ENSAIO: Mercedes-Benz Classe A 180 CDI BlueEFFICIENCY
O
“A” tem pouco da imagem tradicionalmente mais clássica, familiar ou executiva que
geralmente se atribui a um Mercedes, se bem que mantenha muito da qualidade e
da presença que, desde sempre, constituem predicados dos produtos do
construtor. O traço e o conceito afastaram-se claramente da silhueta mais
familiar e semi-monovolume das gerações anteriores, assumindo uma nova postura que
é mais jovem e atrevida. Com isso pretende atrair novos clientes à marca mas
não só; simultaneamente deseja ser uma alternativa mais urbana, munida de
grande mobilidade e economia, capaz de satisfazer também os consumidores
habituais que procuram um segundo ou terceiro veículo para a família.
A
Mercedes assume uma posição de construtor generalista e está cada vez mais presente
(e melhor representada) em todos os segmentos do mercado. Seja com a marca da
estrela ou com a Smart.
A
distingui-la das restantes mantém o facto de produzir, com qualidade, carros
que transpiram prestígio. Quer estes sejam familiares, executivos, jipes ou
SUV. Ou ainda compactos jovens e dinâmicos como neste caso ou com o também
recente “Classe B”.
O novo Mercedes A tem muito pouco ou mesmo nada das gerações anteriores (ler AQUI o texto do ensaio ao Mercedes-Benz A 150 Berlina em 2008). Na realidade, o novo “A” traz mais de novo à marca alemã do que ao mercado em si. Surge com o objectivo claro de concorrer com produtos de prestígio equivalentes de outros construtores germânicos e do Norte da Europa, piscando ainda o olho aos que hesitam entre um familiar médio de outras origens ou um carro que, por poucos milhares de euros a mais, tem estampada a mítica estrela na grelha.
União de esforços “caseira”
Para convencer os mais indecisos, a Mercedes uniu esforços com a sua divisão desportiva – a AMG – e concebeu um chassis dinâmico e capaz de envolver o condutor, que pudesse transmitir não só sensações de prazer como também de segurança.
A roupagem - leia-se carroçaria - fluída, a redução do peso e modificações mecânicas acrescentaram-lhe economia e as obrigatórias reduções de emissões, igualmente úteis para alcançar deduções fiscais em alguns mercados.
Tudo isto serve para justificar o “Wow”, interjeição de espanto que acompanha a campanha promocional do seu lançamento comercial. A verdade é que, desde cedo e logo num primeiro olhar, todo o conjunto inspira e transpira dinamismo e emoção.
Capacidade interior
Não pode dizer-se que o A seja um carro espaçoso. Oferece a habitabilidade que as dimensões exteriores lhe permitem aproveitar e é um muito orientado para condutor e ocupante, para os quais estão reservados excelentes bancos e espaço.
O novo Mercedes A tem muito pouco ou mesmo nada das gerações anteriores (ler AQUI o texto do ensaio ao Mercedes-Benz A 150 Berlina em 2008). Na realidade, o novo “A” traz mais de novo à marca alemã do que ao mercado em si. Surge com o objectivo claro de concorrer com produtos de prestígio equivalentes de outros construtores germânicos e do Norte da Europa, piscando ainda o olho aos que hesitam entre um familiar médio de outras origens ou um carro que, por poucos milhares de euros a mais, tem estampada a mítica estrela na grelha.
União de esforços “caseira”
Para convencer os mais indecisos, a Mercedes uniu esforços com a sua divisão desportiva – a AMG – e concebeu um chassis dinâmico e capaz de envolver o condutor, que pudesse transmitir não só sensações de prazer como também de segurança.
A roupagem - leia-se carroçaria - fluída, a redução do peso e modificações mecânicas acrescentaram-lhe economia e as obrigatórias reduções de emissões, igualmente úteis para alcançar deduções fiscais em alguns mercados.
Tudo isto serve para justificar o “Wow”, interjeição de espanto que acompanha a campanha promocional do seu lançamento comercial. A verdade é que, desde cedo e logo num primeiro olhar, todo o conjunto inspira e transpira dinamismo e emoção.
Capacidade interior
Não pode dizer-se que o A seja um carro espaçoso. Oferece a habitabilidade que as dimensões exteriores lhe permitem aproveitar e é um muito orientado para condutor e ocupante, para os quais estão reservados excelentes bancos e espaço.
Disponível unicamente num
corpo de cinco portas, o A exibe um espaço traseiro mais vocacionado para dois
adultos e uma bagageira com 341 litros de capacidade. Apenas um pouco mais do
que o novo Volvo V40 (ler AQUI o ensaio) e, tal como neste, com um portão de
mala que dificulta a entrada de objectos mais largos. No seu interior as superfícies
planas permitem maximizar o espaço disponível e existem alguns suportes para
auxiliar a fixação de redes, por exemplo. Já pneu suplente nem vê-lo, substituído
por kit anti-furo. Com os bancos rebatidos a capacidade passa a ser de 1157 litros.
Posto de condução e equipamento
Posto de condução e equipamento
A posição de condução do novo Classe A é bastante boa quer em termos de postura como de visibilidade. Os ajustes proporcionados parecem ser capazes de agradar diversas posturas ao volante, facilitando, em qualquer dos casos, a visibilidade e a funcionalidade dos comandos.
Tal como ocorre no novo Classe B (verificar AQUI, no texto do ensaio ao modelo), o “A” dispõe de um painel táctil que sobressai do tablier. Esteticamente não me parece apelativo mas os gostos são sempre subjectivos.
