ENSAIO: Dacia Lodgy Prestige 1.5 dCi 110cv FAP 7 Lugares
Por mais que se queira dar a volta o assunto, o motivo principal acaba por se encaminhar num só sentido: o preço.
Muito espaço por pouco dinheiro é, efectivamente, um bom chamariz. Embora o pseudo-monovolume da marca romena disponha também um motor diesel bastante económico.
De uma forma despretensiosa, o Lodgy acaba por assegurar o essencial: conforto q.b., condução fácil, sete lugares e muita capacidade de carga.
Tudo isto, imagine-se (como evitar voltar a referi-lo novamente?) por menos de 20 mil euros. E, por este preço, já com muito equipamento! Será que vale a pena? É o que vamos perceber já a seguir.
Muito espaço por pouco dinheiro é, efectivamente, um bom chamariz. Embora o pseudo-monovolume da marca romena disponha também um motor diesel bastante económico.
De uma forma despretensiosa, o Lodgy acaba por assegurar o essencial: conforto q.b., condução fácil, sete lugares e muita capacidade de carga.
Tudo isto, imagine-se (como evitar voltar a referi-lo novamente?) por menos de 20 mil euros. E, por este preço, já com muito equipamento! Será que vale a pena? É o que vamos perceber já a seguir.
Para começar vamos falar da gama. Para os menos exigentes, o acesso à mecânica a gasóleo – 1.5 dCi com 90 cv e apenas 5 lugares – custa 17 500 euros.
Quem desejar a lotação completa, ou seja, com o assento traseiro que garante os dois lugares adicionais, mais potência – 110 cv - e o topo do equipamento terá que desembolsar, mesmo assim, menos de 20 mil euros. Ou um pouco mais, se incluirmos os habituais custos de legalização, preparação, etc..
No entanto, o preço de entrada começa nos 15 mil euros, numa versão servida pelo motor a gasolina 1.2 TCe com 115 cv.
Confira tudo isto no texto de apresentação do Dacia Lodgy, onde poderá encontrar uma relação completa dos preços e do equipamento.
A Dacia é uma marca da antiga parte comunista do Leste da Europa e que tem vindo a ser recuperada, com sucesso, pelo grupo francês Renault.
A fórmula utilizado para o conseguir é simples e não contém nada de novo: recorrer à mecânica e a componentes que já existem no grupo e adaptá-los a estruturas simples mas robustas, despidas de preconceito, sem grandes luxos de materiais ou de acabamentos.
O que o Lodgy agora propõe é uma evolução do conceito aplicado ao anterior Logan MPV: sete surpreendentes bons lugares ou uma superior capacidade de carga, caso se prescinda dos dois traseiros.
Contudo, não se pense que o grupo Renault, que em alguns mercados comercializa o Lodgy (ou Lodge) com a sua própria marca, se limitou a melhorar o anterior Logan MPV. Esta é uma estrutura nova que evoluiu no aspecto da funcionalidade e da qualidade, face ao anterior “7 lugares” da Dacia, propondo ainda mais e novo equipamento de série.
Menos o pneu suplente que terá que ser pago sempre à parte…
Podemos até nem gostar muito dele por fora e, efectivamente, visto a partir de determinados ângulos, o Lodgy não beneficia muito em termos estéticos. Menos ainda para um monovolume, com a traseira a estar mais próxima de um veículo comercial.
Contudo, são estes factores que lhe garantem uma habitabilidade excepcional nestes lugares e a excelente capacidade da bagageira.
No que respeita aos dois lugares suplementares do Lodgy, eles servem perfeitamente para dois adultos de estatura média viajarem de forma confortável. O acesso é facilitado pelo rebatimento total dos bancos da fila central, os vidros que servem estes lugares têm abertura em compasso e, apesar da colocação das pernas exigir que os joelhos fiquem um pouco elevados, mesmo assim, o espaço disponível não é demasiado acanhado.
