ENSAIO: Kia Soul 1.6 CRDi (2009)
Alma com ritmo
SOUL é o seu nome e se a tradução do inglês é alma é pois a alma que vamos à procura neste novo produto da marca coreana. Antes de mais, é realmente impressionante como uma marca que ainda há menos de uma dezena de anos, em plena crise económica coreana, foi salva da falência pelo gigante económico Hyundai, tem mostrado não apenas pujança como algum atrevimento na sucessão de novas criações com que tem vindo a renovar e enriquecer a sua gama de modelos de passageiros.
Mas a verdade é que estamos mais uma vez em plena crise económica e desta vez mundial. Terá o Soul alma suficiente para vingar?
QUE O SOUL desperta a atenção por onde passa, isso é inegável. Que tal possa representar carisma, torna-se tão complicado de afirmar quanto segmentá-lo enquanto produto. A definição que para mim melhor o explica, é a de um monovolume médio, moderno e com um tal acentuado sentido prático que o leva a querer parecer-se com um SUV. Ainda que com pretensões limitadas fora do alcatrão.
De familiar tem o espaço interior, embora a mala não seja tão espaçosa quanto seria de supor. O sentido prático não está tanto nas soluções funcionais, antes na forma e altura que lhe dão vantagem na facilidade de condução, mas retiram alguma dinâmica ao conjunto.
Mas a verdade é que estamos mais uma vez em plena crise económica e desta vez mundial. Terá o Soul alma suficiente para vingar?
QUE O SOUL desperta a atenção por onde passa, isso é inegável. Que tal possa representar carisma, torna-se tão complicado de afirmar quanto segmentá-lo enquanto produto. A definição que para mim melhor o explica, é a de um monovolume médio, moderno e com um tal acentuado sentido prático que o leva a querer parecer-se com um SUV. Ainda que com pretensões limitadas fora do alcatrão.
De familiar tem o espaço interior, embora a mala não seja tão espaçosa quanto seria de supor. O sentido prático não está tanto nas soluções funcionais, antes na forma e altura que lhe dão vantagem na facilidade de condução, mas retiram alguma dinâmica ao conjunto.
APRECIAÇÃO interior: revestimentos plásticos, embora macios ao toque, com aparência robusta e acabamentos de excelente nível.
Uma das características mais importantes do Soul é a capacidade de personalização do seu interior, nomeadamente ao nível de combinação de cores. É possível optar por estilos vivos e muito próprios, quer ao nível dos revestimentos habituais (assentos, volante, punho das mudanças ou painel das portas, por exemplo), mas também no tablier ou até mesmo na cobertura interior dos espaços destinados à arrumação de pequenos objectos.
É sobretudo uma questão de gosto e de vontade. Quem desejar pode até ver as colunas de som nas portas iluminadas, inclusive ao ritmo da música que esteja a tocar no sistema de som. Mas os que apreciam maior descrição podem sempre optar por um estilo mais sóbrio e menos espampanante.
HABITABILIDADE boa nos lugares dianteiros, mediana nos traseiros, sobretudo ao nível das pernas. A maior vantagem está na altura interior que lhe permite colocar este banco numa posição bastante confortável. A mala, como disse, surpreende pela pouca capacidade, abaixo dos 300 litros. Sob o piso existe um outro compartimento impermeável – carácter prático oblige – e sob este um pneu fino meramente de emergência.
A mala contêm diversas possibilidades de fixação da carga mas o banco traseiro apenas rebate assimetricamente os encostos e não circula longitudinalmente sobre calhas.
A ALMA do Soul é, afinal, o que se encontra menos à vista: o motor. Este 1.6 diesel que tão boa conta de si dá em diversos modelos do grupo Hyundai/Kia é não apenas bastante económico (e aqui surpreende ainda mais porque a forma da carroçaria não o favorece), como demonstra uma disponibilidade surpreendente na grande maioria das situações.
Em estrada chega mesmo a sentir-se a falta de uma sexta velocidade.
