O Requinte da Espécie
HÁ JÁ ALGUM TEMPO que desejava escrever sobre este modelo, mas por diversas razões só agora o pude ensaiar. O motivo porque o queria fazer é simples: perceber até que ponto se dotou com o toque da necessária exclusividade que a sigla representa, um modelo que é produzido em simultâneo para quatro marcas? A saber, além desta, Fiat (Ulisses), Citroën (C8) e Peugeot (806).
RESULTADO de uma parceria entre o grupo construtor francês PSA e a italiana Fiat, a presente geração deste monovolume de segmento elevado, surgiu no já distante ano de 2002 (existiu, anteriormente, um outro responsabilidade da mesma parceria). O Phedra só chegaria a Portugal no ano seguinte, desde logo se assumindo como o mais requintado dos quatro no uso dos materiais e na decoração do seu interior. No resto, no que concerne à habitabilidade, à funcionalidade interior e do equipamento, motores e desempenho dinâmico, as características são praticamente equiparáveis.
O APARECIMENTO de uma nova versão do motor diesel de 2,0 l, o mais acessível em termos de preço, e com potência equivalente à da anterior versão 2.2, justifica que falemos do Phedra, até porque continua a ter muitos e bons motivos para se manter actual face à concorrência mais directa.
O seu interior é um misto de classe e elegância, na aplicação de revestimentos em tons claros de alcântara e nas inevitáveis aplicações de madeira, que ajudam a combinar com uma cor pouco usual para a carroçaria: um suave castanho dourado. Tom que acaba por resultar bem, impondo um refinado toque de nobreza que a volumosa grelha, debruada a cromado, a imponência das ópticas dianteiras, os frisos e os puxadores cromados claramente acentuam.
EIS POIS um conjunto de imagem clássica mas que, em matéria de conceito, é de toda a modernidade e actualidade.
A começar pelo desenho do painel de bordo, como que suspenso ao centro do tablier, congregando não apenas os principais indicadores de condução, como um monitor que fornece as informações de navegação, áudio, bússola, relógio, estabelece parâmetros de condução e reproduz as indicações do computador de bordo, entre outros. Tudo controlável a partir de um pequeno conjunto de botões e de um joystick, situados à direita do manípulo das mudanças e abaixo dos comandos de ventilação. Este último já não é tão intuitivo e requer alguma atenção prévia. Quanto aos restantes indicadores luminosos, agrupam-se atrás do volante.
A posição do condução é não apenas muito cómoda em viagens longas, como prática em termos de visibilidade. Claro que em manobras de parqueamento, os sensores traseiros são de uma grande ajuda, enquanto que, lateralmente, a colocação dos espelhos e o acesso aos lugares traseiros, feito por portas que deslizam ao longo do veículo, facilitem na hora de estacionar.
UMA DAS CARACTERÍSTICAS mais importantes neste género de veículos, a par do conforto, prende-se com a habitabilidade. Os sete lugares são realmente espaçosos (os dois traseiros dependem em parte da exigência dos ocupantes da segunda fila), verdadeiras poltronas que correm sobre calhas e que dispõem de cinto de três pontos para melhor acomodarem os passageiros.
O acesso à terceira fila de bancos é fácil no processo de rebatimento dos bancos laterais da fila central, mas a exiguidade de espaço e a altura da entrada em relação ao solo, sem patamar intermédio, pode tornar mais difícil a tarefa para pessoas com menor mobilidade, pese embora a existência de pegas.
A abertura/fecho eléctrico das portas laterais traseiras é muito prática, podendo não apenas ser feita através do puxador, como pelo telecomando ou através de botões interiores, dispondo de função anti-entalamento. Os vidros destas descem na sua quase totalidade e os ocupantes traseiros dispõem também de regulações independentes da climatização.
É possível transitar entre as duas primeiras filas de bancos graças à colocação do travão de mão à esquerda do banco do condutor e do manípulo da caixa na consola central. Os bancos dianteiros podem rodar sobre si próprios e há tabuleiros relativeis nas costas destes.
Obviamente que a capacidade da mala depende do espaço ocupado pelos bancos. O facto destes correrem sobre calhas permite «jogar» em parte com isso, mas o que sobra na ocupação total dos lugares, é escasso. Em matéria de pequenos espaços no habitáculo, nada escondido no piso; o que existe situa-se sobretudo na zona do tablier e no forro das portas.