Este assento traseiro é único e pode ser totalmente rebatido - ou até mesmo retirado - para aumentar o espaço de carga. Ou seja, não é possível “escondê-lo” ao nível do solo, como acontece em certos monovolumes. Isso complica porque, quando se retira, há sempre necessidade de ter onde deixá-lo.
Depois porque é uma tarefa que exige sobretudo esforço devido ao peso e à forma como tem que ser feito; já retirá-lo do lugar é fácil, devendo apenas ter alguma precaução no transporte, por causa dos elementos que servem para o prender ao chassis.
Para retirar do Lodgy este banco é preciso rebater totalmente o assento central e, só depois, extrair o assento traseiro através das portas laterais traseiras.
Já o assento central tem rebatimento assimétrico, permitindo que o acesso aos lugares traseiros seja feito de forma fácil pelo lado contrário aos do passageiro.
Este banco oferece bastante espaço em altura, suficiente em largura e para as pernas dos seus ocupantes mas não corre sobre calhas. A visibilidade para a frente é boa.
Com sete lugares, a capacidade da mala é reduzida: 207 l apenas. Mas torna-se soberba apenas com cinco lugares: 827 litros! No entanto, é preciso não esquecer que quando se rebate o banco traseiro, ele se mantém no interior do carro e continua a ocupar espaço.
Existem ainda pequenos espaços disponíveis pelo interior, nomeadamente uma grande caixa sobre o tablier e volumosas bolsas nas portas.
Qualidade versus equipamento
Existiu uma clara evolução face ao Logan MPV (ou Lada Largus, designação pela qual é comercializado na Rússia) no que toca à funcionalidade. No que respeita à qualidade também, quer no uso de revestimentos plásticos com textura mais “simpática”, como nos acabamentos, existindo até aplicações de aspecto mais nobre na consola central.
Mas é claramente na funcionalidade que o Lodgy se distancia do Logan MPV (um sucesso como "veículo de praça"), com os comandos dos vidros colocados nas portas e um painel de bordo mais intuitivo. “Dá-se ao luxo” do equipamento poder incluir sistema de navegação, visível num novo ecrã táctil multifuncional (ver aqui tudo o que ele permite) que engloba funções musicais ou de conexão telefónica.
Este sistema é opcional e encarece o conjunto em 430 euros. A tela fica situada praticamente a meio da consola central e, durante a condução, isso obriga a retirar momentaneamente os olhos da estrada. Sob esta tela estão os comandos do sistema de climatização.
Na estrada
A posição de condução é típica de um carro com as características do Lodgy, com o volante algo horizontal. Mas este factor resulta quase sempre em mais conforto e menos cansaço do corpo após viagens mais prolongadas e, no caso do Dacia, não é excepção. Apesar do pouco apoio lateral, os assentos dianteiros são confortáveis e macios.
Apesar do seu tamanho – 4,5 metros – e da capacidade de carga, o Dacia Lodgy pesa, em vazio, cerca de 1200 Kg. Isso permite uma certa elasticidade ao motor 1.5 dCi, ou até uma surpreendente genica, se o carro não estiver com a lotação completa.
A dimensão estreita e a ampla superfície vidrada facilitam a condução, enquanto o factor peso beneficia os consumos. Mesmo com um andamento vivo, o consumo médio do Lodgy, durante o ensaio, ficou abaixo dos 6,0 litros.
Mais difícil é manter a insonorização. Apesar deste motor até nem ser particularmente ruidoso, o seu trabalhar é perceptível no interior, sobretudo ao ralenti ou a baixas rotações. Melhor se porta o interior porque, apesar da abundância de plástico, estes estão bem fixos.
O modelo ensaiado não dispunha de chapeleira, mas existem pontos para a fixação de um acessório com a função de cobertura da mala.
Dados mais importantes
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Preço (euros):
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19.800 € (Prestige 1.5 dCi 110cv e 7
Lugares)
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Motores
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1461 cc, 4
Cil./8 Valv., 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 1750 rpm, turbo de
geometria variável, injecção common rail
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Prestações
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175
km/h, 11,6 seg.
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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4,4 /
4,0 / 5,3 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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116 gr/km
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