ENSAIO: Suzuki Swift 1.2 VVT (5 portas)

Aparentemente mudou muito pouco. No entanto, o novo Swift parece (e é) realmente... novo. O seu comportamento é mais preciso, durante a condução é perceptível uma maior solidez do conjunto, está mais bonito e emprega melhores materiais no habitáculo. Os motores são também mais económicos e menos poluentes.


Por fora, o novo Suzuki Swift mantém a silhueta e o estilo inconfundível que lhe tem granjeado uma série de prémios internacionalmente. Salvo alguns pequenos retoques, alterações que incidiram principalmente ao nível dos grupos ópticos e na identidade dianteira, a intenção foi não mudar muito o que já era bom e que fez dele o primeiro Suzuki a ultrapassar mais rapidamente o milhão de unidades produzidas.

É um automóvel global, produzido actualmente em 7 fábricas um pouco por todo o Mundo e comercializado em mais de cem países ou regiões, com mais de 1,8 milhões vendidas.


Pouco maior mas muito melhor

Interiormente as mudanças saltam mais à vista. Evoluiu não só (e muito!) na qualidade dos materiais e na capacidade de insonorização. Está mais actual e a instrumentação ganhou um apelo mais desportivo. Mas como este novo Swift mantém uma estrutura compacta (3,85 m), foram obtidos poucos ganhos no espaço interior, ainda que se tenha ganho (e não foi pouco) em arrumação na consola central.
A verdade é que se à frente se viaja com relativo desafogo, não se esperem grandes milagres atrás ou na capacidade da mala, que se mantém escassa nos seus pouco mais de 200 litros. A superfície que resulta do rebatimento do encosto dos bancos traseiros não é plana e o pneu suplente é de pequenas dimensões.
Curiosamente, as versões de 3 portas anunciam uma lotação de 4 ocupantes e as de 5 capacidade têm homologação para mais um. Dois passageiros atrás é contudo um número mais realista.


Economia castra motor

O carácter compacto é a razão principal porque é tão fácil conduzi-lo. Mas não só. Apesar de ter mais 9 cm do que o anterior, o novo Swift mantém-se largo e isso permite-lhe um comportamento em estrada que engana... para melhor! É que embora leve, este pequeno Suzuki configura um desempenho que o faz parecer ser de maior porte e devora curvas com uma estabilidade e precisão excepcionais. Para tanto muito contribui a suspensão mais rígida que, sem sacrificar grandemente o conforto, estabelece um compromisso quase perfeito entre este e o comportamento dinâmico.
Pena é que o motor ensaiado não permita mais. Porque este conjunto, com preços a partir dos 14 mil euros para as versões de 5 portas, tudo faz para o merecer. Têm até uma direcção bastante mais intuitiva e rápida que devolve mais segurança a quem o conduz.
Este 1.2 VVT, apesar de ter mais potência do que o 1.3 que agora substitui, revela outra mais-valia: os consumos. E isso acaba por se reflectir nas emissões de gases e no preço. Valha-nos o facto de adquirida uma embalagem inicial, em parte castrada por relações longas (e poupadas) da caixa de 5 velocidades, o Swift 1.2 VVT ser capaz de atingir e manter velocidades de cruzeiro interessantes, sempre com muita estabilidade.
Nunca é demais repeti-lo, o grande trunfo deste motor são sem dúvida consumos médios na ordem dos 5 litros. Que apenas melhoram muito ligeiramente nas versões equipadas com o sistema “start & stop”.


Dados mais importantes
Preços (euros) desde12 200 (3 portas GA)
14 000 (5 portas GL)
Motor
1242 cc, 16 V, 94 cv às 6000rpm, 118 Nm às 4800 rpm
Prestações
165 km/h, 12,3 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
5,0 / 4,4 / 6,1 litros
Emissões Poluentes (CO2)116 gr/km


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