ENSAIO: Mitsubishi Space Star 1.2 MIVEC
Não existe qualquer semelhança entre o actual Space Star e o modelo anterior que recebeu a mesma designação. O antigo e muito popular Space Star era um pequeno monovolume urbano, com funcionalidades bastante familiares. O actual é uma viatura citadina que veio substituir o Mitsubishi Colt. E, embora pareça mais pequeno do que este, na realidade, é maior. Perceba porquê.
A necessidade de maior mobilidade urbana e o crescente aumento do preço dos combustíveis têm feito crescer o segmento dos pequenos utilitários de cidade. Depois de uma fase em que se procurava oferecer o máximo de espaço e funcionalidade interior (fazendo, por causa disso, alguns modelos subirem de "escalão" no que toca ao tamanho), aquilo que se privilegia de novo são os consumos e a facilidade de manobra.
Exactamente o que o actual Space Star propõe, conseguindo ser, em qualquer um destes aspectos, o melhor da sua categoria.
Por exemplo, o diâmetro de viragem entre passeios é de somente 9,2 metros.
Apesar de exteriormente ser mais pequeno do que o anterior Colt, modelo que este Space Star veio substituir, isso não tem reflexos no habitáculo. Uma boa gestão do espaço interior possibilita espaço dianteiro suficiente para condutor e ocupante. Desde que não sejam muito volumosos. Atrás, oferece até uma área maior para as pernas dos passageiros. Mesmo se parte desse feito seja apenas possível porque o banco traseiro corrido é estreito. Só os encostos rebatem assimetricamente.
Disponibiliza também mais capacidade de mala do que o Colt. Não muito mais, é certo, 235 litros face aos 214 que o Colt proporcionava.
Existe compartimento para roda suplente de emergência mas ela não está presente.
Em Portugal, é vendido com um único motor a gasolina: o bloco de 3 cilindros 1.2 com 80 cv.
O facto de ser pequeno e leve (+/- 920 kg) traz-lhe vantagens dinâmicas e, principalmente, ao nível dos consumos e emissões. Regressando às comparações, o motor do actual Space Star tem 1193 cc. Pouco maior do que o do antigo Colt 1.1, entregando mais 5 cv (80 cv) e mais binário.
Mostra espírito nervoso em curtas deslocações. Em estrada a energia esgota-se mais rapidamente. Ainda assim, este motor permite-lhe mais do que toda a estrutura parece capaz de aguentar em velocidade. É provável que, com mais peso a bordo, isso não se sinta tanto. Mas nem o facto de ter as rodas nas extremidades da carroçaria impede a traseira de se soltar perante um ressalto de estrada ou numa curva mais rápida e apertada. O controlo de estabilidade cumpre o seu papel e não é demasiado intrusivo na condução.
Quem gosta de provocações, a condução deste pequeno Space Star é capaz de gerar bastante divertimento.
O Space Star vence outra vez o antepassado Colt na economia: a média anunciada é de 4,3 litros e as emissões CO2 de apenas 100 g/km. Como é sabido que estes valores são geralmente homologados em situações especiais de circulação, o consumo médio, no final do ensaio, ficou pouco acima dos 5,0 litros.
Tendo presente um sistema start/stop rápido a actuar, um indicador no painel de bordo incentiva o condutor a praticar uma condução mais eficiente.
Notas menos positivas: o pequeno depósito de combustível de 35 litros não lhe dá muita autonomia (afinal é um citadino...) e o motor de 3 cilindros, apesar de não vibrar demasiado, não é propriamente silencioso.
Vendido em Portugal por um valor que ronda os 14 mil euros (salvo qualquer campanha promocional), o Space Star vem muito bem apetrechado de equipamento. Este valor inclui seis airbags (frontais, laterais e de cortina para condutor e passageiro), controlo de tracção, controlo activo de estabilidade, jantes em liga de 15’’, sensor luz e chuva, ar condicionado automático, quatro vidros e retrovisores eléctricos e aquecidos, sistema de arranque sem chave (botão Start/Stop), luzes diurnas e de nevoeiro, fixações isofix para cadeiras de criança, banco do condutor ajustável em altura e rádio CD/MP3 com porta USB.
Apenas mais 1000 euros é quanto custa uma solução com cada vez mais adeptos em Portugal: uma caixa de velocidades automática CVT (de variação contínua). A manual, presente no veículo ensaiado, é de 5 velocidades.
O sistema stop-start automático faz parte do equipamento de série, aliado à tecnologia de recuperação da energia cinética na travagem. As jantes de liga leve de 15'', igualmente incluídas, montam pneus 175/55R15.
O sistema stop-start automático faz parte do equipamento de série, aliado à tecnologia de recuperação da energia cinética na travagem. As jantes de liga leve de 15'', igualmente incluídas, montam pneus 175/55R15.
Em alguns países também é comercializado um motor a gasolina de 1,0 litro.
(*) Sem despesas administrativas e de transporte
Dados mais importantes
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Preços (euros)
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Desde 13.750 (*)
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Motor
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1193 cc, 3 cil., 12 V, 80 cv às 6000 rpm, 106
Nm às 4000 rpm, injecção indirecta
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Prestações
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180 km/h, 11,7 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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4,3 / 3,9 / 5,0 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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100 gr/km
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