ENSAIO: Ford C-Max 1.6 TDCi
Considerado “Carro do Ano” em Portugal, o C-Max é um dos monovolumes mais conseguidos da sua classe. Familiar prático e acessível, equilibrado em diversas vertentes, a excelente capacidade de manobra e o tacto oferecido pela sua condução quase fazem esquecer a forma mais “quadrada” do exterior. Efectivamente, conduzir o C-Max não difere muito de tripular uma “vulgar” berlina. Talvez por isso, apesar do espaço interior e dos consumos serem apenas razoáveis, consegue seduzir com bastante facilidade. Embora, obviamente, uma estética simpática capaz de reforçar o lado dinâmico, a qualidade de construção e a dotação de equipamento sejam igualmente decisivos para reforçar essa primeira impressão.
Começando pelo capítulo da habitabilidade, o Ford C-Max não é um monovolume propriamente amplo. Mede somente 4,38 metros de comprimento, embora com largura suficiente para garantir comodidade. Além de ser exactamente esta forma compacta que torna tão prática a sua condução em ambiente urbano.
Apesar de possuir três bancos (o central mais comedido), o espaço traseiro é mais indicado para dois adultos. Condição que, de resto, assume devido à forma como rebate o assento central.
Contudo, o Ford C-Max não é o mais pequeno, nem sequer o menos espaçoso da categoria. A exemplo dos seus concorrentes mais directos, existe até uma versão com 7 lugares, denominada Grand C-Max, com mais 14 cm de comprimento e portas traseiras deslizantes, com vista a facilitar o acesso aos 2 lugares escamoteáveis. Além da capacidade da mala aumentar consideravelmente no caso destes não se encontrarem colocados. Na versão mais curta, essa capacidade roça os 500 litros. Mas o espaço da mala só é possível devido à ausência de pneu suplente. O facto de ser bem esquadrada e com ângulos aproveitáveis, fá-la parecer maior. Os assentos traseiros não correm lateralmente sobre calhas.
Condução bastante prática
Mais versátil do que um familiar, ou até mesmo do que algumas carrinhas, o Ford C-Max tem a seu favor o facto de oferecer uma condução praticamente igual a estes. Se para algumas pessoas a postura típica de um monovolume é motivo de afastamento, no Ford C-Max isso é pouco perceptível a partir da sua condução. Não apenas por uma questão de comportamento, de que se falará mais adiante, mas principalmente porque a posição de condução e aquilo que se apresenta aos olhos do condutor faz muito para atenuar esse efeito. A começar pela possibilidade do banco do condutor poder ficar bastante baixo e da coluna da direcção acompanhar devidamente essa pretensão.
Ainda assim, a meu ver, um carro com estas características conduz-se melhor numa posição intermédia ou alta, dependendo da estatura do condutor. Há quem não goste deste posicionamento mais vertical, mas é aquele do qual resulta menor fadiga do corpo em viagens mais prolongadas.
Apenas me desagradou a posição algo elevada, face aos restantes, do pedal da embraiagem.
De louvar a elevada qualidade de construção do interior. Com um desenho simpático e comandos dispostos de forma acessível, dependendo do nível do equipamento, pode englobar sistema de navegação ou simplesmente um painel informativo. Os comandos do volante são igualmente intuitivos e a iluminação, bem como os ponteiros azuis do painel, ajudam na personalizar do interior.
O tejadilho panorâmico, protegido por uma cortina aparentemente um pouco frágil face ao sol no pico do verão, reforça a luminosidade do habitáculo.
Condução ágil
O motor que equipa a versão mais desejada do mercado português é a bem conhecida unidade diesel 1.6. Esta motorização propõe dois níveis de potência: 95 ou 115 cv. O que muda é o aumento da pressão do turbo e a gestão electrónica, que permitem um pico momentâneo de potência e binário, particularmente úteis em ultrapassagens e durante as recuperações.
Testado na variante mais potente, o manuseamento agradável da caixa de 6 velocidades e o seu posicionamento, conferem ao C-Max uma condução para além do esperado num carro com estas características, auxiliado que é por uma suspensão ágil que reage em curva sem grandes oscilações da carroçaria e lhe dá estabilidade à condução em estrada. Mesmo quando se circula com alguma velocidade. Com o mérito de isto ser possível sem sacrifício do conforto.
Para facilitar ainda mais a condução conta ainda, de série, com ajuda ao arranque em subida para quem está menos à-vontade no chamado ”ponto de embraiagem”.
