Do que é que elas gostam?
O que é que as mulheres realmente apreciam num automóvel? A pergunta pode
até parecer subjectiva, mas trata-se de uma realidade cada vez mais
tida em conta pela maioria dos construtores mundiais
Afinal, por que assim é? Não só pelo crescente número de condutoras,
como também porque, cada vez mais informadas, a elas caber o poder de
decisão ou, quanto mais não seja, o de veto na compra de uma
determinada viatura para a família.
Não adianta esconder uma verdade: quantos homens são capazes de ir
contra a opinião da companheira no momento da compra?
Atentos a tudo isto, que os fabricantes têm dedicado especial
atenção a pormenores como a ergonomia do interior, nomeadamente na
facilidade de conduzir com sapatos de salto alto, na multiplicação de
espaços para a arrumação de pequenos objectos, mas também a detalhes
tão simples como a colocação de espelho na pala do sol do lado do
condutor. Outros, inclusive, foram mais longe: criaram tecido especial
no revestimento dos bancos para não desfiar meias e até fechos de
portas foram especificamente projectados para não quebrarem unhas!
Marketing ataca
Depois, vem a parte comercial da questão: publicidade especialmente
dirigida a mulheres. Num aspecto porque determinado modelo reúne, à
partida, características que lhes podem agradar enquanto condutoras.
Nas versões familiares, o acesso e a facilidade de colocar ou prender
uma cadeira de criança, de transportar as compras sem risco, questões
de segurança, mobilidade, etc. O que não significa que muitos homens
não dêem tenham apreço por algumas destas características, atenção!
Daí que nos anúncios, a habitual modelo, sedutoramente sentada ou
deitada num automóvel, em claro piscar de olhos ao consumidor
masculino, deu gradualmente lugar a uma mulher moderna, decidida,
profissional ou mãe dedicada e preocupada, que releva aspectos mais
práticos como a ergonomia do interior, a facilidade de condução e a
segurança. Claro está que também à beleza e ao equilíbrio das linhas,
porque, obviamente, isso não as torna indiferentes à parte estética!
Alguns tipos de carro encontraram no público feminino bastante
aceitação. É o caso dos chamados SUV, abreviatura de Sport Utility
Vehicle. A ideia dos construtores, ao criar esta forma de automóvel,
foi a de proporcionar carros mais confortáveis e mais fáceis de
conduzir do que os tradicionais jipes, com algumas (limitadas)
características de um todo-o-terreno. Mas a ideia de segurança que
advém da maior altura em relação ao solo e das próprias
características do carro, aliadas ao espaço interior e à maior
facilidade de condução, tornam-no bastante apreciado pelo sexo
feminino. No fundo, a sensação de olhar de cima os outros condutores
também não lhes desagrada...
Na maioria os homens, velocidade significa liberdade. Principia aí a
paixão masculina pelos carros. No fundo, o carro significa a ideia de
evasão e de conquista. Perigosamente, existem mesmo os que se
consideram invencíveis ao volante!
Para as mulheres, ainda que a ideia de evasão não lhes seja
indiferente, o carro raramente adquire idêntica importância. São em
geral condutoras mais cautelosas e as companhias de seguro sabem-no
bem, oferecendo-lhes bónus. Ao contrário de muitos homens, não
utilizam o automóvel para projectar a sua personalidade. Mas não
deixam de a vincar na escolha de um determinado carro; simplesmente
usam de um sentido muito mais prático, sensato e menos ostensivo. São
mais subtis. É tudo afinal uma questão de inteligência ou
sensibilidade... feminina.
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