ENSAIO: Toyota Prius 1.8 HSD CVT (MY2016)
Com linhas mais dinâmicas e até desportivas, a quarta geração do carro híbrido mais famoso do Mundo está mais leve e beneficia de um conjunto de inovações capazes de tornar mais eficiente o sistema mecânico.
No que toca a motores, conserva a unidade a gasolina 1.8, agora menos potente, e um motor eléctrico, ambos comandados por uma transmissão automática de variação contínua. No total são 122 cv e um consumo homologado pouco superior a 3 litros.
Será mesmo assim?
O Prius foi o primeiro carro híbrido, produzido em larga escala, a obter grande sucesso.
A sua história remonta a 1997, embora só tenha chegado à Europa em 2001.
Desde então, conheceu diversas evoluções e aperfeiçoamentos, conquistando o troféu europeu para “Carro do Ano” em 2005.
A actual geração estreia a nova plataforma global da Toyota (TNGA, Toyota New Global Architecture), especificamente adaptada às características do novo Prius. O que significa as exigências naturais de instalação de um sistema híbrido, mas também dinâmicas e aerodinâmicas, reduzindo 2,5 cm o centro de gravidade da nova geração, para melhor desempenho e eficiência energética.
Isto ajuda a que o Toyota NG Prius (NG de Nova Geração) apresente linhas mais consensuais e, do meu ponto de vista, mais arrebatadoras e com laivos desportivos.
Mais baixo e com uma silhueta bastante fluída (o coeficiente aerodinâmico baixou de 0,25Cd para 0,24Cd), o facto de o conjunto estar mais leve e do sistema de propulsão híbrida ser mais eficiente, é garantia, naturalmente de consumos e emissões mais reduzidos.
A actual quarta geração conserva o mesmo conjunto híbrido gasolina-eléctrico, com uma unidade a gasolina de 1,8 litros com 98 cv. O peso deste motor foi também aligeirado e o atrito reduzido, para incrementar o seu rendimento.
As emissões de CO2 desceram para 70g/km e o consumo médio anunciado de gasolina para 3,0l/100km, em vez dos 89g/km e 3,9l/100km da geração anterior.
A elevada cilindrada continua a ser um contratempo onde dela depende a carga fiscal do modelo, apesar das emissões reduzidas e do consumo baixo ajudar a aligeirar os impostos em alguns mercados. Mas ajuda a vencer a desconfiança e não é nenhum obstáculo em mercados onde o Toyota Prius é um sucesso, como nos Estados Unidos.
Com a adição do motor eléctrico, a potência total é de 122 cv.
Outras evoluções face a gerações anteriores dependem de aspectos de conforto – como a insonorização e a habitabilidade -, mas também na facilidade de condução.
O novo conjunto dirige-se melhor, beneficiando de uma plataforma mais moderna e de uma suspensão mais actual, capaz de conjugar, de forma quase perfeita, as exigências dinâmicas com as necessidades de conforto dos ocupantes.
Em matérias como a habitabilidade e qualidade dos materiais, o actual Prius ficou também mais forte.
A nova bateria é mais compacta, apesar de poder armazenar mais energia e de ter um ciclo de regeneração mais rápido, e, ao ficar localizada sob o banco traseiro, liberta espaço na bagageira e ajuda na diminuição do centro de gravidade do conjunto.
Ensaiado ao longo de vários dias em situações distintas – cidade e maioritariamente em percursos de serra – o Toyota Prius revelou ser um carro multifacetado em ambas as ocasiões.
Em qualquer delas destacou-se a vantagem da transmissão automática, muito linear e suave nas acelerações e nas desacelerações.
Na verdade, apesar de indicado para qualquer ambiente, é na cidade que as qualidades do Prius mais se evidenciam. Como as baterias têm mais capacidade, é possível circular mais tempo só em modo eléctrico, a baixa velocidade, utilizável nas manobras de estacionamento ou em situações de “pára-arranca”.
Para isso, um botão “EV” à direita do manípulo das mudanças força o modo eléctrico, sendo possível fazê-lo durante 2 a 3 km, embora, em situações mais do que ideiais, o tenha conseguido fazer durante mais tempo.
Várias impressões de condução podem ser lidas na página oficial do Facebook de CockpitAutomóvel.
Em estrada, o Prius adapta-se com facilidade a qualquer tipo de condução, utilizando o motor eléctrico para um reforço momentâneo de binário, sempre útil durante qualquer necessidade de aceleração mais imediata.
Com três modos de condução disponíveis, da mais ecológica à que garante maior potência, a atitude natural de quem conduz um Prius é a de entrar em “modo poupança”: controlar os consumos (que podem ser elevados caso nos descuidemos com o acelerador) e ir acumulando energia pelo método de regeneração nas desacelerações e travagens.
