Parada alta
Está quase a fazer um ano, o Citroën C5 vencia o troféu e era considerado "Carro do Ano 2009" em Portugal. Prestes a conhecer o seu sucessor, eis um pretexto para o revisitar
Em relação à última análise, a versão Tourer (carrinha) do modelo francês mantem-se como uma das melhores propostas da sua classe. Oferece conforto e espaço em larga escala, tem uma condução fantástica e, nesta versão em particular, a qualidade de construção e os acabamentos ombreiam com as melhores propostas do segmento… seguinte.
Suspensão é trunfo
Com esta nova geração, o construtor francês coloca a fasquia num patamar bastante elevado. É difícil não gostar do modelo quando se olha, e mesmo muitos detractores da marca facilmente se rendem ao prazer da sua condução.
O nome Citroën associa-se, geralmente, à afamada suspensão que, nesta terceira geração, se designa Hidractiva 3 (óbvio!) Plus, embora também possa ser equipado com uma mais "convencional", apelidada "Metálica".
Assumidamente orientado para proporcionar o máximo de conforto e de prazer na condução, o C5 Tourer ensaiado tem a possibilidade de flexibilizar o amortecimento, em função da condução ou do estado do piso. No modo "sport", a suspensão torna-se mais rígida, para melhores sensações e um comportamento mais apurado; sem este comando activado, o curso mais longo aumenta a capacidade de amortecimento, garantindo maior conforto.
Controlada por dois sensores em cada eixo, mantém-se a distância ao solo, independentemente da carga, o que é fundamental quando se trata de um carro com uma mala mais ampla.
Mão segura
A excelente posição de condução tem como característica principal um volante com uma zona central fixa (onde se alojam vários comandos), rodando o aro sob este. O travão "de mão" é automático, o que facilita o arranque em declive. Entre os bancos, um botão comanda o amortecimento da suspensão e a altura do carro em relação ao solo.
A mala não deslumbra – 505 litros –, mas a configuração permite bom aproveitamento e, tal como o restante habitáculo, é revestida com materiais de qualidade. Possui mesmo uma lanterna recarregável amovível, pode memorizar-se o ângulo de abertura do portão traseiro, o vidro tem abertura independente e o plano de carga pode descer. A transmissão automática de seis velocidades, cómoda sem dúvida, é mais gulosa do que a manual com número idêntico de relações. Mas o seu desempenho é não apenas suave, como bastante silencioso. O binário, bem aproveitado, despacha rapidamente grande parte da elevada potência deste motor que, nesta versão em particular, possui mais 25 cavalos.
PREÇO, desde 47700 euros MOTOR, 1997 cc, 163 cv às 3750 rpm, 340 Nm às 2000/3000 rpm, 16V, common rail, turbo com geometria variável, intercooler e filtro de partículas CONSUMOS, 9,0/5,7/6,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 179 g/km de CO2
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