ENSAIO: Kia Carens 1.7 CRDI TX / 136 cv (MY 2014)
O Kia Carens edição de 2014 conserva os 7 lugares do modelo anterior mas faz uma melhor gestão de espaço de mala na configuração de 5. A qualidade dos materiais surpreende, bem como a versatilidade conferida por um banco central deslizante. Ao contrário da anterior geração, o motor actual está mais de acordo com a fiscalidade portuguesa. Com 136 cv responde bem e não gasta muito e a Carens oferece ainda a vantagem de ser Classe 1 nas portagens
O Kia Carens nunca teve o destaque que merecia na anterior geração. Em parte porque dispunha de um motor pouco ajustado à realidade portuguesa.
O que não acontece no modelo actual, motorizado exclusivamente com a unidade diesel 1.7 CRDI com 136 cv.
Há, aliás, muito de exclusivo na actual geração à venda em Portugal: um único motor, um único nível de equipamento e um único conjunto pneumático. Tudo escolhido para permitir uma ligeira vantagem fiscal fruto de um desconto no ISV (Imposto Sobre Veículos) e assegurar a este monovolume compacto a categoria "classe 1" nas portagens nacionais.
Monovolume não! O importador nacional faz questão de frisar (e quem sou eu para o contestar…) que o Carens é um SUV!
SUV ou não SUV, aquilo que o Kia Carens tem para oferecer é, em primeiro lugar, espaço interior, devido ao facto de ter uma distância entre eixos que é 5 cm maior do que o modelo que substitui. Apesar disso as dimensões exteriores são mais compactas (“perdeu” 4 cm), medindo agora 4,5 metros de comprimento, um valor equivalente aos concorrentes Citroën Picasso ou Ford Grand C-Max.
Oferece, depois, uma condução agradável. Que só não é mais confortável e prática porque a profundidade do assento dianteiro, conjugado com a posição dos pedais e do volante, não o permite. Por isso, das duas, uma: ou conduzimos com o banco o mais rebaixado possível (e mesmo assim…), ou procuramos um ponto de equilíbrio entre não apoiar convenientemente as costas ao banco, para evitar que a parte interior dos joelhos passe a viagem a roçar no assento.
A fila central é composta por 3 assentos individuais com deslizamento longitudinal. A distância entre as portas é ligeiramente superior à média, pelo que o lugar do meio, ao contrário do que é vulgar acontecer, não é estreito nem duro, embora seja mais estreito do que os laterais. O único contra é que, com o rebaixamento da posição destes bancos, as pernas dos ocupantes ficam mais esticadas.
O encosto do banco do passageiro é rebatível, tornando possível transportar objectos de até 2,15 m de comprimento.
Quanto aos 2 lugares na traseira não há milagres: o acesso foi substancialmente melhorado mas são mais indicados para crianças ou para viagens curtas, a exemplo do que acontece em modelos equiparados ao Carens.
O rebatimento dos 2 bancos traseiros liberta espaço para uma bagageira de 492 litros, com piso plano. Com os 7 lugares disponíveis a capacidade é de apenas 103 litros.
O pneu suplente fica colocado no exterior.
O comportamento dá boa nota de si e merece destaque. Rápida a reagir, a suspensão só não consegue absorver melhor as irregularidades do piso, porque os pneus, de muito baixo perfil, não auxiliam nessa tarefa. E não há outros para escolha: apenas jantes de 18'' com pneus de medida 225/45, os únicos que garantem ao Kia Carens uma homologação que lhe permite um desconto no ISV.
Apesar de ter sentido um certo adorno da carroçaria em curva, o desempenho dinâmico transmite confiança e grande parte da segurança sentida ao curvar é devida ao contributo destes pneus.
Não sendo propriamente desportiva, a condução do Carens é realmente agradável. E mais seria não fosse o facto de lhe estranhar a posição de condução. Estável em estrada e pouco sensível à acção dos ventos laterais, próximo das 2000 rpm a dinâmica do motor se torna mais provocante.
A direcção electricamente assistida adapta-se às preferências do condutor através do sistema FlexSteer. Dos três modos de desempenho - Normal, Sport e Comfort - optei quase sempre pela primeira escolha e não senti diferenças substancias entre as opções.
Quem deseje optar optar por uma condução mais económica, o escalonamento da caixa de 6 velocidades pode ajudar a uma efectiva redução de consumos. Sem nos obrigar a enveredar uma condução arrastada e penosa.
Mais eficiente, este diesel 1.7 CRDi na versão com 136 cv beneficia de algumas alterações mecânicas para redução do atrito e do benefício do sistema Start/Stop. O consumo médio anunciado é de 5,0 l, mas no final do ensaio o computador de bordo assinalava 6,5 litros.
Por falar em economia, vamos a contas. O Carens 1.7 CRDI TX (na Kia representa o nível máximo de equipamento) tem um preço promocional em redor dos 27 mil euros.
