É um puro desportivo compacto. Quando conduzido nos limites revela-se um desafio constante, um desfilar de sensações eventualmente próximas das sentidas pelos pilotos que, em competição, pilotam versões mais evoluídas deste modelo. É também o Fiesta "de série" mais rápido de sempre. Tudo graças ao motor 1.6 litros EcoBoost com 182 cv e 240 Nm de binário, capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 6,9 segundos e de atingir uma velocidade máxima próxima dos 220 km/h. Dono e senhor de uma atitude realmente desportiva, também por isso muito directa e sensível, esperam emoções fortes a quem lhe pega no volante. Assim o piloto mostre arte e mestria para o manter no caminho certo, assim haja estrada e condições seguras para lhe explorar os limites.
Desenvolvido pelo departamento europeu de competição da Ford, o novo Fiesta ST está disponível exclusivamente com carroçaria de 3 portas.
Distingue-se das versões mais “pacíficas” sobretudo através de uma grelha dianteira em forma de trapézio de grandes dimensões, por um avantajado difusor traseiro e, no caso do modelo ensaiado, por umas jantes específicas de 17 polegadas através das quais espreitam pinças de travão na cor vermelha.
Isto faz parte do pack “Performance1” (300 euros) que acrescenta ainda as embaladeiras das portas iluminadas, enquanto que por mais 300 euros, o pacote “Performance2” escurece os vidros e disponibiliza o sistema de chave inteligente.
De série podemos encontrar as ajudas à condução e equipamentos de segurança mais recentes da Ford, entre os quais o sistema MyKey (que permite aos proprietários estabelecerem o limite de velocidade e o volume do sistema áudio, ao mesmo tempo que impossibilita que o ESP seja desactivado, por exemplo) e o SYNC de conectividade “in-car”, que estabelece ligação directa com o serviço de emergência 112 em caso de acidente.
O equipamento contempla ainda o ar condicionado automático e um interior protegido por 7 airbags, incluindo um para os joelhos do condutor. Mas o Fiesta ST conta ainda com alguns acessórios mais desportivos referidos já a seguir.
Características mais detalhadas constam do TEXTO DE APRESENTAÇÃO desta versão que se encontra AQUI.
Interior assumidamente desportivo
Bancos Recaro, inserções no tablier em fibra de carbono, pedais e alavanca de velocidades em alumínio e um volante específico com inscrição ST personalizam o interior deste Fiesta super-desportivo.
E para vincar ainda mais essa característica, um sistema próprio de insonorização canaliza e amplifica para o habitáculo a sonoridade desportiva do motor.
Se aquilo que de imediato cativa são os bancos Recaro incluídos de série, a verdade é que o fazem mais pela vista do que propriamente pelo conforto. Refiro isso porque embora sujeitem bem o corpo lateralmente, falta-lhes apoio lombar para reduzir a fadiga sentida após viagens mais prolongadas.
Além de mais, por contar com uma barra de torção traseira mais rígida, molas e amortecedores traseiros com configurações específicas e um centro de gravidade 15 mm mais baixo, quem acaba por pagar por causa desta maior precisão dinâmica é, naturalmente, o conforto.
O estilo menos moderno do tablier do Ford Fiesta faz com que, ao contrário de alguns concorrentes recentes, não disponha de nenhum ecrã táctil de grandes dimensões para controlar certas funções. Este painel peca por alguma confusão de comandos, tornando pouco funcional e até difícil manipular alguns deles sem tirar os olhos da estrada durante a condução.
Apesar das imposições de acesso derivadas do facto de se tratar de uma carroçaria de 3 portas, quem se senta no banco traseiro irá encontrar suficiente espaço para as pernas. Mais condicionado se sentirá em relação à altura. A mala reserva uns pouco expressivos 290 litros de capacidade, sendo que uma roda suplente de dimensões reduzidas tem um custo acrescido de 60 euros.
Sensações podem ser realmente fortes
Suspensão, direcção e travões foram especialmente afinados para conter e tornar eficaz toda a impulsividade derivada da potência acrescida deste motor.
Mas enquanto o sistema canaliza para o interior uma sonoridade desportiva, as sensações de quem conduz o novo Ford Fiesta ST podem ser ambíguas. E se ele até é capaz de se revelar dócil num andamento tranquilo, apesar de pouco confortável sobre piso irregular, a sua condução muito pura e directa são claramente contra-indicadas a estados mais “Zen”.
Num carro que parece estar em permanente desafio com o piloto, nem as ajudas electrónicas o tornam mais fácil ou acessível de guiar nos limites. Limites esses que serão mais os de um condutor “normal” do que os de um carro construído para divertir espíritos mais irrequietos.
Para ajudar à “fiesta”, esta versão dispõe ainda de um avançado controlo vectorial do binário (eTVC) que reduz a rotação da roda interior da frente em curva, de modo a garantir a trajectória sem prejuízo da velocidade. E para pilotos que procuram os limites, o controlo electrónico de estabilidade oferece 3 modos de actuação distintos: intervenção integral do sistema, intervenção limitada para permitir um deslizamento controlado e a sua desactivação total para os mais ousados e com arte na matéria.
Não sendo o seu motor o mais potente entre os seus pares, as décimas que lhe faltam para chegar ao nível dos mais rápidos em aceleração pura são conseguidas pela suprema afinação do eixo traseiro que ajuda (e muito) a manter esta zona na trajectória.
Ou ainda pela enorme potência da travagem, ou não fosse servido por uma maior bomba de travões e também discos de travões traseiros. Isto e o facto do binário de 240 Nm começar a fazer-se sentir logo às 1600 rpm e permanecer disponível até bem perto das 5000 rpm.
Ou ainda pela enorme potência da travagem, ou não fosse servido por uma maior bomba de travões e também discos de travões traseiros. Isto e o facto do binário de 240 Nm começar a fazer-se sentir logo às 1600 rpm e permanecer disponível até bem perto das 5000 rpm.
Quanto aos consumos e às emissões ambos mostram-se comedidos para o potencial dinâmico do Fiesta ST. No papel e na homologação do modelo porque, em condução "normal", a caixa de seis velocidades tira bom partido do binário disponível numa ampla faixa de regime. Mas na realidade qualquer dos valores irá naturalmente depender da vontade do condutor perante todo o potencial que este carro tem “de série”.
(*) preço final na cor branca (120€). Restantes
de 320 a 480 €
Dados
mais importantes
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Preço (euros):
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26 400 (*)
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Motores
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1596 cc, 4 Cil./12 Valv., 182 cv às 6000 r.p.m., 240 Nm das 1600 às 5000 rpm,
injecção directa, turbo, intercooler
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Prestações
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220 km/h, 6,9 seg.
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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5,9 /
4,8 / 7,9 litros
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Emissões
Poluentes (CO2)
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138 gr/km
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