Algures neste meio termo posiciona-se o Mercedes Classe E, embora pendendo, por tradição, para o lado mais conservador. Tanto assim que uma silhueta inconfundível o liga de imediato às criações da marca de Stuttgart, mesmo se com um traço mais ligeiro e dinâmico do que o seu antecessor. Interiormente o E é “todo” ele Mercedes: materiais nobres, revestimentos em pele de qualidade e o inevitável toque da madeira a dividir a parte superior da inferior do tablier. As linhas clássicas são acompanhadas no género por alguns instrumentos, como o grande relógio analógico no painel de instrumentos ou o sistema de som instalado de série, cujo rádio, para além do habitual FM, possui sintonia de ondas curtas, médias e longas. Mas tanto o restante design como a iluminação conciliam classe e modernidade, sem grandes alaridos.
Quem, de modo bastante confortável, se senta atrás do volante irá ver a típica estrela distintiva da marca, na extremidade do capot, e pode igualmente contar com uma boa visibilidade no que respeita aos ângulos dianteiros da viatura. Na direcção dianteira como nas manobras traseiras pode contar-se com o auxilio de sensores com indicação visual e sonora.
Espaçoso mas não exactamente familiar, o Classe E da Mercedes é bastante mais indicado para dois ocupantes traseiros. Existe mesmo a possibilidade de escolher uma forma de assento traseiro apenas destinado a dois passageiros. Com uma postura baixa, mas confortáveis, não existem então quaisquer constrangimentos de espaço.
A mala é ampla, 540 litros de capacidade. Alberga um pneu mais fino e, como seria de esperar, revestida com alcatifas convincentes. Mas não gostei do sistema de dobradiças em arco apesar destas dificilmente porem em causa a integridade da bagagem.
O inédito tejadilho panorâmico, interiormente dividido em 2 secções e com uma simples tela protectora, é opcional. |
Atitude correcta
Uma coluna da direcção que acompanha correctamente qualquer afinação do banco do condutor e a caixa de velocidades automática são a combinação ideal quando se deseja um andamento mais tranquilo e descontraído, mas acompanha sem dificuldade qualquer postura mais enérgica quando a tentação é andar depressa.
O motor que equipa a versão ensaiada, apesar da pomposa designação 250 CGI, é um bloco 1.8 sobrealimentado e com intercooler, que lhe fazem disparar a potência para os 204 cv. Apesar da caixa automática de 7 velocidades, nem se pode dizer que o consumo médio de 10 litros, registado no final do ensaio, fosse particularmente exagerado. Até porque todo o conjunto tem um peso, em vazio, superior a 1650 kg. Esta caixa pode ser conduzida em modo sequencial de 4 e possui afinação para um tipo de condução mais familiar ou mais desportiva. O equipamento de série contempla patilhas no volante para selecção da caixa de velocidade.
O controlo de emissões decorrentes do sistema "BlueEFFICIENCY" (*) e o facto de, em Portugal, parte da carga fiscal incidir sobre a cilindrada, torna possível aceder a um Classe E, com estas extraordinárias capacidades dinâmicas, por menos de 55 mil euros. Mas é igualmente por responsabilidade da conjugação de funcionamento deste motor com um turbo de geometria variável, que torna possível conduzir um carro a gasolina com a sensação de estarem presentes duas (boas) características geralmente encontradas num a gasóleo: uma entrega cedo do binário e uma elasticidade que se mantém durante tempo suficiente para recuperar velocidade, sem trabalho esforçado da caixa de velocidades. O que, naturalmente, acaba por ter reflexo nos consumos.
Dados mais importantes
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Preços desde
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53.216 euros
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Motor
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1796 cc, 4 cil/16 V, 204 cv às 5500rpm, 300 Nm das 2000 às 4500 rpm, injecção directa, turbo, geometria variável, intercooler
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Prestações
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238 km/h, 7,8 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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8,0 / 6,4 / 10,6 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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179 a 187gr/km
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(*) O Mercedes E 250 CGI BlueEFFICIENCY integra de série um conjunto de características com vista à redução de emissões de gases poluentes sem sacrifício das prestações do carro. A função "start & stop" pode ser instalada sem custos adicionais, mas aquilo que o sistema BlueEFFICIENCY propõe é uma aerodinâmica mais cuidada (com rebaixamento ligeiro do chassis e "spoilers" que resultam num dos melhores coeficientes de penetração ao vento), combinada com a menor resistência ao rolamento através de equipamento pneumático especifico. Existe ainda uma gestão aprimorada da energia fornecida pelo motor, um conjunto de alterações que, sem por em causa a fiabilidade do produto ou a segurança do comportamento, garantiu a homologação de emissões que conferem vantagens fiscais em diversos mercados.
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