As vendas de veículos em Portugal mantêm a tendência de crescimento face ao ano anterior, apesar da ligeira quebra verificada em relação ao mês anterior. Mas, por tradição, o final dos ciclos trimestrais costumam registar picos de vendas. Mas como a ACAP não se esquece de frisar, os sinais positivos que o mercado automóvel em Portugal vem conhecendo, há quase um ano, demonstram, ainda assim, valores abaixo dos níveis registados em anos anteriores a 2012. Habitualmente um bom indicador da actividade económica são também as vendas de veículos ligeiros comerciais e de veículos pesados. Ambas subiram 66,2% e 39,2 % entre Janeiro e Abril, face ao período homólogo do ano anterior. A venda de comerciais ligeiros assume mesmo uma importância relevante em alguns casos.
Como é habitual publicamos o ranking das vendas de todas as marcas presentes no mercado português.
Uma análise rápida permite aferir que, na totalidade do segmento de ligeiros (incluindo comerciais), a Renault mantêm a liderança.
Apenas 14 das 41 marcas presentes registam valores superiores a 1000 unidades vendidas desde o início do ano (em 2013 eram apenas 12).
Na generalidade todas as marcas registam subidas entre Janeiro e Abril de 2014, com excepção das que deixaram de estar presentes e de alguns casos pontuais. Um deles, estranhamente, é a Honda, que apresenta argumentos novos e mais fortes face a 2013: os novos CR-V e Civic Tourer equipados com o igualmente novo motor diesel 1.6 i-DTEC.
Embora a subir nos totais face a 2013, a VW perde quota de mercado e cada vez se afasta do segundo lugar das vendas que era seu em 2013.
Mercedes e BMW encerram a lista das 5 marcas mais vendidas, alternando posições consoante se olhe para a lista total de ligeiros ou apenas de ligeiros de passageiros. Isso deve-se ao facto da BMW não dispor de comerciais ligeiros, ao contrário da Mercedes que têm forte implantação nessa área.
Propositadamente deixei de fora a Dacia, que merece um reparo especial devido ao espectacular crescimento de 163,8% das vendas entre Janeiro e Abril deste ano, face a idêntico período de 2013. Muito deste crescimento é devido aos novos produtos (com destaque para a área dos comerciais com o Dokker Van) e ao ultrapassar de alguns problemas de fornecimento. Mas também à forte aposta comercial da Renault. Os novos Sandero, Logan MCV, Lodgy e, mais recentemente, o renovado Duster permitiram à marca romena duplicar a sua quota de mercado no nosso País.
Numa fase de crescimento consolidado está a Mazda, que beneficiou alguma coisa com a chegada do Mazda3. Mas a gama aguarda ansiosamente o novo motor diesel 1.5.
Mais timidamente a Hyundai, esta última distante dos valores de outrora e com uma gama bem mais alargada de modelos e motores, mas que tardam a conquistar a simpatia dos portugueses.
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