ENSAIO: Honda CR-Z

Por isso, coloquemos já as coisas em pratos limpos: quem olha para o CR-Z como um descendente do mítico CR-X vai certamente ficar desiludido. Porque quem procura um desportivo, um bom e eficaz pequeno desportivo como a Honda tão bem sabe fazer, bem, para esses existe outra sigla: Type-R.O CR-Z é um carro para condutores que não sejam muito exigentes em matéria de prestações e, ainda assim, desejam um carro que seja vistoso e até certo ponto provocante, desembaraçado no trânsito e com algo de futurista. Sim! Porque este é um carro tecnologicamente bastante avançado, que não consome muito e por isso se vangloria de ser “amigo do ambiente”.
Para ajudar à festa tem preços a partir de pouco mais de 22 mil euros, um valor terrivelmente competitivo e em grande medida só possível graças aos benefícios fiscais que advêm do facto de ser um híbrido.
Apenas híbrido
Para desilusão de uns tantos fãs, a Honda anunciou já que não haverá versão mais potente do CR-Z.
Embora a Mugen já tenha apresentado uma versão mais vitaminada do modelo, para já destinada somente às pistas.
Teremos portanto que nos contentar com os 124 cv entregues pelo conjunto dos 2 motores.
No que toca aos consumos, 3 botões permitem seleccionar o tipo de condução: “Eco” de económica com acção de sistema “start/stop”, “Normal” ou “Sport”, sendo que a escolha implica variações de 5 a 8 litros na média consumida. Existem os típicos indicadores que aconselham a mudança mais correcta e ainda o estado de carga das baterias.
Mais importante é que o CR-Z, ao contrário de outros híbridos, tem caixa manual de seis velocidades. Isso acaba por ser um factor de divertimento importante da sua condução, mas impede-o de funcionar apenas no modo eléctrico.
No que toca aos consumos, 3 botões permitem seleccionar o tipo de condução: “Eco” de económica com acção de sistema “start/stop”, “Normal” ou “Sport”, sendo que a escolha implica variações de 5 a 8 litros na média consumida. Existem os típicos indicadores que aconselham a mudança mais correcta e ainda o estado de carga das baterias.
Mais importante é que o CR-Z, ao contrário de outros híbridos, tem caixa manual de seis velocidades. Isso acaba por ser um factor de divertimento importante da sua condução, mas impede-o de funcionar apenas no modo eléctrico.
2+2

Em termos de conforto, o CR-Z é, efectivamente, um típico desportivo construído para boas estradas. Apesar de possuir grandes portas, o acesso é semelhante ao de um roadster. Tal como a visibilidade, ainda que esta seja beneficiada pela forma do vidro traseiro.
Colorido

Sentados a meio metro do chão, com um volante e uma direcção tão participativas e ainda uma suspensão que se comporta bem em curva, quem se interessa em saber se ganhou mais uma plantinha por bom comportamento, daquelas que surgem no painel antes de desligar a ignição? Para isso “constrói” uma “farmville”, não é verdade?
Dados mais importantes | |
Preço | desde 21670* (Sport) |
Motores | 1497 cc, 124 cv às 6100 rpm, 174 Nm às 4800 rpm (potência e binário máximos do conjunto dos 2 motores) |
Prestações | 200 km/h, 9,9 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 5,0 / 4,4 / 6,1 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 117 gr/km |
Gama (quase) completa de híbridos
De entre todos os híbridos que já tive ocasião de experimentar, o CR-Z é aquele cuja condução se assemelha mais à de um modelo convencional. Tem caixa manual e até mesmo o sistema que desliga o motor de combustão em semáforos, por exemplo, e que o faz arrancar a uma pressão no pedal da embraiagem.
A Honda desejou proporcionar um desportivo acessível (até por via da fiscalidade) e conseguiu-o com mérito. A gama de híbridos vai do acessível Insight, passa por um Civic de quatro portas mais familiar que entretanto deixou de se comercializar em Portugal e estende-se até ao utilitário Jazz. Há ainda este desportivo e haverá uma versão híbrida no próximo SUV Honda CR-V.
Esquema eléctrico

Com um motor convencional a gasolina de 1,5 litros, o eléctrico confere-lhe mais 14 cv e 78 Nm de binário. Não é possível arrancar ou andar em modo totalmente eléctrico. Com a opção “eco” os consumos médios reduzem-se a metade em relação ao “sport”, menos ainda do que certos motores a gasóleo. Embora, nesse caso, tenha uma desenvoltura confrangedora.
Bem equipado, com comandos ao alcance ainda que não totalmente intuitivos, no interior do CR-Z sobressai o jogo de cores que a parte central do velocímetro assume consoante o tipo de condução: vários tons de azul, verde e um belo vermelho que condiz com o pretenso desportivo do conceito.Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?
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