Suzuki Alto 1.0 GA/GL

Epá!

Suzuki Alto e Nissan Pixo, sobre o qual já aqui se falou, são almas gémeas. Ou quase. "Quase" porque, a meu ver, o Alto apresenta uma frente mais inspirada em termos de linhas. Já na traseira, para além das ópticas, pouco se altera e, no interior, menos ainda. No entanto, há uma diferença maior...

Depois de conduzir, durante uns dias, o Suzuki Alto, instalou-se a dúvida: mas afinal, no que é que ele difere, para apresentar melhor comportamento do que o Nissan Pixo?
No resultado do ensaio ao Pixo (VER AQUI), referi alguma falta de ligeireza a acelerar e instabilidade em velocidades mais elevadas. Isto, apesar da presença do controlo de estabilidade.
Já o Alto, para além de uma maior capacidade de recuperação em estrada, consegue manter e inspirar mais confiança, em velocidades mais elevadas. Parte da explicação para o facto, poderá dever-se aos valores de afinação do motor ou até mesmo ao tipo de utilização anterior que as duas unidades ensaiadas, em concreto, tiveram. Mas creio que uma parte muito importante da responsabilidade, está no tipo de frente do Suzuki, mais fluida e com uma ampla abertura inferior, aparentemente mais aerodinâmica Porque os pneus são iguais.

Simples, prático e funcional

Quatro lugares, cinco portas. Nisso são iguais, tal como a abertura, simples e em compasso, dos vidros traseiros, nos cerca de 130 litros da mala e nos inúmeros pequenos espaços que tem distribuídos pelo interior.
Com uma qualidade de materiais e de construção ajustados para o segmento, até o porta-luvas é aberto, também não se pode pedir mais em termos de insonorização; não chega ao ponto de se tornar incomodativo, mas o trabalhar do motor chega ao habitáculo e, sendo um 3 cilindros, este também não é isento de vibrações.
Oferece uma boa posição de condução. Ajustados à configuração e simplicidade dos bancos, mesmo assim com algum apoio lateral, podemos beneficiar de uma boa visibilidade em todas as direcções e da excelente capacidade de manobra que os seus três metros e meio de carro lhe garantem.
É igualmente confortável. Ou, pelo menos, no que as dimensões lhe permitem, porque a suspensão não pode ter um curso mais longo e, além disso, o pouco peso e o tamanho, também não permitem que ela seja mais macia. Equilibra-se; se por um lado ressente-se quando o piso se torna demasiado irregular, por outro, apresenta a segurança necessária em velocidade, em curva ou perante manobras bruscas.
Mas convém não abusar. Afinal, foi um carro concebido para se desembaraçar na malha urbana, não para velocidade ou viagens mais longas.

Citadino assumido

É por isso, pelo seu carácter urbano, que as relações da caixa de velocidades são inicialmente curtas, as finais mais longas e mais poupadas nos consumos. Embora de binário escasso, não tanto pela potência que até é interessante, o que este 3 cilindros permite ao Alto, basta-lhe. Tem a grande vantagem de ser, realmente, bastante económico. Apesar de ruidoso, sobretudo ao ralenti.
Quanto a equipamento, a versão mais barata vem bastante "despida", pouco mais do que o essencial, em termos de segurança somente ABS e airbags frontais. Para contar com ar condicionado manual, vidros eléctricos, fecho centralizado, rádio/CD e até a chapeleira da mala, há que evoluir para os níveis seguintes. Já as jantes em liga e o pack de segurança (airbags de cortina e controlo de estabilidade) constituem opcionais.

PREÇO, desde 8600 euros MOTOR, 996 cc, 68 cv às 6000 rpm, 90 Nm às 3400 rpm, 3 cil./12 V CONSUMOS, 5,5/3,8/4,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 103 g/km

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