Poder-se-á dizer que o Sado foi o antecessor do Smart Fortwo, apesar de no mercado já existirem exemplos anteriores de microcarros. A diferença é que este era português e chegou a ser encarada a possibilidade de exportação em larga escala. Idealizado no seio do grupo Entreposto, o Sado 550 era um pequeno veículo de dois lugares com menos de dois metros e meio, motor Daihatsu de 2 cilindros e 547 cc. O livro escrito por Teófilo Tito Santos que o Museu do Caramulo publica agora em segunda edição, aborda a aventura do primeiro automóvel de produção em série de concepção portuguesa, numa perspectiva histórica, técnica e documental.
Este automóvel marcou a primeira metade da década de 80 em Portugal, principalmente nas grandes cidades. Ainda hoje, quando uma das poucas centenas de unidades produzidas é avistada, continua a ser motivo de admiração.
Pensou-se na sua exportação, mas a produção atingiu apenas algumas centenas de unidades e o projecto acabou por perder força.
Chegaram a ser produzidas 5 versões do modelo que diferiam, sobretudo, em pequenos pormenores ou melhoramentos e ajustes de equipamento. A motorização, essa, manteve-se. Apesar de, no início, ter sido encarada a hipótese de recorrer a motores produzidos em Portugal, nomeadamente os utilizados por pequenos triciclos motorizados que ainda hoje são bastante populares. Contudo, apesar do baixo peso do projecto, derivado do facto de a carroçaria ser em fibra de vidro, motivos de segurança, qualidade, fiabilidade e desempenho, colocaram de lado, muito cedo, essa hipótese.
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