O semanário “o Diabo” publicou, numa das suas últimas edições, um trabalho sobre a existência
de radares nas antigas estradas Scut. Segundo a reportagem, os sistemas de
controlo de passagem automática estarão a medir também a velocidade instantânea
dos veículos, resultando daí multas por excesso de velocidade que já estão a
chegar a casa dos proprietários das matrículas. Por considerar importante a
divulgação dos factos reproduz-se de seguida o referido texto, solicitando ainda
aos leitores que contribuam com depoimentos no caso de também terem sido
vítimas desta situação ou de outras similares. O resumo do diploma que regulamenta estes novos sinais encontra-se AQUI.
Já foi
introduzido nas antigas SCUT e vai ser alargado a todas as estradas portuguesas
com portagem. Poucos automobilistas se aperceberam, mas os novos radares de
medição de velocidade instantânea já chegaram ao bolso dos mais apressados…
O sinal tem
passado despercebido a muitos condutores. Há até quem o confunda com o sinal de
cobrança automática de portagens.
Engano. O
“H43” é um novo radar que mede instantaneamente a velocidade a que uma viatura
circula entre dois pontos de controlo. E as primeiras multas já começaram a
chegar à casa dos condutores mais incautos.
Publicado em
‘Diário da República’ em 3 de Março de 2011, o regulamento dos novos sinais de
trânsito introduziu cinco novos sinais de trânsito nas auto-estradas nacionais.
Mas apenas quatro deles foram alvo de publicitação: os que avisam o
automobilista da aproximação, entrada ou saída de um lanço de auto-estrada com
cobrança de portagem electrónica.
Por explicar
aos condutores portugueses ficou o chamado “H43”, exactamente aquele que indica
a presença de um radar de velocidade instantânea incorporado nos
identificadores electrónicos de cobrança de portagem.
À primeira
vista, todos eles são muito parecidos e sujeitos a confusão.
A diferença
faz-se sentir depois, no regresso a casa, quando à caixa do correio chega uma multa
por excesso de velocidade.
Os novos
sinais fazem parte da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, aprovada em Conselho
de Ministros em Julho de 2009, mas só agora começam a fazer “vítimas”. Na
altura, fez-se demasiado ruído em torno do fim das SCUT, as auto-estradas que eram
“sem custos para o utilizador” e acabaram por ser o contrário.
Protestos
Manifestações e indignações várias serviram às mil maravilhas às
autoridades, já que a inclusão dos radares de velocidade nos identificadores electrónicos
começaram a funcionar sem que ninguém se tivesse apercebido. Apercebem-se agora
os condutores, mesmo aqueles que viajam pelas antigas SCUT e são detentores de
“chip” identificador, que começam a receber em casa multas por excesso de velocidade
junto às portagens.
O sistema de
radar instantâneo não está ainda a funcionar em todas as portagens do País, mas
nas antigas SCUT é já uma realidade. E em breve será certo e sabido que onde
existir uma portagem com pagamento através de identificador electrónico haverá radares
de medição de velocidade – devidamente anunciados, é certo, pelo sinal “H43”.
Como
funciona
O radar
sinalizado pelo “H43” funciona de modo bastante simples: mede o tempo que medeia
entre a passagem de uma viatura por um sensor instalado junto à portagem e a
passagem pelo sensor seguinte, instalado a cerca de 40 metros de distância. Por
exemplo, um carro que viaje à velocidade máxima permitida por lei, 120km/h,
deve demorar 1,2 segundos a vencer a distância entre os dois sensores.
Qualquer
registo abaixo dessa marca equivale a uma autuação por excesso de velocidade.
Se o tempo que a viatura, enquanto cruza os dois sensores, for de apenas 1
segundo, significa que a viatura em questão se desloca a 144km/h, ou seja,
24km/h acima do permitido. Quanto menor for o tempo de passagem mais alta será
a multa.
Em França endurece a fiscalização e aumentam as multas por excesso de velocidade
Ainda sobre este assunto e complementando o trabalho publicado no jornal o Diabo, sinais bastante semelhantes aos que se podem encontrar nas estradas portuguesas foram mandados retirar das vias francesas.
A decisão tem a ver com o facto de não estarem a contribuir para a segurança rodoviária, uma vez que o número de acidentes e vítimas continua bastante elevado em França. Esta medida foi acompanhada pelo endurecimento das medidas de repressão aos condutores infractores.
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