Valor Seguro
POUCO FALTOU para que o Mazda 3 recebesse o galardão de «Carro do Ano 2004», quedando-se por uma ainda assim honrosa segunda posição que premeia, sobretudo, o equilíbrio global do conjunto. Surgido com uma linha exterior bastante apelativa e que rapidamente agradou aos consumidores europeus, o Mazda 3 tornou-se o modelo mais vendido pelo construtor japonês no Velho Continente. Recorrendo à mesma plataforma do Ford Focus, mas dele se distinguindo por um aparência mais dinâmica que roça o desportivo (e não nos esqueçamos que o Focus têm um palmarés desportivo de respeito...), o 3 é um daqueles carros que dificilmente não gera uma imediata empatia.
POUCO FALTOU para que o Mazda 3 recebesse o galardão de «Carro do Ano 2004», quedando-se por uma ainda assim honrosa segunda posição que premeia, sobretudo, o equilíbrio global do conjunto. Surgido com uma linha exterior bastante apelativa e que rapidamente agradou aos consumidores europeus, o Mazda 3 tornou-se o modelo mais vendido pelo construtor japonês no Velho Continente. Recorrendo à mesma plataforma do Ford Focus, mas dele se distinguindo por um aparência mais dinâmica que roça o desportivo (e não nos esqueçamos que o Focus têm um palmarés desportivo de respeito...), o 3 é um daqueles carros que dificilmente não gera uma imediata empatia.
PORQUE em equipa que está a ganhar não se mexe (muito), a nova geração, surgida em meados do ano passado, não contém muitas alterações à vista: são bastante subtis na dianteira, a nível da grelha e do pára-choques, como também o são no habitáculo e, as que foram introduzidas neste último aspecto, visaram a melhoria da qualidade dos materiais e da insonorização do interior.
Mais importantes e significativas foram as modificações no capítulo mecânico; melhor desempenho da versão diesel 1.6 que agora ensaiamos, revisão profunda da suspensão dianteira e traseira, terrivelmente mais eficaz não apenas em termos dinâmicos — comportamento e conforto — como, em conjunto com um rodado diferente, com influência directa nos consumos e no menor ruído do rolamento.
Efectivamente, o 3 parece muitas vezes deslizar e não rodar, tal a suavidade e precisão com que o faz. É de facto espantosa a precisão da direcção, por exemplo, mas igualmente a estabilidade e segurança proporcionadas por um chassis sublimemente afinado; a agilidade com que enfrenta o trânsito urbano e, simultaneamente, o comportamento dócil com que se deixa curvar... até ser realmente provocado e poder demonstrar a capacidade de recuperação do seu motor que, em conjunto com uma caixa de velocidades muito precisa e bem escalonada, lhe transfiguram o comportamento e o tornam bastante divertido de conduzir.
NO FUNDO, um modelo que tanto se adapta bem ao seu papel de familiar médio, como não envergonha quando se lhe roga mais desenvoltura de andamento. O reforço da estrutura tornou-o não só mais seguro como aumentou a rigidez do conjunto e isso pressente-se mal transpomos meia dúzia de quilómetros ao volante. O motor, de origem PSA, oferece consumos realmente baixos, tal como as emissões poluentes, com as vibrações do seu funcionamento a serem correctamente absorvidas e, refira-se mais uma vez, a insonorização do habitáculo a ser um facto.
O interior mantém-se agradável ao olhar, sendo igualmente deveras intuitivo na funcionalidade dos principais comandos. Materiais menos rígidos e um toque de espuma no tablier é que seriam bem vindos, mas, aparentemente, isso não foi considerado nesta nova fase da sua vida, até porque, verdade seja dita, em termos de qualidade de construção ou de montagem, nada a apontar. A posição de condução é excelente, beneficiando dos novos bancos que lhe aumentaram também o conforto. Não sendo um dos modelos mais acanhados do segmento, o 3 também não deslumbra; as quotas de espaço são aceitáveis, embora a capacidade da mala fique aquém do desejável e, no painel bem como por todo o interior, há espaços q.b. para pequenos objectos.
O que mais se evidencia é afinal toque desportivo dos mostradores, dos comandos, do próprio desenho do tablier, que se reforçam com as pequenas aplicações decorativas e com uma iluminação de fundo mais agressiva.
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PREÇO, desde 24 248 EUR euros MOTOR, 1560 cc, 16 V, 109cv às 4000 rpm, common rail e filtro de partículas, 240 Nm às 1750 rpm PRESTAÇÔES, 182 km/h CONSUMOS, 6,1/4,1/4,8 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 128 g/km de CO2
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É MUITO IMPORTANTE que se diga que a alteração mais à vista na gama Mazda 3 é afinal... o preço! Os valores são mais acessíveis e a relação custo/benefício ainda mais favorável, face à dotação de mais equipamento, nomeadamente em matéria de segurança. Este motor dispõe de três níveis de equipamento — confort, exclusive e sport —, sendo que o mais acessível já dispõe de airbags frontais e laterais, ABS com distribuição electrónica da força de travagem e assistência a travagens de emergência, vidros dianteiros e retrovisores eléctricos, fecho centralizado, ar condicionado manual e auto rádio entre outros. A versão sport que foi a ensaiáda, distingue-se por alguns pormenores estilísticos e de conforto, mas, sobretudo, por estar dotada de itens como os controlos electrónicos de tracção e estabilidade, airbags de cortina à frente e atrás, jantes em liga de 17 polegadas e pneus mais largos com baixo perfil, faróis de xénon, tecto de abrir eléctrico, computador de bordo, sistema de áudio com controlos no volante e ar condicionado automático, por exemplo, com um preço final que já ronda os 30 mil euros.
Articulando-se em carroçarias de 4 e cinco portas e motores a gasolina de 1,4 l/84 cv, 1,6 l/105 cv e o super desportivo 2.3 MZR DISI turbo com 260 cv (sob encomenda), é contudo sobre esta versão a gasóleo que recai o maior volume de vendas no nosso país.
Articulando-se em carroçarias de 4 e cinco portas e motores a gasolina de 1,4 l/84 cv, 1,6 l/105 cv e o super desportivo 2.3 MZR DISI turbo com 260 cv (sob encomenda), é contudo sobre esta versão a gasóleo que recai o maior volume de vendas no nosso país.
Resultado nos testes EuroNcap (2006):
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