Conjuga uma incontornável presença exterior bastante dinâmica a uma extraordinária versatilidade interior. A isto junta-se o fantástico desempenho da unidade diesel 1.6 com 120 cv. Além de proporcionar uma condução muito agradável, este motor garante silêncio a bordo e uma total ausência de vibrações. Notável são também os consumos. Sem grande prejuízo da dinâmica da condução, a média do ensaio andou invariavelmente em redor dos 4,5 litros. A partir de 25.900 euros, custa cerca de mais 1200 euros do que a versão de 5 portas. Mas esse valor inclui 624 litros de bagageira ou uma superfície plana de quase 1,7 metros quando se rebatem os bancos traseiros. Bancos esses que conservam a sua função “mágica”…
Foi preciso deixar passar duas gerações para a Europa voltar a conhecer novamente uma versão carrinha na gama Civic. À nona geração a HONDA reintroduziu esta forma de carroçaria, que tanto sucesso teve na sexta geração comercializada entre 1995 e 2000.
O modelo alia desde logo três vantagens inquestionáveis. Ou quatro se lhe acrescentarmos o design expressivo e inconfundível. A primeira das três vantagens é a imagem de marca. A segunda é um espaço interior amplo e modelável, graças não só aos benefícios de uma mala enorme, como à existência dos chamados "bancos traseiros mágicos" abordados no final do texto. A terceira e igualmente muito importante: o preço. Apesar de existir também uma versão a gasolina 1.8, a mais apetecida e aquela que cabe que nem uma luva no mercado nacional é esta, equipada com o novo motor diesel 1.6 i-DTEC com 120 cv, disponível a partir 25.900 euros.
Economia assegurada, potência garantida
Como já tínhamos constatado durante os ensaios às versões de 5 portas (ler AQUI) ou ao SUV CR-V (ver AQUI), o desempenho deste motor é realmente notável.
Ágil, bem coadjuvado que está por uma transmissão de 6 velocidades, qualquer elogio quando ao seu comportamento peca por modéstia. A isto deve acrescentar-se uma importante referência: consumos comedidos, contributo de um sistema start-stop muito rápido a reagir e da função "Eco" que limita alguns gastos de energia.
De referir ainda que a pouca diferença de peso entre as versões de 5 portas e a carrinha faz com que as prestações que ambas conseguem fiquem bastante próximas. Dados da marca indicam que a velocidade máxima desce de 207 para 195 km/h, enquanto o valor de aceleração dos 0 aos 100 km/h permanece em 10,5 segundos.
Se é verdade que, além de uma condução muito agradável, este motor garante também silêncio a bordo e uma total ausência de vibrações, o mais notável são os consumos. Sem prejudicar a dinâmica da condução, o consumo médio alcançado no final do ensaio ficou abaixo dos 4,5 litros.
Em termos dinâmicos, a unidade testada dispunha de uma suspensão convencional. Para um uso mais familiar da Civic Tourer ou até mesmo mais apressada, não há nada de significativo a apontar no que toca à estabilidade ou ao seu desempenho dinâmico em curva.
Mas quem desejar uma condução mais apurada poderá inclui o sistema de suspensão adaptável (ADS), um acessório que faz parte dos dois níveis de equipamento mais elevado.
Esta função permite ao condutor ajustar diversos modos da suspensão às suas preferências. Basta premir um botão situado junto da alavanca das mudanças para activar uma de três opções: conforto, normal e dinâmica, a que melhor se adequar ao estilo, velocidade e tipo de superfície.
Capacidades e conforto
A Civic Tourer tem apenas mais 23,5 cm de comprimento do que a berlina de 5 portas mas é uma das mais compactas da categoria.
Esse facto não a impede de oferecer uma bagageira com espaço líder da classe: 624 litros, embora esse valor englobe um fundo duplo. Além do grande fundo duplo com 125 litros de capacidade, cuja existência depende ou não de pneu suplente (presente na lista de opcionais), existem outros em redor, mais pequenos, e que aproveitam ao máximo o espaço disponível. O rebatimento dos bancos prolonga a superfície plana da mala cerca de 1,7 metros até ao encosto dos bancos da frente e, quando assim é, a capacidade total de carga passa a ser de 1668 litros.
Os bancos traseiros da Honda Civic Tourer não são os que oferecem mais espaço para as pernas dos ocupantes ou sequer os que possuem mais em altura em relação ao tejadilho. No entanto, estão entre os que garantem maior largura de ombros e isso beneficia claramente a habitabilidade. O lugar central deste banco só não é mais confortável devido ao prolongamento da consola central que existe entre os bancos da frente e que obriga o ocupante a desviar os pés.
A Tourer conserva também os bancos traseiros (“mágicos”) que contêm uma funcionalidade fantástica: quando elevados com um único e simples movimento, o virar dos assentos para cima permite transportar objectos com mais altura, já que passa a existir um espaço livre (significativamente amplo) entre o piso e o tejadilho do veículo.
Posição de condução
O painel de instrumentos e toda a zona dianteira da Civic Tourer é naturalmente igual ao da versão de 5 portas.
O painel de bordo desportivo e dominado por um volumoso conta-rotações bastante desportivo, com velocímetro digital, volante (que possui um aro mais grosso e agradável à mão) e uma posição de condução que incutem ao modelo um acentuado apelo dinâmico.
Mas a sua colocação obriga o condutor a efectuar várias experiências de ajuste quer do banco, quer da coluna da direcção, para evitar que o velocímetro digital, colocado em plano superior, fique escondido atrás do volante.
Outra característica importante é a variação da iluminação deste painel de bordo, destinada a ajudar o condutor a manter uma condução económica. Ela varia entre um azul mais gastador e um verde mais económico e amigo do ambiente. Para contribuir para esse desígnio, um expressivo botão "ECO" destaca-se em verde para recordar a possibilidade de limitar o funcionamento de algumas funções mais gastadoras de energia. À direita, um pequeno painel informativo congrega diversas informações relacionadas com a condução e com o sistema áudio.
DADOS MAIS IMPORTANTES
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Preços desde
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25.900 a 31.300 euros
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Motor
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1597 cc,
120 cv/4000 rpm, 300 Nm às 2000 rpm, 16 V., common rail, turbo com geometria
variável e intercooler
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Prestações (velocidade máxima/aceleração)
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195 km/h, 10,5 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (combinado/extra urbano/urbano)
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3,9 / 3,7 / 4,3 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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103 g./km
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