ANÁLISE: Carros chineses competitivos graças aos subsídios estatais
A ofensiva chinesa está prestes a começar e os primeiros carros chineses começam a desembarcar na Europa já durante o próximo ano.
Apesar de, em
alguns países europeus, já circularem viaturas de fabricantes chineses, a sua
presença é ainda insignificante e incapaz de alarmar os maiores fabricantes
mundiais.
Contudo, em finais de 2013, inícios de 2014, prevê-se a abertura dos primeiros concessionários
nos maiores mercados europeus.
Em Portugal, alguns "players" do mercado estabelecem negociações para a representação de produtos que, como é natural, irão impor, em primeiro lugar, um preço ultra-concorrencial.
A grande questão é que esse preço é, mais uma vez, conseguido à custa dos avultados subsídios concedidos pelo estado Chinês!
Por causa de tudo isto, grandes construtores como a Aliança
Renault-Nissan desenvolvem carros “low cost” que deverão custar 5000 e 3000
euros!
Embora estes produtos devam ser essencialmente dirigidos
aos mercados asiáticos, sobretudo o indiano, para concorrerem com os modelos da
Tata, não é de excluir a possibilidade de poderem chegar à Europa, caso sejam
ultrapassados os problemas do natural encarecimento relacionado com o
transporte.
Um dos tradicionais problemas dos modelos fabricados a
oriente por marcas regionais tem sido os relacionados com a segurança e com as
emissões, sendo incapazes de cumprirem as apertadas regras comunitárias que
regem esses aspectos.
Contudo, a sinergia estabelecida com construtores
ocidentais ou até mesmo a compra de marcas europeias, tem permitido aos
fabricantes chineses evoluírem rapidamente nesse campo.
Um desses exemplos é a Chery, empresa estatal que iniciou a construção de automóveis em 1999 e é actualmente
a maior exportadora do sector.
A Chery, em “joint venture” com a empresa israelita
”Israel Corp”, criou a marca “Qoros”, que deverá apresentar a versão final do
seu primeiro carro já no próximo Salão Automóvel de Genebra, em Março de 2013.
Trata-se de um familiar compacto dirigido inicialmente à
China e progressivamente a alguns mercados europeus em finais de 2013. Seguir-se-ão
dois outros modelos em 2014, incluindo um SUV. Para desenvolver estes novos
produtos foi recrutada uma equipa europeia, de forma a criar modelos ao gosto
dos consumidores ocidentais.
A Chery já está presente na América do Sul. Em 2013 vai
abrir uma fábrica no estado de São Paulo, no Brasil, que representa um investimento
da ordem dos 310 milhões de euros. A produção estimada é de 150.000 veículos
por ano.
Esta marca chinesa tem também uma parceria com a Jaguar
Land Rover (JLR, do Grupo Tata) na China.
Contudo, só consegue manter-se sólida e realizar todos
estes investimentos graças ao dinheiro do Estado chinês! Sem estes avultados
subsídios da ordem das várias centenas de milhões de dólares, o Grupo Chery enfrentaria perdas significativas em 2009 e 2010, fruto do fracasso de algumas
das suas mais recentes criações.
Procura automóvel novo, usado ou acessórios? Quer saber mais sobre este ou sobre outro veículo?
A Chery não é detentora da Volvo, mas sim a Geely.
ResponderEliminarTem razão e foi devidamente retificado. Obrigado.
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