Por este valor relega para a lista de opcionais muito pouca coisa, sendo que, de série, conta já com uma câmara de auxílio ao estacionamento para ajudar as manobras traseiras, "cruise control" com limitador de velocidade, comandos áudio no volante e um painel de instrumentos com display em LCD. Há ainda o travão de estacionamento eléctrico, um sistema áudio comandado por um ecrã táctil de 4,3” com bluetooth e 6 altifalantes.
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O Kia Carens nunca teve o destaque que merecia na anterior geração. Em parte porque dispunha de um motor pouco ajustado à realidade portuguesa.
O que não acontece no modelo actual, motorizado exclusivamente com a unidade diesel 1.7 CRDI com 136 cv.
Há, aliás, muito de exclusivo na actual geração à venda em Portugal: um único motor, um único nível de equipamento e um único conjunto pneumático. Tudo escolhido para permitir uma ligeira vantagem fiscal fruto de um desconto no ISV (Imposto Sobre Veículos) e assegurar a este monovolume compacto a categoria "classe 1" nas portagens nacionais.
Monovolume não! O importador nacional faz questão de frisar (e quem sou eu para o contestar…) que o Carens é um SUV!
SUV ou não SUV, aquilo que o Kia Carens tem para oferecer é, em primeiro lugar, espaço interior, devido ao facto de ter uma distância entre eixos que é 5 cm maior do que o modelo que substitui. Apesar disso as dimensões exteriores são mais compactas (“perdeu” 4 cm), medindo agora 4,5 metros de comprimento, um valor equivalente aos concorrentes Citroën Picasso ou Ford Grand C-Max.
Oferece, depois, uma condução agradável. Que só não é mais confortável e prática porque a profundidade do assento dianteiro, conjugado com a posição dos pedais e do volante, não o permite. Por isso, das duas, uma: ou conduzimos com o banco o mais rebaixado possível (e mesmo assim…), ou procuramos um ponto de equilíbrio entre não apoiar convenientemente as costas ao banco, para evitar que a parte interior dos joelhos passe a viagem a roçar no assento.
Versatilidade do interior
A fila central é composta por 3 assentos individuais com deslizamento longitudinal. A distância entre as portas é ligeiramente superior à média, pelo que o lugar do meio, ao contrário do que é vulgar acontecer, não é estreito nem duro, embora seja mais estreito do que os laterais. O único contra é que, com o rebaixamento da posição destes bancos, as pernas dos ocupantes ficam mais esticadas.
O encosto do banco do passageiro é rebatível, tornando possível transportar objectos de até 2,15 m de comprimento.
Quanto aos 2 lugares na traseira não há milagres: o acesso foi substancialmente melhorado mas são mais indicados para crianças ou para viagens curtas, a exemplo do que acontece em modelos equiparados ao Carens.
O rebatimento dos 2 bancos traseiros liberta espaço para uma bagageira de 492 litros, com piso plano. Com os 7 lugares disponíveis a capacidade é de apenas 103 litros.
O pneu suplente fica colocado no exterior.
Atitude em estrada
O comportamento dá boa nota de si e merece destaque. Rápida a reagir, a suspensão só não consegue absorver melhor as irregularidades do piso, porque os pneus, de muito baixo perfil, não auxiliam nessa tarefa. E não há outros para escolha: apenas jantes de 18'' com pneus de medida 225/45, os únicos que garantem ao Kia Carens uma homologação que lhe permite um desconto no ISV.
Apesar de ter sentido um certo adorno da carroçaria em curva, o desempenho dinâmico transmite confiança e grande parte da segurança sentida ao curvar é devida ao contributo destes pneus.
Não sendo propriamente desportiva, a condução do Carens é realmente agradável. E mais seria não fosse o facto de lhe estranhar a posição de condução. Estável em estrada e pouco sensível à acção dos ventos laterais, próximo das 2000 rpm a dinâmica do motor se torna mais provocante.
Quem deseje optar optar por uma condução mais económica, o escalonamento da caixa de 6 velocidades pode ajudar a uma efectiva redução de consumos. Sem nos obrigar a enveredar uma condução arrastada e penosa.
Mais eficiente, este diesel 1.7 CRDi na versão com 136 cv beneficia de algumas alterações mecânicas para redução do atrito e do benefício do sistema Start/Stop. O consumo médio anunciado é de 5,0 l, mas no final do ensaio o computador de bordo assinalava 6,5 litros.
Por falar em economia, vamos a contas. O Carens 1.7 CRDI TX (na Kia representa o nível máximo de equipamento) tem um preço promocional em redor dos 27 mil euros.
Por este valor relega para a lista de opcionais muito pouca coisa, sendo que, de série, conta já com uma câmara de auxílio ao estacionamento para ajudar as manobras traseiras, "cruise control" com limitador de velocidade, comandos áudio no volante e um painel de instrumentos com display em LCD. Há ainda o travão de estacionamento eléctrico, um sistema áudio comandado por um ecrã táctil de 4,3” com bluetooth e 6 altifalantes.
Dados mais importantes
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Preços desde
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26.682 euros
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Motor
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1685 cc, 16 V, 136 cv às 4000rpm, 3300 Nm das 1750 às
2500 rpm
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Prestações
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191 km/h, 10,4 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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5,0 / 4,6 / 5,9 litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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132 gr/km
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