O Auris renovou-se e ficou muito diferente do anterior. Ganhou espaço interior embora continue a ser um dos modelos mais compactos da classe. O seu traço, sobretudo a secção dianteira, beneficia de uma elevada aerodinâmica para ajudar a baixar os consumos e as emissões. Para isso também perdeu peso. Revela ainda um habitáculo mais cuidado, tanto na funcionalidade como, principalmente, na selecção e na qualidade dos materiais. Pela primeira vez, este familiar japonês irá também conhecer, lá mais para o final do ano, uma versão carrinha. Quanto a versões conserva uma versão híbrida e a aposta a gasolina é sobretudo no motor 1.3 VVTi. Já a diesel, além de um menos acessível, em preço, 2.0 D-4D, as atenções recaem sobre o conhecido propulsor 1.4 4-D4 que equipa a versão ensaiada.
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Para quem procura mais espaço e maior presença do que o citadino Yaris e não tem posses ou deseja um carro mais compacto do que “best-seller” Corolla, a Toyota propõe este hatchback de 5 portas, capaz de proporciona mais espaço do que o primeiro, com preços mais contidos do que o segundo.
Por isso, e para não confundir as coisas, quando se olha para a gama Toyota em Portugal descobre-se que o Corolla está somente disponível na forma de três volumes e 4 portas.
Já no que se refere à Auris Touring Sport, a variante carrinha que está previsto chegar na segunda metade de 2013, é 28,5 cm mais longa do que a versão de 5 portas e apresenta uma bagageira com 530 litros de capacidade, extensíveis aos 1658 litros.
Brilhante execução aerodinâmica
Se compararmos os primeiros “Auris” com a presente geração, as diferenças não podiam ser mais abissais. Enquanto o primogénito sofria de linhas pouco expressivas e de um interior cuja qualidade plástica ficava aquém da que a marca japonesa tinha habituado os seus clientes, a actual geração apresenta uma expressão mais moderna e uma silhueta esguia e fluída.
Visualmente isso é bastante evidente: uma frente bastante afilada e o vidro dianteiro muito inclinado traduzem-se no melhor coeficiente aerodinâmico da categoria, beneficiando e facilitando o trabalho do pequeno bloco diesel 1.4 que dispunha a viatura testada.
Pequeno e leve de tamanho, não se pode dizer o mesmo da alma e da generosidade dos seus 90 cv ou do binário de 205 Nm. Ainda que este último não chegue muito cedo, quando se faz sentir é com convicção suficiente, bem assessorado pela desmultiplicada transmissão manual de seis velocidades.
Graças a um sistema start/stop que não atrapalha e a todo o brilhante trabalho aerodinâmico, o consumo médio, medido pelo computador após o ensaio, foi de 5,1 litros. É verdade que ele fica quase litro e meio acima do indicado. Mesmo assim é um valor razoável para as condições em que decorreu o ensaio.
Incremento de qualidade dos materiais
Contudo, é o interior que melhor evidencia o incremento de qualidade e de modernidade. Mais pela qualidade aparente dos materiais que o constituem ou revestem, do que pelo desenho.
Não me entusiasmou particularmente o design do tablier, pouco criativo e com formas diferentes das saídas de ar, por exemplo.
Mas posta de parte a subjectividade que os gostos sempre acarretam, a funcionalidade ou a visibilidade para o exterior não merecem reparos negativos.
Agradou-me a facilidade de uso do painel táctil e a acessibilidade aos comandos mais usuais (outros, menos utilizados, como o controlo de estabilidade ou o comando dos sensores de proximidade, ficam à esquerda do volante numa posição menos prática) e, claro, uma câmara traseira, como a que o veículo ensaiado trazia instalada, beneficia sempre na altura de estacionar. Até porque, já se sabe, traseiras curtas e encostos de cabeça interferem muito na percepção das distâncias.
Capacidades e funcionalidade do espaço
Quanto ao espaço que proporciona, o banco traseiro alberga com conforto dois adultos e a mala reserva 360 litros de capacidade. O piso da bagageira pode ser colocado em dois níveis horizontais, mais fundo ou mais próximo da abertura da mala.
Não está presente o pneu de reserva, substituído por um kit de reparação de pneus, apesar de existir lugar para um de pequenas dimensões.
Característica muito apreciada, o Auris reserva variados e úteis pequenos espaços para acondicionar objectos mais pessoais, como chaves, moedas ou telemóveis. O porta-luvas tem também dimensões amplas.
Versão 1.4 4-D4 para condutores tranquilos
No que toca a conforto, a suspensão macia encarrega-se do assunto. Ainda que isso origine reflexos no comportamento: o Auris mostra propensão para adornar mais em curva do que um condutor mais apressado certamente apreciará e o equipamento pneumático, que tanto ajuda a manter as emissões reduzidas a 99 g/km, acaba por interferir na estabilidade em velocidades mais elevadas.
Versão para gente calma e poupada, para tanto ajudado pela desmultiplicação da caixa de seis velocidades, quem desejar maior poupança poderá encontrá-la na versão híbrida do Auris. Contudo, se para a versão 1.4 4-D4 há preços a partir de cerca de 22 mil euros, para o Auris Híbrido HSD há que elevar esse valor para os 25.500 euros.
Mais pormenores sobre preços, características ou equipamento estão no texto de apresentação do modelo (seguir a ligação).
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Dados mais importantes
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Preços (euros)
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24.250 € (promoção “Comfort
Pack Sport”)
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Motor
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1339 cc cc, 4 Cil./8 V,
90 cv às 3800rpm, 205 Nm das 1800 às 2800 rpm, common rail
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Prestações
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180 km/h, 12,5 seg.
(0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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3,8 a 4,2 / 3,4 a 3,7
/ 4,4 a 5,0 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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99 a 109 gr/km
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