Numa condução normal é possível manter um consumo médio em redor dos 5,5 litros. No entanto, uma condução mais apurada em estrada, atenta às possibilidades de utilização do sistema eléctrico, permite reduzir esse valor até pouco mais de 4,0 litros.
Depois dos prós, os contras...
A tecnologia, a dotação de equipamento e a exclusividade de um carro que não faz grandes volumes de produção fazem-se pagar.
Por isso, o Prius não é um carro barato. Mas silencioso, confortável e com habitabilidade suficiente para um familiar, o Prius é cada vez mais (agora é que as suas linhas são definitivamente actuais!) uma proposta interessante para quem se preocupa com o ambiente.
Assim é fazer as contas. E algumas a inteligência electrónica do Toyota Prius até faz por si, dizendo-lhe quanto poupou com uma condução mais eficiente.
Perceba do que estou a falar nesta imagem publicada na página oficial do Facebook de Cockpit Automóvel ou neste vídeo do canal Youtube de Cockpit Automóvel.
Assim, o #toyotaprius conserva a vantagem de continuar a ser muito exclusivo.
Caso esta versão fosse “plug-in”, ou seja, se o carro tivesse uma ficha para carregar as baterias através da corrente eléctrica, em Portugal poderia beneficiar de um conjunto de vantagens fiscais que o tornariam mais atraente.
Nesse caso poderia aceder a alguns benefícios fiscais na aquisição e na utilização, como a redução do Imposto Sobre Veículos (ISV) inserido numa medida de incentivo ao abate e, no caso das empresas, a dedução de 100% do IVA das despesas relacionadas directamente com a viatura, além da redução da taxa de Tributação Autónoma.
Mas pela versão “plug-in”, que existe desde a terceira geração do Prius, será necessário esperar mais alguns meses. E o próximo Toyota Prius plug-in promete trazer novidades, como a maior autonomia de andamento em modo puramente eléctrico, graças à maior capacidade das suas baterias.
No que toca a motores, conserva a unidade a gasolina 1.8, agora menos potente, e um motor eléctrico, ambos comandados por uma transmissão automática de variação contínua. No total são 122 cv e um consumo homologado pouco superior a 3 litros.
Será mesmo assim?
O Prius foi o primeiro carro híbrido, produzido em larga escala, a obter grande sucesso.
A sua história remonta a 1997, embora só tenha chegado à Europa em 2001.
Desde então, conheceu diversas evoluções e aperfeiçoamentos, conquistando o troféu europeu para “Carro do Ano” em 2005.
A actual geração estreia a nova plataforma global da Toyota (TNGA, Toyota New Global Architecture), especificamente adaptada às características do novo Prius. O que significa as exigências naturais de instalação de um sistema híbrido, mas também dinâmicas e aerodinâmicas, reduzindo 2,5 cm o centro de gravidade da nova geração, para melhor desempenho e eficiência energética.
O que mais há de novo?
Isto ajuda a que o Toyota NG Prius (NG de Nova Geração) apresente linhas mais consensuais e, do meu ponto de vista, mais arrebatadoras e com laivos desportivos.
Mais baixo e com uma silhueta bastante fluída (o coeficiente aerodinâmico baixou de 0,25Cd para 0,24Cd), o facto de o conjunto estar mais leve e do sistema de propulsão híbrida ser mais eficiente, é garantia, naturalmente de consumos e emissões mais reduzidos.
A actual quarta geração conserva o mesmo conjunto híbrido gasolina-eléctrico, com uma unidade a gasolina de 1,8 litros com 98 cv. O peso deste motor foi também aligeirado e o atrito reduzido, para incrementar o seu rendimento.
As emissões de CO2 desceram para 70g/km e o consumo médio anunciado de gasolina para 3,0l/100km, em vez dos 89g/km e 3,9l/100km da geração anterior.
A elevada cilindrada continua a ser um contratempo onde dela depende a carga fiscal do modelo, apesar das emissões reduzidas e do consumo baixo ajudar a aligeirar os impostos em alguns mercados. Mas ajuda a vencer a desconfiança e não é nenhum obstáculo em mercados onde o Toyota Prius é um sucesso, como nos Estados Unidos.
Com a adição do motor eléctrico, a potência total é de 122 cv.
Melhor insonorização, mais conforto
Outras evoluções face a gerações anteriores dependem de aspectos de conforto – como a insonorização e a habitabilidade -, mas também na facilidade de condução.
O novo conjunto dirige-se melhor, beneficiando de uma plataforma mais moderna e de uma suspensão mais actual, capaz de conjugar, de forma quase perfeita, as exigências dinâmicas com as necessidades de conforto dos ocupantes.
