Sem tirar mérito à versão equipada com mecânica de origem francesa, o 1.5 dCi tratado NESTE TEXTO, nada como sentir este 220 CDi para descobrir a essência e a genuinidade de um “A” mais… Mercedes! Recorrendo a mecânica puramente alemã, o motor de 2143 cc de 170 cv, este “A”, apesar de rápido, deixa, ainda assim, os créditos mais desportivos para a variante 250 CDi, com 211 cv. Contudo, a validade desta proposta reside no facto da maior potência do motor (170 cv) e a presença de uma caixa de velocidades automática não representar consumos ou emissões significativamente mais elevados; na realidade, o consumo médio durante o ensaio rondou sempre a casa dos 5,5 litros, inferior até ao obtido com o 180 CDi! Claro está que as estradas (e as leis…) portuguesas impedem que exploremos a fundo as potencialidades de uma versão que anuncia 220 km/h como velocidade máxima ou que reclama 8,2 segundos para cumprir uma aceleração de 0 a 100 km/h. Do que foi possível conta-se já a seguir.
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A presença exterior desde logo não esconde um cariz mais dinâmico, na estrutura mais rebaixada, nas jantes de maior porte, na atitude toda ela mais desafiadora. Este é um “A” para quem gosta de andar rápido, mas também para quem gosta de o fazer de forma cómoda e prática.
Prática, sobretudo, quando equipado com a transmissão automática de sete velocidades, conseguindo, esta versão do Classe A, reunir toda a classe de um verdadeiro Benz: um interior que concilia o prestígio e a qualidade tradicionais da marca de Estugarda, com um potencial mais desportivo e um comportamento naturalmente mais eficaz e entusiasmante do que os seus pares menos potentes.
Muita qualidade, menos espaço
O interior não oferece surpresas para quem está habituado a um Mercedes, aos seus instrumentos, comandos e disposição. No Classe A, como no B, um ecrã táctil ressalta da parte central do tablier e se de gostos não se fala por causa da subjectividade dos julgamentos, o carácter prático, a funcionalidade e a boa visibilidade deste painel merecem, sem dúvida, destaque pela positiva.
Com uma posição de condução que não demora a envolver quem se senta atrás do volante, este classe A, seguindo as tendências mais actuais não tem muita superfície vidrada lateral e a visibilidade traseira também não é das mais favoráveis. A agilidade, capacidade de manobra e a ajuda dos sensores ou da câmara traseira (quando instalada) acabam por tornar mais cómoda a tarefa de o conduzir, contribuindo, para tudo isto, a atmosfera de qualidade do interior e a boa insonorização do habitáculo.
Habitáculo que não sendo particularmente desafogado oferece conforto bastante para dois ocupantes do banco traseiro. Face ao menos potente e mais familiar dos “A”, o 180 CDi, estes irão naturalmente ressentir-se com a maior firmeza da suspensão, agravado por um conjunto pneumático com perfil mais reduzido e menos absorvente (225/45 R 17).
Já o volume de mala, 341 litros, não fica longe dos valores da concorrência mais directa, apesar do portão da mala continuar a parecer-me pouco amplo.
Caixa em modo automático ou manual
Tratado com maior pormenor NESTE TEXTO, volta-se a recordar que o presente classe A renovou-se e ganhou um protagonismo desportivo que não existia na anterior geração.
A versão mais acessível (180 CDi) que recorre ao motor Renault com 1461 cc e 109 cv é a menos poluente (98 g/km de CO2) e a mais económico em termos de preço: a partir de 28.000 euros. Mas deixa bastante por explorar das capacidades dinâmicas do jovem e compacto representante da Mercedes.
Com um preço que roça os 42.000 euros, o Classe A 220 CDi contempla de série um vasto equipamento de conforto e segurança que ajudam a justificar o preço, mas também duas características que permitem controlar o seu custo em mercados onde os valores ambientais representam benefícios fiscais.
Na verdade, emissões homologadas de CO2 de113 g/km só foram possíveis de homologar graças à presença do sistema start/stop e também de uma caixa de velocidades “7G-DCT”, com patilhas atrás do volante e 3 programas de gestão da sua afinação: ”Eco”, “Sport” e “Manual”. Rápida e suave a mudar de velocidade, esta caixa tem no modo “Eco” o mais indicado e suficiente para conduzir em cidade. Já em estrada e numa condução mais dinâmica, os mais exigentes poderão encontrar uma resposta mais eficaz no modo “Sport” ou até alterando para o “Manual”. Desta forma torna-se possível controlar melhor a entrada e, sobretudo, a saída em curva, já que o conjunto torna-se mais rápido a reagir e os 350 Nm de binário são aproveitados de forma mais eficaz.
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Dados mais importantes
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Preços desde
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Desde 41.650 euros
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Motor
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2143 cc, 4 cil/16 V, 170 cv das 3400 às 4000rpm, 350 Nm das 1.400
às 3.400 rpm, common rail, turbo, geometria variável, intercooler
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Prestações
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220 km/h, 8,2 seg. (0/100 km/h)
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Consumos
(médio/estrada/cidade)
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4,4 / 3,8/ 5,4 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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115 g./km
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(*) Não inclui despesas administrativas e de transporte
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