- Confortável e fácil de conduzir
- Excelente relação preço/espaço/equipamento
- Afinações ao nível da direcção e suspensão
O Qashqai agrada a homens e a mulheres.
Agrada a solteiros e a condutores com família, agrada a pacatos condutores que gostam de sentir o conforto de uma posição mais elevada e agrada aos que querem o descanso de poderem sair às vezes fora do alcatrão com alguma segurança.
Esta é uma das formas de descrever o SUV com mais sucesso, o carro que há quase uma década domina a categoria e consegue estar praticamente sempre, quase desde o início, entre os 10 modelos mais vendidos na Europa.
É um automóvel sem segredos.
Torna-se difícil falar dele e acrescentar algo de novo, apesar de, todos os anos, o construtor acrescentar algo de novo ao Qashqai.
E sem querer parecer redundante a escrever sobre um carro que não é perfeito mas que parece do ponto de vista comercial, sobre um carro que soube evoluir conservando a silhueta de sucesso, resta acrescentar que as últimas actualizações deram-lhe uma aparência mais moderna e, bastante importante, novos sistemas de assistência à condução.
Hã! E ainda um novo nível de equipamento (Tekna Premium).
O novo grau Tekna Premium coloca-se acima das versões Visia, Acenta, N-Connecta e Tekna. Com exclusivas funcionalidades de excelência instaladas de série, há novos bancos em napa macia de elevada qualidade com um acolchoado 3D nos painéis centrais. O banco do condutor possui apoio lombar pneumático de quatro pontos controlado eletronicamente, permitindo a um condutor com qualquer estatura física adaptar-se à posição de condução. Foi acrescentada uma função de memória da regulação do banco e espelhos das portas, com duas posições armazenadas.
Externamente, a versão Tekna Premium está equipada com barras do tejadilho e protecções dos espelhos das portas em prateado.
Controlo Activo do Comportamento
Apesar do Qashqai já ser um dos carros mais confortáveis em viagem, no capítulo dinâmico já existem melhores propostas.
Sabendo que a maioria dos seus fiéis utilizadores aprecia precisamente a condução descomplicada, mesmo assim, foram efectuadas alterações ao nível do chassis, suspensão e direcção.
Tudo para tornar a condução mais precisa e estável, coisa que, para o comum dos condutores, o controlo inteligente do chassis que já existia conseguia garantir.
E continua a conseguir.
No que respeita ao conforto da condução, a prioridade consistia num controlo do movimento de carroçaria mais suave e na melhoria da absorção das pancadas nas rodas.
Este objectivo foi conseguido afinando os amortecedores, reduzindo as constantes das molas helicoidais e modificando os componentes em borracha.
A rigidez da barra estabilizadora foi aumentada para manter o desempenho dinâmico.
Verifica-se também agora um movimento de carroçaria mais reduzido aquando da passagem em lombas acentuadas, graças às alterações ao sistema de Controlo Ativo de Condução do Qashqai.
Para melhorar a capacidade de manobra, a equipa de engenharia criou uma sensação de maior segurança e melhorou a estabilidade da direcção em curvas.
Isto foi conseguido com um novo veio de direção, mais espesso e alterações na distribuição de esforço na direcção em torno do ponto morto.
Na direcção, uma nova tecnologia intitulada Controlo Activo de Retorno significa que o volante regressa agora ao centro de forma mais natural e com precisão melhorada durante a condução.
O conjunto por detrás do novo volante inclui um novo amortecedor dinâmico, que resultou na redução da vibração que chega às mãos do condutor.
Vantagem do Qashqai: eficiência
Se por fora mudou só o suficiente para se distinguir, por dentro mudou ainda menos.
Excepto o volante, com um formato mais achatado.
Talvez tenha melhorado nos plásticos (a Nissan diz que sim e também na constituição de alguns bancos) mas o essencial permanece e ainda bem que assim é: habitabilidade e espaço suficiente para 2 adultos no banco traseiro, além dos 430 litros de mala, um valor aceitável para os seus 4,39 metros de comprimento.
O motor a gasóleo 1.5 dCi, com 110 cv, continua a ser o mais apreciado pelos portugueses.
Tem como vantagens, além da eficiência, o facto de, por enquanto, não precisar de AdBlue ou complexos sistemas de retenção para ficar dentro das exigências do Euro6.
Não é um conjunto para grandes dinâmicas ou rasgos de condução, mas o escalonamento da caixa de 6 velocidades retira bom partido do binário disponível para garantir o principal: bons consumos e emissões reduzidas.
Claro que lhe falta alguma capacidade de aceleração, notória a recuperar em percursos com alguma inclinação.
O potencial fora de estrada é limitado e só algumas protecções na carroçaria mas, sobretudo, um pouco mais de altura ao solo em relação a um carro convencional lhe permite ir um pouco mais além em terra.
Firme.
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