ENSAIO: Kia Picanto 1.2 TX Sport

Com a disponibilidade, em Portugal, da carroçaria de 3 portas e do motor a gasolina 1.2 fica quase completa a gama Picanto destinada ao mercado nacional. A faltar fica apenas a versão bi-fuel que põe o pequeno motor de 1,0 l a funcionar também com GPL. Desse trí-cilindrico unicamente movido a gasolina damos conta num ensaio publicado AQUI. Esta é uma versão assumidamente mais desportiva, como a sua designação desde logo o indica: “TX Sport”.
A principal novidade é o facto de poder equipar-se com uma transmissão automática de 4 velocidades, algo que, por estranho que pareça, recolhe alguma receptividade. Mas que empurra o pequeno Kia Picanto para a casa dos 15 mil euros, preço chave na mão.
Por pouco mais de 13 mil, o acesso à versão dotada de caixa manual de 5 velocidades é promessa de maior animação. Os 85 cv debitados por esta unidade compacta de 4 cilindros conseguem ser quase tão moderados a consumir como a unidade de 1,0 litro, embora proporcionem muito mais divertimento à condução do Picanto.
Numa carroçaria compacta e leve, uma caixa de velocidades mais rápida e precisa, pneus de baixo perfil e uma suspensão incisiva, conjugam-se para garantir maior agilidade e precisão em curva, ao ponto deste incremento de personalidade permitir até alguma arrogância em estrada.

Habitáculo

Tudo isto é motivo suficiente para gerar maior emoção a quem conduz. Já os ocupantes do banco traseiro poderão queixar-se da maior dificuldade de acesso ou da ausência de abertura do vidro traseiro no modelo de 3 portas. Tal não se coloca no de 5 portas até porque, no geral, o actual Picanto é melhor construído e mais espaçoso do que a versão que veio substituir.
Embora mantenha uma estrutura compacta e particularmente indicada para o ambiente urbano, está mais adulto, mais moderno e muito mais ao gosto ocidental. E para o segmento a que pertence, a qualidade de construção e dos materiais é convincente.
A carroçaria de 3 portas é claramente a menos familiar, se bem que, após rebatidos, os bancos dianteiros retomem a posição original e esta versão garanta os mesmos 5 apertados lugares. Ou ainda idêntica capacidade de mala, 200 litros só possíveis porque não existe pneu suplente, substituído por um kit anti-furo.
Igual também é a extraordinária funcionalidade do tablier, concebido de forma a garantir um sem-número de pequenos espaços.
Com uma instrumentação quase completa, o respectivo painel recebe acabamento mais desportivo. Pedais em alumínio e aplicações cromadas no volante, em partes do interior e no punho das mudanças compõem o ramalhete, enquanto exteriormente a secção dianteira e a grelha da carroçaria de 3 portas assumem um aspecto ainda mais provocante.

Preços

A par de uma instrumentação quase completa, no geral, o Picanto proporciona um leque de equipamento interessante. A versão mais barata, de 3 portas e com o motor 1.0, não chega aos 10 mil euros. É um valor aceitável face à qualidade e aos sete anos de garantia que proporciona. Só que, para encontrar alguns itens importantes como o ar condicionado, as jantes em liga de 15’’, o rádio/CD/MP3 com entradas USB e para i-pod ou o fecho centralizado com telecomando e alarme, por exemplo, há que acrescentar 2500 euros a esse valor. Sendo que, por um pouco mais de 13 mil, surge esta versão mais desportiva. Que traz de série tudo isto e promete (e consegue…) ser muito mais divertida. Só que (não há bela sem senão...), o facto é que, em termos de preço e colocada de parte a questão do equipamento, a diferença para o Kia Rio, dotado deste mesmo motor, não é tanta assim...

Dados mais importantes
Preços desdedesde 13 236 euros (TX)
Motores
1248 cc, 4 cil./16 V., 85 cv às 6000 rpm, 121 Nm às 4000 rpm, injecção indirecta de gasolina
 Prestações
171 km/h, 11,4 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
4,5 / 3,8 / 5,8 litros
Emissões Poluentes (CO2)109 gr/km


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