O CLIENTE tradicional da Lancia, é um condutor que espera encontrar a conjugação subtil e de bom gosto de elementos clássicos com uma certa aura de dinamismo, um toque desportivo e a necessária ideia de exclusividade.
Não é fácil conseguir satisfazer um desejo tão exigente e refinado, mais a mais num modelo que, em múltiplos aspectos, é partilhado por mais marcas. Mas foi isso que se procurou com o requinte dos interiores — tentando atenuar, aqui e ali, uma imagem menos boa de alguns revestimentos plásticos —, e acentuando a modernidade através da dotação de equipamento e de variados comandos electrónicos.
Em matéria de comportamento, do Phedra obtém-se o que se espera. O sua vocação vincadamente estradista não impede contudo que se desembarace em percursos urbanos, mas também não será, naturalmente, o mais prático dos modelos.
A nova geometria do motor 2.0 «JT(H)Di» que, tal como os restantes, provém do grupo PSA, oferece-lhe mais potência e binário, e, sobretudo, confere-lhe uma outra disponibilidade que a nova caixa de seis velocidades, bastante precisa e suave, complementa de forma soberba. E, face ao peso e volumetria do conjunto, os consumos situam-se em valores bastante interessantes para a categoria.
RESULTADO de uma parceria entre o grupo construtor francês PSA e a italiana Fiat, a presente geração deste monovolume de segmento elevado, surgiu no já distante ano de 2002 (existiu, anteriormente, um outro responsabilidade da mesma parceria). O Phedra só chegaria a Portugal no ano seguinte, desde logo se assumindo como o mais requintado dos quatro no uso dos materiais e na decoração do seu interior. No resto, no que concerne à habitabilidade, à funcionalidade interior e do equipamento, motores e desempenho dinâmico, as características são praticamente equiparáveis.
O APARECIMENTO de uma nova versão do motor diesel de 2,0 l, o mais acessível em termos de preço, e com potência equivalente à da anterior versão 2.2, justifica que falemos do Phedra, até porque continua a ter muitos e bons motivos para se manter actual face à concorrência mais directa.
O seu interior é um misto de classe e elegância, na aplicação de revestimentos em tons claros de alcântara e nas inevitáveis aplicações de madeira, que ajudam a combinar com uma cor pouco usual para a carroçaria: um suave castanho dourado. Tom que acaba por resultar bem, impondo um refinado toque de nobreza que a volumosa grelha, debruada a cromado, a imponência das ópticas dianteiras, os frisos e os puxadores cromados claramente acentuam.
EIS POIS um conjunto de imagem clássica mas que, em matéria de conceito, é de toda a modernidade e actualidade.
A começar pelo desenho do painel de bordo, como que suspenso ao centro do tablier, congregando não apenas os principais indicadores de condução, como um monitor que fornece as informações de navegação, áudio, bússola, relógio, estabelece parâmetros de condução e reproduz as indicações do computador de bordo, entre outros. Tudo controlável a partir de um pequeno conjunto de botões e de um joystick, situados à direita do manípulo das mudanças e abaixo dos comandos de ventilação. Este último já não é tão intuitivo e requer alguma atenção prévia. Quanto aos restantes indicadores luminosos, agrupam-se atrás do volante.
A posição do condução é não apenas muito cómoda em viagens longas, como prática em termos de visibilidade. Claro que em manobras de parqueamento, os sensores traseiros são de uma grande ajuda, enquanto que, lateralmente, a colocação dos espelhos e o acesso aos lugares traseiros, feito por portas que deslizam ao longo do veículo, facilitem na hora de estacionar.
UMA DAS CARACTERÍSTICAS mais importantes neste género de veículos, a par do conforto, prende-se com a habitabilidade. Os sete lugares são realmente espaçosos (os dois traseiros dependem em parte da exigência dos ocupantes da segunda fila), verdadeiras poltronas que correm sobre calhas e que dispõem de cinto de três pontos para melhor acomodarem os passageiros.
