Aprovado!
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Muitos devem ter sido já os que se cruzaram com a publicidade a este carro: "20 valores a…". Por ser bastante exigente não lhe atribuo a nota máxima, o que não impede que o "passe" com distinção!
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“Passar”, neste caso, assume um duplo significado. O i20 não apenas reúne um conjunto certo de predicados capazes de cativarem quem procura um carro do segmento dos utilitários como, pelo espaço proporcionado e pelas características que apresenta, satisfazer num uso mais intenso e familiar.
O substituto do bem sucedido Hyundai Getz, produzido a pensar no mercado europeu, cresceu face ao seu antecessor. Em comprimento e em largura e isso nota-se, conseguindo ainda ter um habitáculo mais adulto, com linhas mais pronunciadas e de aspecto robusto.
O espaço traseiro é dos melhores do segmento, graças ao aumento em quase 10 cm da distância entre os eixos, e até mesmo a capacidade da mala, com quase 300 litros, não desilude. A qualidade interior, apesar de predominantemente dominada por plásticos mais rígidos, não esconde acabamentos cuidados e muita preocupação com a insonorização face ao ruído desta unidade diesel.
O habitáculo é ainda extraordinariamente funcional, agradando pelo desenho moderno, agradável e prático, disponibilizando pequenos espaços em número suficiente e ligações para fontes de som externas
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Novo motor
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Nestes aspectos, praticamente nada difere face à versão 1.2 a gasolina, referenciada neste espaço há algumas semanas. Mesmo uma suspensão que parece mais firme — ou isso deve-se a pneus maiores e com perfil mais baixo — não alteram substancialmente o conforto, que beneficia, em muito, de bancos dianteiros bastante ergonómicos.
É pois o novo motor a gasóleo que o i20 teve "a honra" de ser o primeiro a receber, que justifica a análise desta semana. Precisamente na sua variante mais potente, já que existe uma outra de 75 cv. Uma diferença de preço de apenas 1000 euros, faz com que me atreva a afirmar que será esta quem deverá despertar maior interesse.
Mais interesse deverá despertar ainda, quando ficar disponível uma versão "ecológica" denominada "i-blue" (ver mais abaixo)
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Fácil de levar
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Mesmo assim, a verdade é que este Hyundai i20 com 90 cv se evidencia bastante económico. A sua caixa de cinco velocidades permite-lhe explorar bem a oferta de binário, melhorando também bastante o comportamento em face da versão mais modesta a gasolina.
Um desempenho mais exigente e obviamente um preço superior, fazem com que venha equipado com um conjunto pneumático mais condizente e isso faz toda a diferença.
Embora mantenha a opinião de que se trata de um carro pouco dado a gerar grandes emoções durante a sua condução, a sua posição de condução é facilmente capaz de criar empatia com quem a ocupa. Isto porque tanto em termos de visibilidade como atrás referi, em termos de funcionalidade, o Hyundai i20 foi concebido para ser um “carro fácil”. Fácil de deixar-se levar, fácil de conduzir e principalmente fácil de manobrar, capaz de agradar a um público muito vasto que o procure com os mais diversos objectivos.
PREÇO, desde 18 450 euros
MOTOR, 1396 cc, 90 cv às 4000 rpm, 220 Nm das 1750 às 2750 rpm
CONSUMOS, 5,5/3,8/4,4 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES CO2, 116 g/km (combinado)
Este símbolo representa na Hyundai modelos concebidos a pensar na poupança: do ambiente, com emissões poluentes mais baixas, e da carteira dos seus proprietários, por beneficiarem os consumos. As duas coisas directamente relacionadas, claro.
No caso deste “i20”, a versão “i-blue”, que apenas deverá surgir em 2010, será equipada com este mesmo motor, uma caixa de seis velocidades, sistema “stop & go” da Bosch, alterações na altura e na carroçaria de modo a proporcionar um maior fluxo aerodinâmico e pneus de baixo atrito. Reivindica emissões combinadas de apenas 99 g de CO2 por km e um gasto médio abaixo dos 4 litros.
No fundo, as mesmas alterações já introduzidas no Hyundai i30, carro e carrinha, entretanto disponível na versão a gasolina 1.4 e futuramente no motor diesel 1.6 CRDi. Graças a esta tecnologia e aos melhoramentos também efectuados na gestão do motor, atenuando igualmente os atritos mecânicos, é conseguida uma redução percentual nos valores de consumo e de emissões próximo dos 10 por cento.
Contudo, apesar de toda a importância que a componente ambiental nos obriga a ter cada vez mais em conta, para bem do futuro da Terra, a verdade é estas medidas de contenção ocorrem porque na maioria dos países ocidentais vigora um sistema de incentivos para a compra de viaturas menos poluentes, quer através da redução de impostos na aquisição, como, posteriormente, nos impostos anuais de circulação.
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