Embora o mercado europeu continue orientado para carros com motor a gasóleo, os segmentos inferiores continuam a conhecer a procura de modelos a gasolina. Além de mais, o surgimento de novos e compactos motores de menor cilindrada, baixos consumos e reduzida taxa de emissões tem contribuído para o redobrado interesse por parte dos consumidores. O grupo VW foi um dos primeiros construtores a utilizar a turbocompressão associada a unidades motrizes mais leves e compactas, como é o caso do carro objecto de análise esta semana. Mas este Ibiza traz ainda consigo algo pouco habitual para o consumidor português: uma caixa automática DSG de 7 relações, com comando sequencial e posição “Sport”, capaz de conferir maior dinâmica ao conjunto. Por fim, a designação “FR” simboliza decoração, equipamento e afinação mais desportiva. Promete!
Este regresso ao Ibiza de 5 portas, ensaiado AQUI com o motor 1.6 TDI, teve uma razão de ser: conhecer o desempenho do motor 1.2 TSI, neste caso associado a uma belíssima transmissão automática de 7 velocidades. E a adjectivação “belíssima” não é gratuita; o seu desempenho é realmente excelente, sendo muito linear na evolução ou desaceleração do conjunto, sem qualquer percepção de variação de velocidade durante as mudanças de relação. Por outro lado, o modo “sport” (intermutável em andamento) é uma garantia de redobrado impulso dinâmico quando são necessárias acelerações mais vigorosas, como no caso de ultrapassagens ou recuperações. Para os condutores que gostam de se entreter com o respectivo manípulo, esta caixa oferece ainda um modo sequencial.
Desempenho do conjunto
O motor 1.2 TSI do Seat Ibiza FR testado é leve e muito compacto. Por causa disso, o habitáculo do motor surge surpreendentemente desafogado para os padrões de construção actuais. Contudo, fica aqui um pequeno aviso: a colocação transversal, baixa e avançada deste motor faz com que a sua parte inferior fique demasiado próxima do solo e, por isso, mais exposta. Convém portanto estar atento às típicas bandas sonoras ou variações bruscas de altura do piso, até porque as jantes e pneus que equipavam a versão testada - 215/40/17, uma opção que custa 960 euros, de série instala jantes de 215/45/16 -, com perfil bastante reduzido, tornam o comportamento da suspensão se torne demasiado seco.
Com 105 cv, este motor 1.2 começa a produzir elevado binário (175 Nm) bastante cedo, pouco acima das 1500 rpm e até às 4000 rpm. Isso é suficiente para conferir ao conjunto um andamento deveras interessante para a cubicagem do motor, incrementado pelo facto da suspensão da versão FR testada, mas firme e seca, estar ainda associada a jantes de 17 polegadas com pneus de muito baixo perfil. Mas se isso lhe assegura comportamento e estabilidade, o mesmo não se poderá dizer em termos de conforto, com a unidade a acusar todos os relevos do piso.
Além de molas mais rijas, outros elementos que contribuem para incrementar o desempenho dinâmico desta versão são uma barra estabilizadora traseira mais grossa e o bloqueio electrónico do diferencial XDS. Especialmente útil durante a condução por trajectos sinuosos, este dispositivo gera uma pressão de travagem na roda dianteira que fica no lado da curva, evitando assim uma excessiva rotação. Isso garante uma melhor tracção e menor inclinação do conjunto, aumentando não apenas o prazer como também a segurança da condução.
Presença e acessórios desportivos
A verdade é que esta atitude acaba por combinar bem com o porte mais atlético e desportivo da actual geração, dotada de uma frente moderna e equipada com novos faróis LED opcionais e luzes traseiras com LED de série.
As variantes "FR" na presente geração podem ter carroçaria de 3 ou 5 portas e ainda carrinha (ST). A gama de motores abrangida é muito vasta e, a gasolina, tanto engloba este 1.2 TSI como a unidade 1.4 TSI de 150 cv. Contempla ainda os motores a gasóleo 1.6 TDI e 2.0 TDI.
