ENSAIO: Peugeot 308 1.6 e-HDi

Em matéria de qualidade e de equipamento, a primeira geração já me tinha feito olhar com mais respeito para a gama média do construtor francês. Este ano chegou a vez de introduzir alguns melhoramentos estéticos, para ajudar a distinguir novas versões com uma gama de motores mais modernos, mais económicos e menos poluentes.
Mais actual e mais desportivo. Essa foi a primeira impressão que tive ao olhar para a sua reformulada secção dianteira: novos faróis de vidro liso, ou com fundo cor de titânio quando são de xénon direccionais dinâmicos e uma grelha com maior aerodinamismo. E ainda, inevitavelmente, as modernas luzes diurnas em LED, colocadas na zona dos farolins de nevoeiro.
Se não contarmos com irrelevantes pormenores de colocação de símbolos ou outros aspectos decorativos, são praticamente estas as alterações estéticas que o distinguem.
Mais pormenores podem ser encontrados AQUI, no texto de apresentação do modelo.


“Caça-emissões”


Ora aquilo que realmente nos interessa é, sem sombra de dúvida, uma renovada oferta de motores mais económicos e menos poluentes. Como a própria marca o apregoa, tratou-se de uma autêntica caça ao CO2, numa bem-sucedida tentativa para optimizar a eficácia dinâmica e aerodinâmica do conjunto.
À redução de peso e às alterações mecânicas com o intuito de reduzir atritos, o construtor acrescentou a sua tecnologia micro híbrida e-HDi. Este sistema, dotado de um “stop/start” bastante sensível (a meu ver, às vezes, até demais…), é capaz de produzir um corte do motor quando se circula a menos de 20 km/h quando associado à caixa de velocidades manual pilotada.
Outra vantagem deste género de transmissão é que realmente contribui para conferir maior elasticidade ao motor, podendo, sem pressas, circular-se neste 308 e-Hdi a rotações realmente baixas.
Aplicada à motorização mais procurada, 1.6 HDi, tudo isto possibilitou a redução substancial das emissões poluentes até às 104 gr/km, estabelecendo um consumo médio anunciado de apenas 3,7 litros. Contudo, o consumo combinado do ensaio que efectuei superou em dois litros esse valor.
O 308 e-HDi está também disponível com uma caixa de velocidades mais “convencional”. E à espera de homologação está ainda uma variante com emissões de somente 98 gr/km.
Mais pormenores podem ser encontrados AQUI, no texto de apresentação do modelo.


Preço desce


O primeiro reflexo prático de tudo isto foi ter permitido uma redução dos preços, devido aos benefícios fiscais associados à redução de emissões. Com este motor, o custo do “5 portas” desceu 500 euros, o da carrinha 750 euros e o belíssimo 308 CC Sport 1.6 e-HDi ficou 1010 euros mais barato.
O interior poucas alterações teve, conservando o seu bom aspecto em matéria de qualidade. No design ou na funcionalidade, o 308 é um daqueles casos em que fica clara a intenção de agradar a um leque vasto de gostos.
Ora se a berlina de 5 portas continua a não ser o familiar médio com melhor habitabilidade no banco traseiro, o facto do respectivo assento ficar elevado em relação ao solo, ajuda à colocação das pernas dos ocupantes. Isso contribui para tornar mais cómodas as viagens mais demoradas.
Quem procura mais espaço pode optar pela versão 308 SW Allure com 7 lugares ou 674 litros de capacidade de mala numa configuração de cinco.
A estrutura compacta, mas principalmente a excelente posição de condução, proporcionam-lhe uma boa visibilidade para o exterior.
Cómodo e bem insonorizado, é, em geral, um carro que se dirige com suavidade e que apresenta boa capacidade de manobra.


Dados mais importantes
Preços desde24000 euros
Motores
1560 cc, 112 cv/3600 rpm, 285 Nm das 1750 às 2000 rpm, common rail, turbo com geometria variável, overboast
Prestações
190 km/h, 11,4 seg.(0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
4,4 / 3,9 / 5,3 litros
Emissões Poluentes (CO2)104 gr/km


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