APRESENTAÇÃO: Renault Twingo (MY 2014)

Não é o regresso à essência do Twingo original. Antes a reinvenção do automóvel citadino segundo a marca. Vinte anos após ter revolucionado o segmento com um modelo que ficou para a história e que ainda hoje reúne inúmeros fãs, a Renault, em parceria com a Daimler, partiu de uma folha em branco para conceber um novo veículo compacto, ágil, inovador e divertido de conduzir. O desafio de criar um pequeno citadino que proporcionasse a maior habitabilidade possível face às dimensões exteriores levou à ideia de uma arquitectura com motor traseiro. Foi aqui que entrou o construtor alemão Daimler (Mercedes-Benz e Smart), que procurava soluções para os futuros Smart de 2 e 4 lugares. De forma a garantir a máxima polivalência, o novo Twingo é, pela primeira vez, proposto com uma carroçaria de 5 portas. Na calha está ainda uma versão "zero emissões" integralmente eléctrica.

Muitos pequenos modelos citadinos surgidos após a segunda guerra mundial dispunham de motor e tracção traseira. A italiana Fiat concebeu vários, algumas marcas japonesas também e, pode dizer-se que foi após o lançamento do célebre Mini que o motor e tracção dianteira se impuseram por razões dinâmicas, económicas e de habitabilidade.
Com o futuro Twingo a Renault vem afirmar o oposto, ao propor um pequeno veículo com motor e tracção traseiros. E se nos anos 90 conseguiu revitalizar este segmento com um modelo original e revolucionário, pois então, porque não acreditar que é capaz de voltar a fazê-lo? Ainda por cima em colaboração com o construtor alemão Daimler.
Ao posicionar o motor na parte traseira, isso libertou o trem dianteiro e permitiu melhorar a capacidade de manobra. Com um diâmetro de viragem de 8,65 metros, o novo Twingo passa a ser referência na classe.
A arquitectura de motor traseiro libertou ainda espaço a bordo. Com uma face dianteira de menores dimensões e as rodas posicionadas nos 4 cantos, a distância entre eixos é digna de um modelo de segmento superior. Pelo que a habitabilidade faz jus à surpreendente capacidade do Twingo original, revelado no Salão de Paris de 1992.
Tem de comprimento 1 cm a menos que o modelo anterior (3,59 vs 3,60 m), mas a distância entre as rodas dianteiras e traseiras é muito maior: 2,49 em vez de 2,37 m. A largura reduziu 1 cm mas cresce 8 cm em altura, passando a medir 1,55 metros.

Outra característica que "bebe" inspiração no modelo inicial é a personalidade forte ou extravagante, assegurada por uma palete de quatro cores “pop” (azul claro, branco, amarelo e vermelho), sinal inequívoco de que o espírito Twingo está de volta!
Segundo ainda o construtor, alguns elementos de design inspiraram-se directamente no Renault 5: as formas
vincadas e a inclinação acentuada da porta traseira que lembra o famoso R5 Turbo de motor traseiro que marcou a sua época.
Alguns detalhes foram entretanto revelados em diversos protótipos como no caso do Renault Twin Run (ver AQUI) e do Smart FourJoy (ver AQUI)

A dianteira apresenta os códigos da nova identidade da marca Renault com um logotipo bem visível sobre fundo preto e dois faróis diurnos de LED que combinam a tecnologia com um “piscar de olhos” às gerações anteriores.
Além de uma original porta traseira vidrada, alguns detalhes são inspirados no Clio actual: perfil fluido graças aos puxadores traseiros dissimulados e inúmeras possibilidades de personalização que combinam as cores da carroçaria com elementos de decoração exteriores como os retrovisores, as protecções laterais e alguns decalques.
Com estas hipóteses de personalização, o novo Twingo pode encarnar várias personagens: feminina ou masculina, urbana ou desportiva.

Motores de 70 e 90 cv

A maneira de encaixar um motor moderno num espaço tão pequeno implicou repensar a configuração do motor de modo que este pudesse funcionar inclinado 49 graus.
Pela primeira vez o Twingo irá dispor de motores mais pequenos, abaixo dos 1000 cc. Foram já anunciados dois motores a gasolina de três cilindros. Um com 70 cv e um de 90 hp, com a diferença do primeiro ser atmosférica e outro sobrealimentado.
O novo SCE 70 normalmente aspirado tem 999 cc e um binário de 91 Nm. Estará disponível com ou sem Stop & Start , dependendo do mercado.
O conhecido TCe90 estreado no Clio torna o Twingo mais dinâmico e divertido de conduzir. Com 898 cc este motor turbo é sensível a baixas rotações, mas também oferece um desempenho ao nível dos 90 cv que anuncia e tem um binário de 135 Nm. Redesenhado especialmente para o novo Twingo, o seu turbo é equipado com uma válvula de descarga eléctrica para fornecer o melhor equilíbrio entre desempenho e consumo de combustível.
O motor TCe90 incorpora Stop & Start de série e está em conformidade com a norma Euro 6.
Outra razão para a opção de colocação de motor no eixo traseiro tem ainda a ver com o lançamento de uma unidade 100% eléctrica que deverá aparecer no mercado em finais de 2015, início de 2016.

Mais polivalente, pela primeira vez uma carroçaria de 5 portas

Uma distância maior entre eixos permitiu ganhar espaço para o habitáculo. A posição de condução mais elevada e os bancos dianteiros com apoios de cabeça integrados permitiram ganhar mais alguma habitabilidade.
Com um tablier muito simples mas bastante personalizado, o porta-luvas pode dispor ou não de tampa. Na parte traseira existem variados locais para pequenos objectos, sendo que os respectivos vidros têm apenas abertura em compasso.
O interior joga com contrastes entre o preto, o branco e aplicações coloridas no tablier, no volante, nas saídas de ar e nos painéis das portas. À escolha estão três temas diferentes para os estofos: azul, cinza ou vermelho, com manchas de cor.
Está igualmente disponível um revestimento mais desportivo, que combinado o ambiente negro com destaques vermelhos e tecido especifico.
Apesar de ter motor traseiro, a bagageira fica atrás e tem 219 litros de capacidade. As costas dos bancos traseiros podem ser dobrados em duas metades, prolongando o piso plano da mala, e o mesmo pode ser feito ao encosto do banco do passageiro da frente.
Existem dois sistemas multimédia designados R & GO e R-Link. O primeiro consiste num rádio ao qual pode ligar-se um smartphone. Após o download de um aplicativo gratuito (somente para os sistemas Android e iOS) e, a partir de telemóvel (ou de uma tablet) torna-se possível ter navegador, computador de bordo e acesso a estações de rádio de internet.
Quando ao sistema R-Link trata-se da solução já utilizada pelo Clio, por exemplo, o qual permite aceder a diversas funções a partir do ecrã táctil.



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