Necessidades alargadas
Longe vão os dias em que as “pick-up” eram encaradas como meros veículos de trabalho. Hoje em dia circulam cada vez mais nas cidades, em percursos urbanos para os quais não não foram propriamente concebidas, encaradas como opção “radical” a um modelo mais familiar ou transformadas em instrumento de lazer e muita diversão.
Embora esta seja uma realidade cada vez mais visível, mais ainda em Portugal onde muitas versões beneficiam ou beneficiaram de um estatuto fiscal que ajudou a tornar o seu preço final bastante convidativo, continuam a existir variantes com um propósito e uma vocação mais comercial ou agrícola. Mais rústicas e não raras vezes despidas de algum equipamento de conforto, estas últimas distinguem geralmente por caixas de carga adaptadas à função que desempenham.
Não é o caso do modelo ensaiado, uma versão mais versátil com cobertura em fibra da caixa, que não descura mesmo algum conforto e facilidade de condução.
Por falar em conforto...
Embora o conforto seja, no presente caso, relativo. Se a carroçaria dupla e as quatro portas são suficientes para garantir uma habitabilidade boa para cinco ocupantes, é a ergonomia dos comandos quem mais surpreende pela facilidade de interacção com o condutor. Obviamente que itens como o ar condicionado, bancos confortáveis e pequenos espaços de arrumação contribuem, nomeadamente este último aspecto, sempre problemático num veículo que não dispõe de uma bagageira convencional.
No entanto, feito para boas estradas quando circula em alcatrão, a excelente capacidade de torção do chassis e a suspensão reforçada, capazes de suportarem pesos e embates para além do normal e ainda responsáveis pelas boas aptidões em todo-o-terreno, tornam a D-Max algo saltitante em piso mais irregular.
Condução fácil
Já no que toca à condução é mais difícil apontar-lhe alguma característica menos boa que também não seja própria deste género de veículos. Até mesmo em manobra, o modelo ensaiado dispunha de uns bastante úteis sensores de estacionamento, para ajudar numa tarefa que se complica complicada devido à volumetria da caixa de carga.
Além da altura lhe conferir boa visibilidade, há que contar com uma direcção comunicativa, uma caixa de cinco velocidades suave e as habituais ajudas electrónicas à condução, capazes de garantirem a estabilidade e a segurança das reacções em velocidades um pouco mais elevadas.
Quando a condução se torna mais exigente e aumenta o grau de dificuldade, surge em socorro um binário que, não sendo muito expressivo, faz sentir-se antes das 2000 rpm. As necessidades de tracção são geridas electronicamente através de botões situados no tablier, dispensando um tradicional segundo manípulo para o efeito.
PREÇO, desde 34 000 euros MOTOR, 2999 cc, 163 cv às 3800 rpm, 360 Nm das 1800 às 2800 rpm, injecção common rail, turbo geometria variável, intercooler CONSUMOS, 10,5/7,2/8,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 222 g/km
Características
TT
Ângulo de ataque: 35,5º
Ângulo ventral: 21º
Ângulo de saída: 27,7º
Raio de viragem: 6,1m
Distância mínima ao solo: 25 cm
CARGA
Peso máximo autorizado: 3500 Kg
Tara: 1965 Kg
Compartimento: 1380x1525x480 mm
Peso máximo rebocável: 3000 Kg (c/travões)
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