Renault Clio V (MY2020): preço, motor, equipamento em Portugal


Entre Lisboa e Évora, descrevendo pelo caminho as curvas sinuosas da Serra da Arrábida, o construtor francês escolheu Portugal para apresentar o novo Clio.

É tão só o carro mais importante da marca francesa, com mais de 15 milhões de unidades produzidas.

Quase trinta anos depois do primeiro Clio, modelo líder incontestado das vendas automóveis no nosso país, eis um resumo daquilo que traz de novo a 5.ª geração.



MOTORES

Abriga mecânicas novas a gasolina, uma solução híbrida, mas mantém espaço para o imortal 1.5 dCi, revisto com a integração de sistema de redução catalítica selectiva (SCR) para o pós-tratamento dos óxidos de azoto (NOx), de forma a cumprir as novas metas ambientais.

Tem potências de 85 e 110 cv, emissões declaradas de CO2 de 95 g/km.

Apesar de ser um dos resistentes no segmento a oferecer uma mecânica a gasóleo, o interesse recai sobre o comportamento dos motores a gasolina sobrealimentados:
  • 1.0 TCe com 100 cv, só caixa manual de 5 velocidades, consumos e emissões em ciclo combinado WLTP a partir de 5,2 litros e 99 g/CO2, respectivamente
  • 1.3 TCe, com filtro de partículas, transmissão manual de seis velocidades ou EDC, com 130 cv e médias a partir de 5,7 litros e 118 g/CO2.
Em 2020 será o primeiro a receber uma versão híbrida designada E-TECH, onde dois motores eléctricos, alimentados por uma bateria de 1,2 kWh, se conjugam com um motor a gasolina 1.6.

Com uma potência total de cerca de 128 cv, deverá poder circular em modo totalmente eléctrico até 5 km e, em cidade, conseguir circular até 80% do tempo em modo totalmente eléctrico.

Para esta versão o construtor assegura ganhos de consumo até 40% em comparação com um motor térmico a gasolina.

ESTRUTURA

De arquitectura mais leve e ligeiramente mais habitável, o novo Clio assenta sobre uma actualizada plataforma modular CMF-B.

A carroçaria mais aerodinâmica, o que contribui para melhorar a insonorização, tem praticamente as mesmas dimensões da anterior: é 1,4 cm mais curta, 6,7 cm mais larga e 0,8 cm mais baixa.

Não há melhorias evidentes de espaço no habitáculo, mas conta com mais 60 litros de bagageira, 391 litros, roda suplente incluída, e acesso mais largo.

Nesta área talvez o pormenor mais significativo: o para-choques traseiro mais elevado serve para proteger melhor a estrutura da 5.ª porta, explica o construtor, desse modo reduzindo os custos de reparação que resultem de embates mais ligeiros.


SEGURANÇA

A nova arquitectura eléctrica e electrónica da plataforma foi fundamental para conseguir dotá-lo de novos sistemas de segurança e de ajudas à condução, cada vez mais requeridos ou obrigatórios nos novos veículos.

De série, em todas as versões, o Clio passa a contar com uma câmara e radar frontal que lhe vai permitir dispor de funcionalidades de condução autónoma de nível 2, nomeadamente assistência à condução para manutenção na faixa de rodagem e controlo adaptativo da velocidade de cruzeiro no caso dos modelos com transmissão automática.

Passa também a dispor de travagem activa de emergência, com detecção de ciclistas e peões e alerta para situações perigosas, alertas de ângulo morto, reconhecimento de painéis de sinalização com alerta de excesso de velocidade, comutação automática de luzes e a câmara 360º, que dá uma visão de cima do automóvel e dos obstáculos que o rodeiam.

Sem contar com diferentes sistemas de ajuda ao parqueamento, ou até autónomo, para estacionamento em paralelo, em espinha ou na perpendicular.


TECNOLOGIA

A mudança mais visível do interior reside no novo cockpit, totalmente orientado para o condutor e assente em instrumentação digital.

Dependendo do nível de equipamento, é proposto com ecrãs de dimensões variáveis, de 7 ou 10´´, configuráveis e, no caso do de 10’’, com projecção da navegação.

A exemplo dos carros mais recentes, no centro da consola podemos encontrar uma tela de maiores dimensões (9,3’’) ou sistemas mais simples de 7´´, com ou sem sistema de navegação, com maior ou menor conectividade, não esquecendo a presença do sistema Multi-Sense para personalizar os modos de condução e poder acompanhar os índices de eficiência em modo ECO.


ESTÉTICA

Porquê mudar muito uma imagem que continuou a ganhar e permaneceu, até ao fim de vida da 4.ª geração, entre os carros mais vendidos na Europa, Portugal incluído, onde há muitos anos é líder de mercado

Para alguns, a imagem exterior algo conservadora pode ser alvo de críticas, mas a evolução bastante notória do habitáculo, com mais qualidade, mais funcionalidade e mais tecnologia rapidamente nos faz acreditar estar em presença de um carro novo.

A mudança mais drástica é mesmo o renovado posto de condução, com um cockpit totalmente orientado para o condutor e assente em instrumentação digital que, dependendo do nível de equipamento, é proposto com ecrãs de dimensões variáveis mais ou menos configuráveis.


PREÇOS

Na fase de lançamento, os preços do Renault Clio em Portugal começam nos 17.790 euros para o modelo com motor a gasolina com 100 cv, nível de equipamento Intense.

Com o motor TCe 130 EDC, o Renault Clio RS Line tem um valor de 23 920.

O Renault Clio diesel está disponível a partir de 22.530 euros (Intense/85 cv) e 25.160 euros (RS Line/115 cv).

Esta é a lista completa de preços do Renault Clio em Portugal.

Andas à procura de um Renault Clio novo ou usado?



VEREDITO

Por isso, é preciso entrar e conduzir a nova geração do Renault Clio, a primeira exclusivamente só com carroçaria de 5 portas (os clientes da carrinha migraram para o Captur), para perceber o quanto este carro mudou para ficar actual e permanecer no pódio dos mais procurados pelos europeus.

Num segmento que se está a tornar no mais importante para qualquer construtor conseguir cumprir metas de emissões cada vez mais apertadas, a Renault fez o essencial para manter os clientes que estão em movimento de downsizing de viatura e conquistar novos para quem os SUV não são necessariamente a solução.

Para contentar todos, o construtor acena com a oferta diesel e com a promessa de um motor a gasolina mais barato, igualmente eficiente e com custos reduzidos: o 1.0 TCe, sem FAP, com corrente de distribuição, intervalos de manutenção de 30 mil kms.

Fica assim explicada a necessidade de oferecer mais espaço interior (apesar de não alterar muito as dimensões exteriores) e, sobretudo, de garantir mais equipamento e mais tecnologia digital.

Praticamente tudo o que está presente e é exigido em escalões superiores.

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