A intenção da Mercedes foi torná-lo mais
acessível (o condutor não desvia os olhos da estrada quando acede às funções; o
que não deveria fazer durante a condução mas…), além desta posição torná-lo
menos exposto a reflexos. O comando do mesmo fica localizado na consola entre
os bancos. É um facto que, por via desta colocação, fica mais sujeito à acção
solar, embora quanto à qualidade e longevidade dos materiais de um Mercedes
haja pouco ou nada que criticar. O tempo o dirá.
Por outro lado, a
instrumentação e os comandos são semelhantes aos de outros Mercedes-Benz. Consoante
a versão, o equipamento é rico, variado e bastante completo. Estão presentes os
itens de segurança actuais, mas também os de auxílio à condução e conforto.
Prioridade à segurança
Assim, o novo Mercedes-Benz classe A pode dispor de estacionamento automático e câmara de estacionamento traseira, assistente de ângulo morto e alerta para a saída involuntária da faixa de rodagem, etc, etc. Para conferir este aspecto recomenda-se a leitura do texto de apresentação do modelo que se encontra AQUI.
Assim, o novo Mercedes-Benz classe A pode dispor de estacionamento automático e câmara de estacionamento traseira, assistente de ângulo morto e alerta para a saída involuntária da faixa de rodagem, etc, etc. Para conferir este aspecto recomenda-se a leitura do texto de apresentação do modelo que se encontra AQUI.
Algum deste equipamento,
bastante prático durante a circulação em cidade, como a função de travão de mão
automático ou a assistência ao arranque em declive estão presentes de série em
todas as versões. Entre o equipamento proposto de série conta-se ainda a função
“Attention Assist”, particularmente útil em viagens longas ou quando se conduz
de noite. O sistema avisa o condutor quando detecta sinais de falha de atenção ou
aumento do cansaço. Sensores analisam o comportamento do condutor e, ao descobrir
qualquer alteração à condução, avisam de forma óptica e acústica.
Extra constitui o “Collision Prevention Assist”. O
radar deste equipamento alerta para uma distância reduzida e perigosa face aos
veículos da frente e apoia a travagem do condutor quando detecta o perigo. O
sistema entra em acção acima dos 30 km/h. Também na eminência do risco de uma colisão
traseira o condutor é alertado visual e acusticamente.
Opcionalmente o cliente pode
ainda equipar o Classe A com sistema inteligente de luzes ou o reconhecimento de
sinais de trânsito com alerta para os limites de velocidade.
Comportamento e atitude dinâmica
O bom coeficiente aerodinâmico da carroçaria (superior ainda na versão 180 CDI BlueEFFICIENCY ensaiada, devido a um conjunto de melhoramentos que aumentam a sua fluidez) contribui ainda para o comportamento dinâmico e para a estabilidade que demonstra em estrada.
O bom coeficiente aerodinâmico da carroçaria (superior ainda na versão 180 CDI BlueEFFICIENCY ensaiada, devido a um conjunto de melhoramentos que aumentam a sua fluidez) contribui ainda para o comportamento dinâmico e para a estabilidade que demonstra em estrada.
A insonorização face ao ruído
de rolamento e ao trabalhar do motor é igualmente boa, enquanto o conforto ou a
capacidade de amortecimento poderão variar consoante o nível de equipamento.
Nesta que é a variante mais
acessível do Classe A o equilíbrio é a nota dominante. Ao contrário dos Mercedes de Classe superior, o "A" apresenta tracção dianteira e tem um diâmetro de viragem de 11 metros.
A maior surpresa provém do
motor – tem apenas 1,5 litros nesta versão e é de origem Renault - valendo o
facto das modificações operadas pela Mercedes assegurarem a máxima
rentabilidade dos 109 cv que debita ou dos 260 Nm de binário que consegue entregar.
A caixa é manual de seis
velocidades e inclui naturalmente sistema “start/stop”. Mas entre os dois
parece existir alguma falta de convivência que torna um pouco lenta a resposta
do sistema de arranque.
No final do ensaio, o
consumo médio registado no computador de bordo era de 5,9 litros, 2,0 litros
acima do anunciado.
Este valor pode parecer
pouco expressivo, só que, apesar da “cubicagem” da motorização, até mesmo “este”
Mercedes A, pelo prazer e segurança que proporciona, instiga a andar rápido. E
não, não é apenas pelo facto enganador dos 180 presentes na designação, antes
porque demonstra uma estabilidade, confiança e aderência em curva que, não
comprometendo o conforto, estão somente ao nível de uns pouco bem-nascidos.
Como é, seguramente, o caso
do “A”. Tem preços que começam perto dos 28 mil, não sendo assim a mais
económica das propostas presentes no segmento. Mas é um Mercedes e a
exclusividade paga-se. Além de que devolve cada euro em qualidade e em
equipamento, sem esquecer o grande prazer de condução que é capaz de
proporcionar.
Dados mais importantes | |
Preço (euros): | 27.900,00 (sem despesas administrativas e de transporte) |
Motores | 1461 cc, 4 Cil./8 Valv., 109 cv às 4000 r.p.m., 260 Nm das 1750 às 2500 rpm, turbo de geometria variável, injecção common rail |
Prestações | 190 km/h, 11,3 seg. |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 3,8 a 4,0 / 3,3 a 3,6 / 4,5 a 4,7 litros (*) |
Emissões Poluentes (CO2) | 98 a 105 gr/km (*) |
(*) Dependendo da versão, nível de equipamento e diâmetro da jante
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