ENSAIO: Seat Toledo 1.6 TDi 105 cv Reference Ecomotive
Maior do que o Ibiza, embora menos luxuoso do que o Exeo ou o Altea, por exemplo, o interior do Toledo segue alguma racionalidade no traço mas também na qualidade dos materiais que emprega no interior. Com uma carroçaria de dois corpos e meio, 5 portas e uma mala suficientemente grande para agradar às famílias, o novo Toledo regressa à estrutura da primeira geração. Para vingar neste difícil mercado propõe uma habitabilidade surpreendente, uma condução descomplicada e bastante agradável, além do tradicional rigor de construção que faz parte dos produtos do grupo alemão VW. E se estes atributos representam trunfos importantes para qualquer novo modelo, a Seat acrescenta-lhe ainda preços apelativos para as motorizações de entrada, baseadas na mecânica a gasolina 1.2. Mas afinal, quanto vale este novo familiar desta marca espanhola?
Impondo uma relação qualidade-preço apelativa (a versão a gasolina 1.2/85 cv está disponível por cerca de 17 mil euros e com o motor 1.6 TDi começa nos 23 mil euros), a quarta geração Toledo regressa às origens.
Tal como o primeiro Toledo surgido no longínquo ano de 1991, o actual propõe uma carroçaria “sedan” de cinco portas com grande volume de mala: 550 litros, ampliáveis até aos 1490 litros com o rebatimento dos bancos traseiros!
Na história deste familiar espanhol, a mais estranha das formas foi mesmo a da terceira geração, mais próxima de um monovolume e daquilo que actualmente é o Seat Altea.
Algumas vezes, se descontarmos a presença do monovolume Alhambra, o Toledo representou o topo de gama da Seat. Contudo, essa tarefa está agora entregue ao Seat Exeo, baseado na estrutura do Audi A4 da geração anterior.
Quanto ao presente Toledo, ele vem inserir-se entre o actual Ibiza e o igualmente novo Seat Leon, quase podendo afirmar-se que se trata de um Ibiza com mais espaço de mala.
Quase. Porque, na realidade, não é.
Muito mais espaço pelo custo de um utilitário
E não é porque este Toledo, tal como o seu primo checo, são baseados na multifacetada e moldável plataforma que serve o novo VW Polo.
Com maior distância entre eixos que o actual Seat Ibiza e uma forma da traseira que privilegia a habitabilidade e os acessos, a elegância e o dinamismo das linhas exteriores contribuem para o porte de um modelo de segmento mais elevado do que aquele em que o Toledo realmente está inserido.
Além da mala, generosa e com a enorme vantagem de dispor de uma abertura ampla, mercê de uma grande porta com abertura até à linha do tejadilho, a habitabilidade do banco traseiro é francamente bem aproveitada.
Comparativamente, no que toca à colocação das pernas, chega a ser melhor do que no Seat Exeo. Apenas o passageiro do meio terá razões para reclamar, tudo por causa do prolongamento da consola central, que “rouba” algum espaço no piso. Mas, na verdade, o assento traseiro consegue não ser dos mais desconfortáveis para quem se senta no meio.
Bem maior do que o do Ibiza, o interior do Toledo alia alguma contenção das linhas à racionalidade no critério de selecção dos materiais. Daí que ostente menos luxos do que o Exeo, ou o Altea, por exemplo.
Se é um facto que os plásticos parecem sólidos, de boa qualidade e o interior oferece uma insonorização quase perfeita, por outro, a ausência de revestimentos mais suaves - ou simplesmente de revestimentos em algumas zonas que deixam metal à vista - retira algum conforto visual.
Não podendo ser considerada particularmente entusiasmante, a forma simétrica do tablier privilegia a funcionalidade dos comandos e vale ainda pela existência de um volumoso porta-luvas.
Existe bastante equipamento actual disponível, de série incluído em níveis de equipamento ou como opção. Mais detalhe sobre o equipamento, preços e versões disponíveis no mercado português constam NESTE TEXTO.
Condução económica e muito familiar
Com 105 cv (que não parecem assim tanto nos dias que correm, sobretudo se comparamos com a concorrência), este motor mantém a fidelidade a uma caixa de 5 velocidades. Provavelmente, aqui reside o único desperdício de uma combinação que poderia oferecer mais (talvez seja esta uma solução mais económica), embora, em abono da verdade, a versão ensaiada do Toledo cumpra cabalmente o seu papel: a de ser uma proposta essencialmente familiar e económica.
Mas como a sinalética “Ecomotive” pregada na chapa anuncia logo preocupações ambientais, aquilo em que esta versão a gasóleo mais se destaque é exactamente no mais agradável nos tempos que correm: consumos moderados, com uma média durante o ensaio que ficou abaixo dos 5 litros.
Não sendo um carro particularmente ágil, a verdade é que o Seat Toledo proporciona uma condução particularmente agradável. À partida não parece capaz de entusiasmar, mas a facilidade e a rapidez com que o condutor se ambienta à sua condução rapidamente transformam todo o processo numa coisa natural e intuitiva.
Não sendo um carro particularmente ágil, a verdade é que o Seat Toledo proporciona uma condução particularmente agradável. À partida não parece capaz de entusiasmar, mas a facilidade e a rapidez com que o condutor se ambienta à sua condução rapidamente transformam todo o processo numa coisa natural e intuitiva.
E este é, sem dúvida, um grande trunfo para qualquer automóvel!
Dados
mais importantes
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Preços desde
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desde 22951 euros (Reference Ecomotive)
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Motores
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1598 cc, 16 V, 105 cv às 4400 rpm, 250 Nm
das 1500 às 2500 rpm, injecção directa common rail, turbo com geometria
variável e intercooler
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Prestações
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190 km/h, 10,6 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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4,8 / 3,4 / 3,9 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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104 gr/km
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