Em matérias como a habitabilidade e qualidade dos materiais, o actual Prius ficou também mais forte.
A nova bateria é mais compacta, apesar de poder armazenar mais energia e de ter um ciclo de regeneração mais rápido, e, ao ficar localizada sob o banco traseiro, liberta espaço na bagageira e ajuda na diminuição do centro de gravidade do conjunto.
E quanto à condução?
Ensaiado ao longo de vários dias em situações distintas – cidade e maioritariamente em percursos de serra – o Toyota Prius revelou ser um carro multifacetado em ambas as ocasiões.
Em qualquer delas destacou-se a vantagem da transmissão automática, muito linear e suave nas acelerações e nas desacelerações.
Na verdade, apesar de indicado para qualquer ambiente, é na cidade que as qualidades do Prius mais se evidenciam. Como as baterias têm mais capacidade, é possível circular mais tempo só em modo eléctrico, a baixa velocidade, utilizável nas manobras de estacionamento ou em situações de “pára-arranca”.
Para isso, um botão “EV” à direita do manípulo das mudanças força o modo eléctrico, sendo possível fazê-lo durante 2 a 3 km, embora, em situações mais do que ideiais, o tenha conseguido fazer durante mais tempo.
Várias impressões de condução podem ser lidas na página oficial do Facebook de CockpitAutomóvel.
Em estrada, o Prius adapta-se com facilidade a qualquer tipo de condução, utilizando o motor eléctrico para um reforço momentâneo de binário, sempre útil durante qualquer necessidade de aceleração mais imediata.
Com três modos de condução disponíveis, da mais ecológica à que garante maior potência, a atitude natural de quem conduz um Prius é a de entrar em “modo poupança”: controlar os consumos (que podem ser elevados caso nos descuidemos com o acelerador) e ir acumulando energia pelo método de regeneração nas desacelerações e travagens.
Numa condução normal é possível manter um consumo médio em redor dos 5,5 litros. No entanto, uma condução mais apurada em estrada, atenta às possibilidades de utilização do sistema eléctrico, permite reduzir esse valor até pouco mais de 4,0 litros.
A exclusividade e a tecnologia têm um preço
Depois dos prós, os contras...
A tecnologia, a dotação de equipamento e a exclusividade de um carro que não faz grandes volumes de produção fazem-se pagar.
Por isso, o Prius não é um carro barato. Mas silencioso, confortável e com habitabilidade suficiente para um familiar, o Prius é cada vez mais (agora é que as suas linhas são definitivamente actuais!) uma proposta interessante para quem se preocupa com o ambiente.
Assim é fazer as contas. E algumas a inteligência electrónica do Toyota Prius até faz por si, dizendo-lhe quanto poupou com uma condução mais eficiente.
Perceba do que estou a falar nesta imagem publicada na página oficial do Facebook de Cockpit Automóvel ou neste vídeo do canal Youtube de Cockpit Automóvel.
Assim, o #toyotaprius conserva a vantagem de continuar a ser muito exclusivo.
Caso esta versão fosse “plug-in”, ou seja, se o carro tivesse uma ficha para carregar as baterias através da corrente eléctrica, em Portugal poderia beneficiar de um conjunto de vantagens fiscais que o tornariam mais atraente.
Nesse caso poderia aceder a alguns benefícios fiscais na aquisição e na utilização, como a redução do Imposto Sobre Veículos (ISV) inserido numa medida de incentivo ao abate e, no caso das empresas, a dedução de 100% do IVA das despesas relacionadas directamente com a viatura, além da redução da taxa de Tributação Autónoma.
Mas pela versão “plug-in”, que existe desde a terceira geração do Prius, será necessário esperar mais alguns meses. E o próximo Toyota Prius plug-in promete trazer novidades, como a maior autonomia de andamento em modo puramente eléctrico, graças à maior capacidade das suas baterias.
DADOS MAIS IMPORTANTES (1.8 HSD CVT Transmissão Variável Contínua)
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Preço (euros):
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Desde 32.355 euros (Exclusive)
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Motor
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Motor a gasolina: 4 cilndros, ciclo Atkinson, 98 cv às 5200 rpm, 142 às 3600 rpm
Sistema eléctrico: motor com 72 cv/53 Kw, baterias de hidretos de níquel metálicos (Ni-MH)
Sistema híbrido: Potencia máxima combinada 122 cv/90 kW
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Prestações
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180 km/h, 10,8 seg. (0 a 100 km/h)
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Consumos médio
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3,0 a 3,3 litros litros
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Emissões Poluentes (CO2)
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70 gr/km
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