Mazda 2 1.4 MZ-CD (68 cv)
Prático e económico
A CHEGADA de um motor diesel 1.4 ao membro mais pequeno da família Mazda, justifica um olhar mais atento sobre o modelo. A importância crescente que os motores a gasóleo têm vindo a ter neste segmento, resultado do aparecimento de blocos de pequena cilindrada com bom desempenho e preços competitivos perante as propostas a gasolina, levam muitos consumidores a encará-los como alternativa face ao aumento galopante do preço dos combustíveis. Feitas as contas ao número de quilómetros efectuados, os 4000 mil euros a mais em relação ao mais económico dos «gasolina», podem «dissolver-se» no acréscimo de equipamento, na poupança no combustível e, muito importante, numa futura retoma. Mesmo não esquecendo que na hora de ir à manutenção, esta é, geralmente, mais cara do que a de um carro a gasolina. Em contrapartida, desde que bem utilizado, a fiabilidade e longevidade de um diesel tendem a ser maiores.
Por estas razões, poucos são os construtores que não apostam forte neste mercado. Mesmo que para tal tenham que recorrer ao exterior para conseguirem os motores. É o caso da Mazda que, ao abrigo de um acordo que também inclui a Ford, recorre ao grupo francês PSA para disponibilizar este propulsor em particular.
UM PORMENOR muito importante distingue o Mazda 2 da geração anterior: ao contrário do que se vulgarizou, o novo 2 é mais curto e mais leve, mas o aumento da largura acabou por compensar a habitabilidade e o conforto. A razão foi a necessidade de diminuir os consumos e desse modo baixar as consequentes emissões poluentes. A concorrer para isso, as linhas de carroçaria são também mais aerodinâmicas (cx=0,31), afastando-se do conceito do seu antecessor.
Ainda assim, e ao contrário do que a silhueta exterior esguia sugere, a posição de condução até lembra a de um pequeno monovolume, pela colocação no manipulo das velocidades e na forma do painel de bordo. Apesar de o conjunto ser cerca de 5,5 cm mais baixo, a gestão do espaço interior permite um banco traseiro suficientemente desafogado para dois adultos, mas essa boa habitabilidade só é possível com sacrifício da capacidade da mala (250 l.), menor do que a da geração anterior. O banco traseiro não oferece movimento longitudinal e entre as (poucas) soluções de funcionalidade, conta-se um porta luvas com tampa parcialmente aberta - para permitir a colocação de objectos mais compridos - e uma cobertura dupla do piso da mala – que «salta» em mau piso -, com pequenos espaços entre esta e o pneu suplente de pequenas dimensões.
ZOOM-ZOOM traduz-se como um espirito dinâmico irrequieto que o construtor deseja caracterize as suas criações. Embora esta motorização proporcione um carácter mais sóbrio e privilegie a economia em detrimento das prestações, mercê de relações de caixa mais longas, a verdade é que a eficácia da estrutura contribui para rentabilizar o que é possível retirar deste pequeno bloco diesel. 68 cavalos ou mesmo o valor do binário não impressionam, mas o conjunto, com pouco mais de uma tonelada, comporta-se lindamente em torno das 1500 rpm, solicite os préstimos de uma mudança mais baixa quando desejamos imprimir-lhe maior vivacidade.
O consumo médio situa-se, sem esforço, abaixo dos 5 litros e, não sendo um motor silencioso, a insonorização atenua grande parte dessa característica. Em contrapartida, é isento de vibrações.
A AGILIDADE é um dos pontos fortes do Mazda 2 e facilmente cativa os mais exigentes pela sua excelente capacidade de manobra. Como afirmei, trata-se de uma versão que privilegia sobretudo uma utilização prática e funcional e que, por isso, surge com uma suspensão mais macia. No entanto, as dimensões e uma silhueta com bom coeficiente de penetração, torna-o praticamente imune à acção de ventos opostos e confere-lhe estabilidade em velocidades elevadas.
A envolvência da posição de condução e a rápida adaptação à funcionalidade do tablier, simples, sóbrio no contraste e sem destoar pela negativa nos materiais ou nos nos acabamentos, é outro dos aspectos que contribui para tornar a sua condução tão agradável. Parte dos comandos do rádio e do computador de bordo estão, consoante o nível de equipamento, integrados no volante, bonito e bastante desportivo. Um simples indicador luminoso azul mantém-se ligado enquanto o motor não atinge a temperatura adequada, fazendo a função do manómetro habitual.
PREÇO, desde 16050/16550 euros (3/5 portas, Core) MOTOR, 1399 cc, 68 cv às 6000 rpm, 8 V., 160 Nm às 2000 rpm, common rail, turbo CONSUMOS, 5,3/3,7/4,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 114 g/km
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