ENSAIO: Hyundai i30 1.6 VGT CRDi 110 cv (MY 2012)
O novo i30 engana. É um fingidor. Por um lado parece ter mudado pouco em relação à versão anterior. De facto, as alterações vieram dar outro ânimo ao carro coreano. Por outro lado, nesta versão, o motor e o comportamento parecem pacíficos. Diria até que demasiado familiares. Mas só até serem provocados e fazerem saltar o ponteiro das rotações para além das 2000. Enfim… O novo i30 não é, realmente, o carro que parece!
Os menos atentos podem até achá-lo parecido com o anterior, mas o novo i30 cresceu em comprimento, desceu a altura e fluiu na direcção das linhas inspiradas do belíssimo i40. Tudo isto acabou por conferir uma nova dinâmica ao conjunto, reforçado ainda por motores mais eficientes no que toca a consumos e emissões.
Ao crescer em tamanho, o i30 não alterou a distância entre eixos. A habitabilidade está quase inalterada e o espaço traseiro continua mais vocacionado para dois ocupantes. Mas a capacidade da mala aumentou e é agora de 378 litros de capacidade.
Ganhou mala e equipamento
Os milímetros a mais conquistados no habitáculo – alcançados sobretudo devido à maior inclinação do vidro dianteiro - são menos expressivos do que outras alterações interiores. Efectivamente, o Hyundai i30 renovou os materiais e ganhou mais equipamento que os clientes deste segmento agora exigem.
Beneficia ainda de um porta luvas maior, embora maior destaque mereça a curiosa posição da câmara de estacionamento traseira. Dissimulada no símbolo embutido na porta da mala (que roda quando a marcha atrás é engrenada), as imagens captadas são projectadas no retrovisor interior. Contudo, esta solução de colocação do visor no espelho não é a melhor em dias de sol intenso.
Comportamento dissimulado
Ensaiado na versão menos potente do motor diesel de 1.6 l. (existe outra com 128 cv), as impressões da sua condução dividem-se. Com um andamento familiar pouco mais há a destacar do que uma maior economia de consumos, mas se esquecermos qualquer preocupação ecológica ou económica e acelerarmos, vamos permitir que sobressaia o potencial de uma mecânica disposta a apimentar a condução.
E o conjunto não se faz rogado. A manada de mais de uma centena de cavalos pode não ser o número mais importante, até porque o binário, a força deste motor, só se encontra nas 2000 rpm. A caixa colabora em precisão, embora um escalonamento excitante só se encontre nas primeiras quatro velocidades. Quinta e sexta são claramente reservadas para estrada aberta, para um andamento familiar, para a poupança e para a redução de emissões.
Exploremos ou não com garra o renovado i30, ele revela ter (quase) tudo para agradar. Enquanto familiar “não-é-carne-nem-peixe”, antes uma refeição que satisfaz e, decididamente, não provoca azia. Desportivamente a versão também não desilude e abre o apetite para a mais potente, com 128 cv. Mostra-se mesmo capaz de proporcionar alguns rasgos de diversão e entusiasmo. Tudo isto só possível por obra e graça de um chassis e de uma suspensão bem afinados e bastante equilibrados.
Versões e preços
Enquanto familiar, o renovado i30 revela conter os ingredientes certos para satisfazer o paladar dos consumidores europeus. Ou não tivesse sido ele concebido a pensar neste mercado e, para mais, fabricado nas instalações europeias do construtor coreano.
Daí o sucesso da carrinha do modelo anterior, que certamente se repetirá no actual quando ela chegar ao mercado. Por enquanto temos que nos contentar apenas com esta forma de carroçaria, equipada com motores de 1,4 l, a gasolina e – novidade – também a gasóleo.
Daí o sucesso da carrinha do modelo anterior, que certamente se repetirá no actual quando ela chegar ao mercado. Por enquanto temos que nos contentar apenas com esta forma de carroçaria, equipada com motores de 1,4 l, a gasolina e – novidade – também a gasóleo.
A versão mais apetecida e popular irá continuar a ser este conhecido 1.6 CRDi, com potências de 110 e 128 cv. Os valores de consumo e as emissões, representados na tabela abaixo, variam consoante a medida dos pneus que o equipam: 15, 16 ou 17 polegadas.
Há preços a partir dos 17450 euros para o 1.4 a “gasolina”.
NESTE TEXTO de apresentação da nova geração podem ser encontrados mais detalhes sobre o equipamento e especificações do modelo.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 22 950 euros (Comfort) |
Motores | 1582 cc, 16 V., 110 cv às 4000 rpm, 260 Nm das 1900 às 2750 rpm, common rail, turbo com geometria variável (VGT) |
Prestações | 185 km/h, 12,3 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 3,7 a 4,1 / 3,5 a 3,7 / 4,1 a 4,8 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 97/ 100/ 108 gr/km |
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