Com um coeficiente aerodinâmico que não o favorece - e isso nota nos ruídos provocados pelo vento na carroçaria -, o Soul tem ainda necessidade, devido à altura do conjunto, de apresentar uma suspensão mais rija que o prejudica ao nível do conforto.
É verdade que o resultado dinâmico satisfaz e bastante. Graças também ao controlo de estabilidade presente no equipamento de série, não apenas em estrada e em velocidade como a curvar, apresenta sempre um comportamento seguro sem grandes adornos de carroçaria.
Uma das características mais importantes do Soul é a capacidade de personalização do seu interior, nomeadamente ao nível de combinação de cores. É possível optar por estilos vivos e muito próprios, quer ao nível dos revestimentos habituais (assentos, volante, punho das mudanças ou painel das portas, por exemplo), mas também no tablier ou até mesmo na cobertura interior dos espaços destinados à arrumação de pequenos objectos.
É sobretudo uma questão de gosto e de vontade. Quem desejar pode até ver as colunas de som nas portas iluminadas, inclusive ao ritmo da música que esteja a tocar no sistema de som. Mas os que apreciam maior descrição podem sempre optar por um estilo mais sóbrio e menos espampanante.
HABITABILIDADE boa nos lugares dianteiros, mediana nos traseiros, sobretudo ao nível das pernas. A maior vantagem está na altura interior que lhe permite colocar este banco numa posição bastante confortável. A mala, como disse, surpreende pela pouca capacidade, abaixo dos 300 litros. Sob o piso existe um outro compartimento impermeável – carácter prático oblige – e sob este um pneu fino meramente de emergência.
A mala contêm diversas possibilidades de fixação da carga mas o banco traseiro apenas rebate assimetricamente os encostos e não circula longitudinalmente sobre calhas.
A ALMA do Soul é, afinal, o que se encontra menos à vista: o motor. Este 1.6 diesel que tão boa conta de si dá em diversos modelos do grupo Hyundai/Kia é não apenas bastante económico (e aqui surpreende ainda mais porque a forma da carroçaria não o favorece), como demonstra uma disponibilidade surpreendente na grande maioria das situações.
Em estrada chega mesmo a sentir-se a falta de uma sexta velocidade.
Com um coeficiente aerodinâmico que não o favorece - e isso nota nos ruídos provocados pelo vento na carroçaria -, o Soul tem ainda necessidade, devido à altura do conjunto, de apresentar uma suspensão mais rija que o prejudica ao nível do conforto.
É verdade que o resultado dinâmico satisfaz e bastante. Graças também ao controlo de estabilidade presente no equipamento de série, não apenas em estrada e em velocidade como a curvar, apresenta sempre um comportamento seguro sem grandes adornos de carroçaria.
A ALTURA favorece-o na transposição de alguns obstáculos e permite-lhe uma condução muito boa em cidade. A visibilidade é excelente em todos os sentidos, até porque o Soul é compacto nos seus pouco mais de quatro metros. Como auxiliares apresenta uma câmara traseira cujo monitor se encontra no espelho retrovisor monocromático ou sensores de parqueamento, ambos presentes apenas no nível de equipamento mais elevado. Contudo a utilidade da câmara acaba por ser algo limitada.
Apostando na juventude e na importância de um bom sistema de som, este crossover coreano apresenta entradas para fontes externas de som - i-pod, por exemplo ou ainda uma ficha USB – e está preparado para receber um acréscimo deste equipamento, seja um amplificador ou subwoofer na zona da mala.
Apostando na juventude e na importância de um bom sistema de som, este crossover coreano apresenta entradas para fontes externas de som - i-pod, por exemplo ou ainda uma ficha USB – e está preparado para receber um acréscimo deste equipamento, seja um amplificador ou subwoofer na zona da mala.
PREÇO, desde 20 000 euros
MOTOR, 1582 cc, 128 cv às 4000 rpm, 16 V., 260 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT)
CONSUMOS, 6,3/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES CO2, 137 g/km
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