Kia Picanto 1.1 CRDi


ACHEI piada ao facto de uma das expressões que ouvi a seu propósito tenha sido a que serve de título. É que embora este pequeno Kia tenha demonstrado, desde o seu surgimento, qualidades dinâmicas e não só, a verdade é que a recente renovação de linhas lhe equilibrou, suavizou e actualizou o traço exterior, integrado-o na imagem dos restantes modelos da marca.
Meio reguila, meio doce, passou a dispor de pormenores deveras interessantes como os piscas laterais nos retrovisores e modernos faróis de desenho oval. A renovação passou pelo habitáculo, tendo mesmo ido buscar alguma inspiração ao Cee'd. Realce para a qualidade de construção nada usual na classe, bem como o elevado nível de equipamento e a profusão de úteis e práticos pequenos espaços distribuídos por todo o habitáculo.

TENDO como factores primordiais de escolha a economia de consumos aliado a um preço deveras concorrencial, o Picanto 1.1 ganhou competitividade com o equipamento incluindo numa única versão EX. Para os mais exigentes, o «acrescento» Sport representa essencialmente acessórios de embelezamento que justificam a designação. De base e por cerca de 14000 €, este pequeno e jovial citadino oferece quatro vidros eléctricos, ar condicionado, alarme, fecho central com telecomando à distância e fichas para ligação de fontes de som, como no Cee'd, além de seis airbags e ABS, por exemplo e, claro, acessibilidade beneficiada pelo formato de cinco portas.

A HABITABILIDADE interessante face às cotas exteriores – sacrifício da mala, exígua, e ausência de pneu suplente, substituído por um kit de reparação -, revela um Picanto mais bem insonorizado mas não consegue disfarçar a presença de um diesel. O pequeno bloco de 3 cilindros, tecnologia common rail e turbo de geometria variável, garante-lhe prestações surpreendentemente vivas e notável economia de combustível com naturais baixas emissões poluentes. E um desempenho surpreendentemente ágil, a que não é alheia o escalonamento de uma caixa de velocidades precisa e muito bem escalonada, mesmo para as situações de lotação máxima.

A CONDUÇÃO divertida que este pequeno modelo permite, alia-se a algum carácter nada habitual no segmento e neste aspecto pouco ou nada muda face ao anterior, incluindo revelar maiores limitações a enfrentar trajectos mais íngremes. A suspensão tem um desempenho muito aceitável, contribuindo para a agilidade e conforto da circulação urbana, com uma surpreendente estabilidade em alta velocidade.

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PREÇO, desde 14800 euros MOTOR, 1120 cc, DOHC, 3 cilindros em linha com turbo de geometria variável (VGT), 12 V, 75 cv às 4000 r.p.m., 155 Nm 1900 a 2750 rpm CONSUMOS, 5,4/3,8/4,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 126 g/km de CO2

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