
Concebido inicialmente como veículo dotado de motor térmico – a gasolina ou a gasóleo –, o facto é, desde logo, evidente na estética do Fluence – mais “discreta” –, mas também no seu interior. Apesar de a traseira ter ganho 13 cm (conheça AQUI que mais alterações existem, no texto de apresentação do modelo), isso provoca algumas contrariedades, como o facto da colocação das baterias retirar espaço à bagageira. Contudo, a aparência exterior e um tablier mais normal parecem, à partida, capazes de gerar maior consenso.
Interior sóbrio
O habitáculo é menos “tecnológico” do que o Leaf. Não fosse a instrumentação ligeiramente diferente do painel de bordo, diríamos estar na presença de uma versão “térmica” do Fluence, equipada com caixa de velocidades automática.

Anexo ao sistema de navegação Tom-Tom surgem mais informações úteis, como a localização dos postos de carregamento. Por fim, no pequeno painel do computador de bordo é mostrada a autonomia, consumos (quantidades média e total de energia gasta), velocidade média e distâncias (total e parcial).
Habitabilidade
O Fluence Z.E. acaba por ser, efectivamente, um familiar discreto. Os passageiros mais distraídos talvez até nem dêem conta de estar a bordo de um carro eléctrico, a menos que estranhem a ausência de ruído ou a linearidade da transmissão que é contínua.
Com espaço suficiente a bordo para a família, algum constrangimento pode advir da capacidade da mala. As baterias ocupam espaço de carga, sendo bem-vindos os 13 cm a mais da carroçaria para possibilitar uma mala com 317 litros.
Confesso que não sei bem onde se encontrar semelhante capacidade, certamente ocupada pelos cabos necessários para o carregamento das baterias e contando com pequenas frestas ao lado do espaço que estas ocupam. Verifiquei também a ausência de pneu suplente e também de uma mera pega no forro que permitisse baixar a tampa da mala sem ter que o fazer a partir da sua parte exterior.
Suave mas convincente
Além de ser mais comprido e de dispor de uma cor e de elementos exteriores específicos, aquilo que melhor distingue este Fluence das versões a gasolina ou a gasóleo é a quase total ausência de ruído durante a condução. Fora o habitual que é produzido pelo rolamento, mesmo esse atenuado pelos pneus que o equipam, ou o que é provocado pela deslocação de vento ao longo da carroçaria.
Apesar de ser indicado para uma condução suave, é um carro que acelera bem e que, apesar do tamanho, mostra bastante desenvoltura. Para isso, contribui o facto de dispor da totalidade do binário logo a partir da menor pressão sobre o acelerador.
Capaz de uma velocidade máxima acima da permitida por lei, o Renault Fluence comporta-se em estrada como uma vulgar viatura familiar, somente com ligeiro e previsível inclinar da carroçaria em curva.
Autonomia e carga
Com uma carga completa das baterias, feita, ao longo da noite, a partir uma vulgar tomada doméstica de 220 V, consegui cumprir quase 120 km. Sem regatear o andamento efectuei 101 km até surgir a primeira indicação visual e sonora de necessidade de carga e mais 14 até o sinal sonoro tornar-se permanente.
Em números “redondos”, isso significou cerca de 2 euros de electricidade por cada 100 km. Contudo, há que contar que o preço de este carro é de cerca de 27 mil euros, aos quais terão que se acrescentar 82 euros mensais para o aluguer das baterias.
Um pormenor curioso: o Renault Fluence Z.E. possui duas tomadas de carga, cobertas como se se tratassem de bocais de combustível, localizadas em cada um dos guarda-lamas dianteiro. É prático porque evita estar a passar os cabos de energia por cima ou em redor do carro quando, por azar, a tomada que a fornece se encontra do lado contrário.
Dados mais importantes | |
Preços desde | 26 600 euros (+ 82 euros/mês para o aluguer de baterias) |
Motor | Eléctrico corrente alterna, 398 V. Potência: 95 cv das 3000 às 8900 rpm. Binário: 226 Nm das 400 às 2500 rpm |
Prestações | 135 km/h, 13 seg. (0/100 km/h) |
Consumos | menos de 2 euros de energia eléctrica por cada 100 km |
Emissões Poluentes (CO2) | ZERO |
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