A versão mais familiar do i30 concilia atitude com espaço, muito espaço. Sobretudo de uma mala com 528 litros, ampliáveis aos 1642 litros com os bancos traseiros rebatidos. Mas também pela qualidade de construção acima da média, aliando ainda um prazer de condução e um desempenho quase exemplares. O Hyundai i30 foi um dos oito finalistas vencido do troféu “Carro do Ano 2013” (ver AQUI a notícia). Mas só o facto de ter pertencido a um lote tão restrito de modelos seleccionado por 58 jornalistas da especialidade, oriundos de 22 países, é uma quase vitória para um carro que, em si, contém argumentos válidos para vingar. É sobre os defeitos e as virtudes da versão carrinha do i30 que nos vamos debruçar já a seguir.
Ora vejamos. Na recentemente renovada geração i30, a aproximação à imagem de marca inaugurada com o i40 trouxe-lhe melhorias no aspecto e na aerodinâmica, esta última reflectindo-se no desempenho e, diz o construtor, ao nível de consumos.
Contudo, tal como já tinha constatado durante o ensaio à versão de 5 portas com 110 cv (ver AQUI o resultado desse teste), e a avaliar pelo facto do computador de bordo teimar em marcar consumos médios sempre acima dos 6,8 litros, essa não é bem uma realidade. Embora um litro e meio acima do anunciado até nem seja assim tanto.
Uma das razões para isto ter acontecido está no facto da postura em estrada desta carrinha não estimular um andamento meigo. Em primeiro lugar porque a força do binário (260 Nm) está nas 2000 rpm, obrigando a recorrer à caixa de velocidades (que parece ter relações mais longas e mais “poupadas” do que na versão anterior do i30) para manter a agilidade do andamento. Em segundo, porque o comportamento equilibrado e a atitude saudável do conjunto oferecem segurança para andar mais rápido e, como se sabe, andar rápido é o inverso de fazer uma condução mais económica.
A título de comparação, o ensaio à primeira geração i30 SW coim este motor (na altura com 115 cv) encontra-se AQUI.
A vantagem do espaço traseiro
O potencial desta versão do i30 reside, efectivamente, no espaço que disponibiliza, muito favorável para os ocupantes do banco traseiro e, principalmente, os 528 litros de capacidade da mala.
O rebatimento dos bancos traseiros amplia esse volume até 1642 litros, sendo ainda de louvar o facto de todas as versões conterem pneu suplente. Rebater os bancos não é tarefa complicada e assegura um piso plano até quase ao encosto dos bancos dianteiros. Não é possível rebater para a frente o encosto do banco do “pendura”.
O espaço traseiro amplo é um dos melhores para a colocação das pernas dos ocupantes, em altura até ao tejadilho (apesar do rebaixamento total do conjunto, face à primeira versão do i30) ou até no conforto do assento central.
À frente não é excepção, com os bancos a proporcionarem bom apoio lateral e lombar.
Já a postura ao volante proporciona sentimentos mistos. Por um lado, a melhor posição de condução em termos dinâmicos é, certamente, com o banco mais rebaixado. No entanto, para quem a visibilidade é um problema, torna-se necessário despender algum tempo entre ajustes em altura do banco e da coluna da direcção (esta também em profundidade), para encontrar uma postura mais prática e confortável.
Existe a possibilidade de optar por travão de mão automático.
Na posição mais baixa da consola central há ligações para fontes externas de som e ficha USB com leitor de MP3.
Flexibilidade até no equipamento
De resto, em termos de funcionalidade ou de equipamento, nada a criticar.
Menos bom talvez seja apenas a projecção das imagens da câmara de estacionamento traseiro no retrovisor. Se, à partida, a sua visualização aqui até parece trazer vantagens, na realidade, durante o dia, demasiada claridade pode fazer diminuir a qualidade do visionamento.
Já em termos de design interior o resultado é francamente apelativo e feliz. Existem pequenos espaços em número bastante, o porta-luvas é amplo e o acesso e a disposição dos comandos, muitos dos quais colocados no volante, revela-se acertada.
Todas as versões comercializadas em Portugal incluem ainda o sistema FLEX STEER. Com ele, o condutor pode, através de um simples botão, variar o “peso” da assistência da direcção entre os modos normal, conforto ou desportivo, dando, desta forma, mais dinâmica ou leveza ao andamento do volante. (ver mais sobre este sistema no TEXTO DE APRESENTAÇÃO deste modelo).
Como o Hyundai i30 de 5 portas, a versão mais familiar está disponível para os motores 1.4 (a gasolina ou a gasóleo, preços a partir dos 19.000 mil e 23.500 euros, respectivamente) e para as duas declinações do 1.6 CRDi, com 110 (24.500 euros) ou 128 cv.
DADOS MAIS IMPORTANTES
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Preços desde
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25 750 euros (Style)
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Motores
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1582 cc, 16 V., 128 cv às 4000 rpm, 260
Nm das 1900 às 2750 rpm, common rail, turbo com geometria variável (VGT)
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Prestações
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193 km/h, 11,8 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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4,2 a 4,5 / 3,8 a 4,0 / 5,0 a
5,3 litros (jante de 15” ou de 17’’)
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Emissões Poluentes (CO2)
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110 ou 117 gr/km (idem anterior)
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