinês…
Para arrumar de vez a questão do equipamento, refira-se que, ainda assim, tudo o que é essencial à segurança está disponível de série. Diga ela respeito à passiva ou à activa nas suas múltiplas ajudas à condução.
Volumetria exterior vs habitabilidade
Apesar da volumetria exterior contribuir – e muito – para que o XC60 se imponha onde quer que esteja, a realidade é que esse factor não lhe confere a maior habitabilidade da classe.
Ainda assim, é bastante para quatro adultos viajarem com conforto, fazendo valer em classe, na nobreza dos materiais e na qualidade de construção, cada euro dispendido na sua aquisição.
A ergonomia e a funcionalidade dos comandos são também praticamente exemplares, embora se estranhem pormenores como a ausência de regulação, em altura, dos cintos de segurança.
A mala revela-se suficiente ampla e bem esquadrada nos cerca de 500 litros de capacidade que proporciona, destacando-se no revestimento e na utilidade dos compartimentos inferiores. Conseguidos, neste caso, pela presença de um kit anti-furo.
O que mais importa
Conduzi-lo é um acto de puro deleite. Oferece boa visibilidade durante a condução e ainda uma capacidade de manobra aceitável para a sua volumetria exterior.
Confortável, proporciona uma posição de condução e um estatuto que nem mesmo esta unidade motriz, menos potente (e por isso mais económica), lhe impedem de manter.
É um automóvel para se conduzir com tranquilidade. Não porque o peso condicione a desenvoltura deste motor. Apesar disso, os 163 cv deste 5 cilindros proporcionam-lhe o binário e a flexibilidade necessária para que não se sinta limitado em apresentar uma mais do que suficiente agilidade urbana. Ou suficiente desenvoltura em estrada.
O XC 60 não é um carro propriamente desenvolvido para grandes aventuras fora do alcatrão. A versão DRIVe tem praticamente só a maior altura em relação ao solo para o ajudar (23 cm), além do auxílio de uma bem escalonada caixa manual de seis velocidades. A caixa apresenta, naturalmente, relações iniciais mais curtas, o que leva ao aumento dos consumos urbanos.
Após o ensaio, o consumo médio foi de pouco mais de 7 litros.
É recomendável que se desligue o sistema “start & stop” nas manobras mais delicadas, como as de parqueamento numa garagem apertada, por exemplo. Felizmente isso é possível.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 44000 euros |
Motor | 1984 cc, DOHC, 5 cil/20 V, 163 cv às 3500rpm, 400 Nm das 1500 às 2750 rpm, common rail, turbo, geometria variável, intercooler |
Prestações | 200 km/h, 10,3 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 5,7 / 4,9 / 6,9 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 149 gr/km |
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