O acesso à terceira fila de bancos é fácil no processo de rebatimento dos bancos laterais da fila central, mas a exiguidade de espaço e a altura da entrada em relação ao solo, sem patamar intermédio, pode tornar mais difícil a tarefa para pessoas com menor mobilidade, pese embora a existência de pegas.
A abertura/fecho eléctrico das portas laterais traseiras é muito prática, podendo não apenas ser feita através do puxador, como pelo telecomando ou através de botões interiores, dispondo de função anti-entalamento. Os vidros destas descem na sua quase totalidade e os ocupantes traseiros dispõem também de regulações independentes da climatização.
É possível transitar entre as duas primeiras filas de bancos graças à colocação do travão de mão à esquerda do banco do condutor e do manípulo da caixa na consola central. Os bancos dianteiros podem rodar sobre si próprios e há tabuleiros relativeis nas costas destes.
Obviamente que a capacidade da mala depende do espaço ocupado pelos bancos. O facto destes correrem sobre calhas permite «jogar» em parte com isso, mas o que sobra na ocupação total dos lugares, é escasso. Em matéria de pequenos espaços no habitáculo, nada escondido no piso; o que existe situa-se sobretudo na zona do tablier e no forro das portas.
O CLIENTE tradicional da Lancia, é um condutor que espera encontrar a conjugação subtil e de bom gosto de elementos clássicos com uma certa aura de dinamismo, um toque desportivo e a necessária ideia de exclusividade.
Não é fácil conseguir satisfazer um desejo tão exigente e refinado, mais a mais num modelo que, em múltiplos aspectos, é partilhado por mais marcas. Mas foi isso que se procurou com o requinte dos interiores — tentando atenuar, aqui e ali, uma imagem menos boa de alguns revestimentos plásticos —, e acentuando a modernidade através da dotação de equipamento e de variados comandos electrónicos.
Em matéria de comportamento, do Phedra obtém-se o que se espera. O sua vocação vincadamente estradista não impede contudo que se desembarace em percursos urbanos, mas também não será, naturalmente, o mais prático dos modelos.
A nova geometria do motor 2.0 «JT(H)Di» que, tal como os restantes, provém do grupo PSA, oferece-lhe mais potência e binário, e, sobretudo, confere-lhe uma outra disponibilidade que a nova caixa de seis velocidades, bastante precisa e suave, complementa de forma soberba. E, face ao peso e volumetria do conjunto, os consumos situam-se em valores bastante interessantes para a categoria.
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PREÇO, desde 42 000 euros MOTOR, 1997 cc, 136 cv às 4000 rpm, 16 V, 320 Nm às 2000 rpm, injecção common rail, turbo de geometria variável e filtro de partículas PRESTAÇÔES, 190 km/h CONSUMOS, 9/6/7,1 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 188 g/km de CO2
PREÇO, desde 42 000 euros MOTOR, 1997 cc, 136 cv às 4000 rpm, 16 V, 320 Nm às 2000 rpm, injecção common rail, turbo de geometria variável e filtro de partículas PRESTAÇÔES, 190 km/h CONSUMOS, 9/6/7,1 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 188 g/km de CO2
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O PHEDRA em Portugal é comercializado apenas com este motor. Há dois níveis de equipamento — Executive e Emblema —, que contemplam, de série, seis airbags (frontais, laterais e de janela), ABS com auxílio a travagens de emergência, controlo de estabilidade, ar condicionado automático multizona, sistema GPS «Connect Nav Plus» com monitor a cores de 7 polegadas, alarme, quatro vidros e retrovisores eléctricos, cruise control, segundo retrovisor interior escamoteável de vigilância de crianças, fecho centralizado com telecomando, rádio com carregador de CD e comandos sob o volante em pele, bancos dianteiros com regulação eléctrica, rotativos, com aquecimento e, do lado do condutor, com regulação em altura e 2 memórias, configuração de seis ou sete lugares, faróis de nevoeiro, jantes em liga 16'', sensores de chuva, de luminosidade, dos pneumáticos e para manobras traseiras, lava-faróis e, naturalmente, as portas laterais deslizantes de comando eléctrico.
Como curiosidade, esta base serve igualmente para a produção de uma viatura comercial ligeira.
Resultado nos testes de colisão do EuroNcap (2003, embora referente ao Peugeot 807, aplicam-se ao Lancia Phedra):
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