Uma estrutura menos aerodinâmica e o peso retiram alguma competitividade no que toca a consumos. Apesar dos valores anunciados pela marca poderem ser considerados bons, a verdade é que consumo médio, após alguns dias de teste, foi de 7,6 litros. No entanto, o nível homologado de emissões joga a seu favor.
Cinco ou sete lugares
Começando pelo capítulo da habitabilidade, o Ford C-Max não é um monovolume propriamente amplo. Mede somente 4,38 metros de comprimento, embora com largura suficiente para garantir comodidade. Além de ser exactamente esta forma compacta que torna tão prática a sua condução em ambiente urbano.
Apesar de possuir três bancos (o central mais comedido), o espaço traseiro é mais indicado para dois adultos. Condição que, de resto, assume devido à forma como rebate o assento central.
Contudo, o Ford C-Max não é o mais pequeno, nem sequer o menos espaçoso da categoria. A exemplo dos seus concorrentes mais directos, existe até uma versão com 7 lugares, denominada Grand C-Max, com mais 14 cm de comprimento e portas traseiras deslizantes, com vista a facilitar o acesso aos 2 lugares escamoteáveis. Além da capacidade da mala aumentar consideravelmente no caso destes não se encontrarem colocados. Na versão mais curta, essa capacidade roça os 500 litros. Mas o espaço da mala só é possível devido à ausência de pneu suplente. O facto de ser bem esquadrada e com ângulos aproveitáveis, fá-la parecer maior. Os assentos traseiros não correm lateralmente sobre calhas.
Condução bastante prática
Mais versátil do que um familiar, ou até mesmo do que algumas carrinhas, o Ford C-Max tem a seu favor o facto de oferecer uma condução praticamente igual a estes. Se para algumas pessoas a postura típica de um monovolume é motivo de afastamento, no Ford C-Max isso é pouco perceptível a partir da sua condução. Não apenas por uma questão de comportamento, de que se falará mais adiante, mas principalmente porque a posição de condução e aquilo que se apresenta aos olhos do condutor faz muito para atenuar esse efeito. A começar pela possibilidade do banco do condutor poder ficar bastante baixo e da coluna da direcção acompanhar devidamente essa pretensão.
Ainda assim, a meu ver, um carro com estas características conduz-se melhor numa posição intermédia ou alta, dependendo da estatura do condutor. Há quem não goste deste posicionamento mais vertical, mas é aquele do qual resulta menor fadiga do corpo em viagens mais prolongadas.
Apenas me desagradou a posição algo elevada, face aos restantes, do pedal da embraiagem.
De louvar a elevada qualidade de construção do interior. Com um desenho simpático e comandos dispostos de forma acessível, dependendo do nível do equipamento, pode englobar sistema de navegação ou simplesmente um painel informativo. Os comandos do volante são igualmente intuitivos e a iluminação, bem como os ponteiros azuis do painel, ajudam na personalizar do interior.
O tejadilho panorâmico, protegido por uma cortina aparentemente um pouco frágil face ao sol no pico do verão, reforça a luminosidade do habitáculo.
Condução ágil
O motor que equipa a versão mais desejada do mercado português é a bem conhecida unidade diesel 1.6. Esta motorização propõe dois níveis de potência: 95 ou 115 cv. O que muda é o aumento da pressão do turbo e a gestão electrónica, que permitem um pico momentâneo de potência e binário, particularmente úteis em ultrapassagens e durante as recuperações.
Testado na variante mais potente, o manuseamento agradável da caixa de 6 velocidades e o seu posicionamento, conferem ao C-Max uma condução para além do esperado num carro com estas características, auxiliado que é por uma suspensão ágil que reage em curva sem grandes oscilações da carroçaria e lhe dá estabilidade à condução em estrada. Mesmo quando se circula com alguma velocidade. Com o mérito de isto ser possível sem sacrifício do conforto.
Para facilitar ainda mais a condução conta ainda, de série, com ajuda ao arranque em subida para quem está menos à-vontade no chamado ”ponto de embraiagem”.
Uma estrutura menos aerodinâmica e o peso retiram alguma competitividade no que toca a consumos. Apesar dos valores anunciados pela marca poderem ser considerados bons, a verdade é que consumo médio, após alguns dias de teste, foi de 7,6 litros. No entanto, o nível homologado de emissões joga a seu favor.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 24 500 euros |
Motores | 1560 cc, 115 cv/3600 rpm, 285 Nm das 1750 às 2500 rpm, common rail, tubo com geometria variável, overboast |
Prestações | 184 km/h, 11,3 seg. (0/100 km/h) |
Consumos (médio/estrada/cidade) | 4,6 / 4,1 / 5,4 litros |
Emissões Poluentes (CO2) | 119 gr/km |
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