No exterior distinguem-se por alguns elementos como o spoiler traseiro, pára-choques específico, dupla saída de escape e pelas jantes de liga leve de 16”. O interior oferece assentos, pedais e volante específicos.
Mais desportiva e próxima da competição fica a versão “CUPRA”, disponibilizada exclusivamente com o motor a gasolina 1.4 TSI de 180 cv.
Interior versátil
Com uma posição de condução ergonómica e uma qualidade aceitável dos materiais, as atenções voltam-se para a parte superior do tablier, onde se instala um novo sistema de navegação e entretenimento amovível (Portable Infoteinment Device), capaz de oferecer algumas funcionalidades interessantes.
Composto por um ecrã táctil de cinco polegadas extraível, as suas múltiplas funções incluem o sistema de navegação, o kit mãos livres com controlo por voz e um computador de bordo que proporciona ao condutor todo o tipo de informação relativa ao funcionamento do veículo. Pode funcionar com o sistema integrado de rádio e colunas e, a partir do leitor de cartão de memória SD, torna-se possível transportar e aceder a uma lista de ficheiros de músicas gravadas em formato MP3. As funções do Portable Infoteinment Device incluem ainda o “Eco-trainer”, que permitem conduzir de forma mais económica e ecologicamente responsável.
Composto por um ecrã táctil de cinco polegadas extraível, as suas múltiplas funções incluem o sistema de navegação, o kit mãos livres com controlo por voz e um computador de bordo que proporciona ao condutor todo o tipo de informação relativa ao funcionamento do veículo. Pode funcionar com o sistema integrado de rádio e colunas e, a partir do leitor de cartão de memória SD, torna-se possível transportar e aceder a uma lista de ficheiros de músicas gravadas em formato MP3. As funções do Portable Infoteinment Device incluem ainda o “Eco-trainer”, que permitem conduzir de forma mais económica e ecologicamente responsável.
As versões “FR” oferecem ainda variações na qualidade dos revestimentos e a tonalidade do interior é mais escura mas, também por isso, mais desportiva.
Por circunstância da realidade do mercado português, o Seat Ibiza sempre oscilou entre o papel de viatura utilitária ou de pequeno familiar.
Em parte isso acontece devido à habitabilidade, característica mantida pela actual geração. Embora, devido à forma do assento e largura, o banco traseiro tenha mais vocação para dois adultos, o espaço em altura e para a colocação dos joelhos está entre os melhores da categoria.
O mesmo sucede com a bagageira, com quase 300 litros de capacidade. No entanto, as versões "FR" têm a volumetria da mala ligeiramente reduzida, de 292 para 270 litros, pelo facto da bateria estar alojada debaixo do seu piso. Por causa disso gera-se também um ligeiro desnível do piso quando o banco traseiro é rebatido.
Após o ensaio, o consumo médio registado no computador de bordo rondou os 7 litros. Não dispõe de função start/stop. Com este motor, o Ibiza está disponível a partir de 17.235 euros. O mais desportivo FR com transmissão DSG tem um preço base de 19.409 euros.
Textos relacionados com este ensaio:
- APRESENTAÇÃO: SEAT Ibiza (MY 2012)
- ENSAIO: SEAT Ibiza 5P 1.6 TDI 105 CV Style
- ENSAIO: Seat Ibiza FR 2.0 TDI/143 cv
Dados mais
importantes
|
|
Preços desde
|
19.409 euros
|
Motores
|
1197 cc, 4 cil./16 V., 105 cv às 5000 rpm, 175 Nm das 1550 às 4100 rpm, Turbo. Intercooler, injecção indirecta de
gasolina
|
Prestações
|
190 km/h, 9,7
seg. (0/100 km/h)
|
Consumos
(médio/estrada/cidade)
|
5,3 / 4,4 / 7,0
litros
|
Emissões Poluentes (CO2)
|
124 gr/km
|
Textos relacionados com este ensaio:
- APRESENTAÇÃO: SEAT Ibiza (MY 2012)
- ENSAIO: SEAT Ibiza 5P 1.6 TDI 105 CV Style
- ENSAIO: Seat Ibiza FR 2.0 TDI/143 cv
-->
Sem comentários:
Enviar um comentário