A Volvo é, para os poucos que ainda não o sabem ou estão distraídos, uma marca sueca. Depois de uma passagem pelas mãos da Ford, em 2010, a construtora americana vendeu a divisão automóvel à chinesa Geely. E ainda recentemente foi a vez da Renault vender uma participação residual que ainda detinha na companhia. Mas desde logo, o grupo chinês prometeu investir na manutenção do ADN da marca, de resto, o objecto principal da sua aquisição. A Geely, que começou a fabricar carros em 1986, pretende utilizar o prestígio da marca para produzir carros de luxo na China, mantendo as operações na Europa para abastecer o mercado internacional. Prova disso mesmo, o recente anúncio de um forte investimento na concretização de projectos na Suécia. E que projectos são esses? É o que contamos já a seguir.
O futuro do Volvo Car Group, enquanto fabricante independente baseado na Suécia, fica substancialmente reforçado com a aposta nos programas SPA e VEA, naquele que constitui um dos maiores investimentos industriais, de sempre, no país escandinavo.
SPA é a sigla de “Scalable Product Archicheture”, uma arquitectura de estruturas ou componentes cuja flexibilidade permite a sua aplicação em diversos modelos do construtor. Incluem-se módulos, componentes e sistemas compartilhados e escalonáveis, fabricados num sistema de produção flexível.
VEA, “Volvo Engine Architecture”, respeita ao desenvolvimento de novas mecânicas, a primeira das quais deverá ser um novo motor de quatro cilindros e baixo consumo, base de uma futura família de motores.
Novos motores, novos métodos
Estes motores deverão ser construídos em Skövde (Suécia) e a montagem de todas as linhas de transmissão, incluindo transmissões híbridas, será integrada na fábrica de Torslanda, em Gotemburgo.
Estes motores deverão ser construídos em Skövde (Suécia) e a montagem de todas as linhas de transmissão, incluindo transmissões híbridas, será integrada na fábrica de Torslanda, em Gotemburgo.
Cerca de metade dos 11 bilhões de dólares de investimento previsto para o período de 2011 a 2015 irão ser aplicados na Suécia, na melhoria e preparação das infra-estruturas destinadas aos programas SPA e VEA.
Sem perder os valores tradicionais de segurança e respeito ambiental, a Volvo aposta na sua independência tecnológica, uma vez que alguns dos modelos actuais utilizam motores e transmissões de outros fabricantes.
É também uma excelente notícia para uma Europa afectada pelo desinvestimento na indústria e pela crise económica.
O primeiro modelo Volvo construído à luz dos programas SPA e VEA será a próxima geração do Volvo XC90, que será lançado no final de 2014.
Volvo e Ericsson conectam sinergias
Paralelamente, a Volvo Cars e a empresa de comunicações Ericsson comprometem-se a desenvolver, em conjunto, uma série de programas e projectos que visam democratizar e globalizar serviços de mobilidade e internet nos automóveis. A questão é não só a oferta de serviços, como também a sua utilização de modo seguro e sem risco para a condução.
Paralelamente, a Volvo Cars e a empresa de comunicações Ericsson comprometem-se a desenvolver, em conjunto, uma série de programas e projectos que visam democratizar e globalizar serviços de mobilidade e internet nos automóveis. A questão é não só a oferta de serviços, como também a sua utilização de modo seguro e sem risco para a condução.
E esta é, naturalmente, uma área muito cara à marca sueca - a segurança do automóvel -, daí a importância da experiência da Volvo quanto ao comportamento dos condutores e aos requisitos de segurança inerentes ao tráfego.
"Vemos claramente que os automóveis, num futuro próximo, irão integrar o mesmo nível de serviços digitais que os consumidores de hoje têm nas suas casas ou no escritório.", diz Håkan Samuelsson, presidente e CEO da Volvo Cars.
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